Mais e Melhor
Responsabilidade Social na FMUL
A Responsabilidade Social consiste na integração voluntária de preocupações sociais e ambientais, por parte das organizações, nas suas actividades e na sua interacção com outras partes interessadas, apresentando-se como um tema cada vez mais importante no comportamento das organizações, exercendo impacto nos objectivos, estratégias e no próprio significado da mesma. Já não é mais uma opção meramente voluntária ou um privilégio das grandes organizações, pelo que cabe a todas, independentemente da sua natureza, dimensão e sector de actividade, procurar um equilíbrio entre as suas necessidades e as questões económicas, ambientais e sociais a que têm de responder.
Ser socialmente responsável implica ir além do cumprimento das obrigações legais, através de um «maior» investimento em capital humano no ambiente e nas relações com outras partes interessadas.
Em traços gerais, podem-se apontar como principais vantagens para as organizações que ponderem implementar um sistema de gestão de Responsabilidade Social: transparência na relação com as partes interessadas; credibilidade e consequente melhoria da sua reputação no mercado; incremento das vantagens competitivas que resultam no aumento da produtividade e de poupanças internas; melhor controlo da conformidade legal; melhores relações com as partes interessadas; redução dos riscos; e contribuição efectiva para a sustentabilidade.
A organização é uma das instituições de socialização integrada no sistema educativo, definido, enquanto sistema, que abrange todos os processos de aprendizagem que ocorrem, não só no sistema de ensino-formação, mas também os que decorrem na própria organização, na família, na comunicação social e noutros grupos de pertença.
A socialização no interior da organização é, também, um elemento básico de construção de identidades sociais e profissionais, na medida em que constituem um processo constante de construção/sedimentação que, conjuntamente, constroem os indivíduos e definem as instituições" (Dubar, 1991). Sendo assim, os processos de socialização que decorrem no interior da organização são um dos instrumentos que concorrem para a formação de identidades sociais e profissionais.
Na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) já se deram os primeiros passos no sentido da Responsabilidade Social, envolvendo tanto os seus “stakeholders” internos como os externos.
No âmbito da dimensão ambiental estão já implementadas algumas acções que contribuem para uma redução de custos e de recursos, tanto para a organização como para o ambiente, numa lógica da luta contra o desperdício. Em toda a organização é feita a gestão de resíduos produzidos, ao nível da reciclagem de papel, plástico, consumíveis de impressoras (“toners” e tinteiros), lâmpadas fluorescentes, pilhas e ao nível do tratamento de resíduos sólidos e líquidos perigosos, através de uma empresa externa certificada. Estes resíduos são provenientes dos laboratórios existentes na FMUL para a formação e investigação.
Ao nível da eficiência energética, o Edifício Egas Moniz (EEM) especificamente, tem vindo a dar pequenos passos com vista a uma optimização de recursos e consequente racionalização de consumos energéticos. Uma das ferramentas essenciais para o respectivo controlo e monitorização de consumos é a existência de um sistema de Gestão Técnica Centralizada, que permite não só controlar parte do sistema de iluminação e climatização, segundo as necessidades da instalação durante o ano, como permite uma monitorização daquilo que é, efectivamente, consumido (destacando a parte da climatização que é responsável por cerca de 70% do consumo total de energia consumida).
No EEM existe ainda a preocupação em manter algumas das características dos materiais inicialmente instalados (existência de película reflectora nas janelas e cortinas “blackouts” brancas e a cor clara nos materiais de revestimento exterior do edifício), que têm demonstrado serem benéficos na função bloqueadora dos raios ultravioletas e para o calor desconfortável do sol, com vista à melhoria da temperatura ambiente.
Existe um esforço no sentido de sensibilizar todos os utilizadores, através da divulgação de mensagens com recomendações de pequenos gestos a ter para minimizar os consumos: desligar da corrente todos os equipamentos que não necessitam estar ligados, evitando que se mantenham na posição de “stand-by”; privilegiar a luz natural em detrimento da luz artificial, sempre que a actividade o permita; abrir as janelas pela manhã e fechá-las nas horas de maior calor no verão; verificar sempre se as portas de arcas frigorificas ficam correctamente fechadas; e apagar as luzes quando abandonar uma sala.
No que se refere à dimensão económica, no âmbito da Responsabilidade Social, existe a preocupação da redução dos custos e recursos, sempre que possível. Assim, e numa perspectiva transversal à dimensão económica e à dimensão ambiental, foca-se a necessidade crescente de instituir, nos processos de aquisição de bens e serviços públicos, procedimentos cada vez mais desmaterializados, contribuindo, nomeadamente, para uma diminuição radical do papel. Esta acção reflecte-se numa maior eficiência e contributo ambiental. Neste sentido, cabe aos serviços ligados aos processos de aquisições e compras públicas, a implementação de critérios e práticas ambientais na condução dos mesmos.
A nível da iluminação interior do EEM, no sentido da redução dos consumos, tem vindo a ser adoptada a utilização de lâmpadas fluorescentes e em todos os espaços comuns a utilização de lâmpadas fluorescentes de baixo consumo, bem como a substituição de balastros ineficientes por balastros electrónicos. Foram ainda instalados sensores de presença nas casas de banho e corredores.
Relativamente à dimensão social, as várias iniciativas e acções que decorreram e outras já agendadas têm vindo a fortalecer a credibilidade da organização junto de todas as suas partes interessadas e contribuído para uma maior identificação organizacional.
Destacam-se assim: Campanhas do Banco Alimentar, nas quais a FMUL tem tido um papel activo todos os anos (Maio e Novembro), promovendo estas acções através de divulgação, organização de grupos de voluntários e coordenação das equipas para os diferentes horários nas campanhas, envolvendo não só alunos e funcionários da FMUL, como também os seus familiares; Campanhas de Recolha de Sangue, promovidas pelo Instituto Português do Sangue (IPS) que decorrem duas vezes por ano nas instalações da FMUL; Colheitas para a Doação de Medula Óssea, também nas instalações da FMUL; Exposições para angariação de fundos de Associações sem fins lucrativos, como por exemplo a AFID (Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa Deficiente); Recolha de alimentos e bens (material escolar, brinquedos, etc) para Associações de sem abrigo e para países desfavorecidos; Ao nível interno da organização é promovido, anualmente, o Outdoor com várias actividades e Passeios/caminhadas para convívio dos funcionários.
Destinado a estudantes é promovido, anualmente, o “Dia do Candidato - Estudar Medicina na FMUL”. Esta iniciativa tem como público-alvo, apenas, os alunos do 12.º ano que pretendem candidatar-se ao Mestrado Integrado em Medicina, convidando-os a visitar uma Instituição de referência do Ensino Superior Público, conhecer os laboratórios, as actividades científicas e pedagógicas/académicas.
Na Dimensão de Recursos Humanos, destaca-se a formação promovida pela FMUL para os funcionários, nas mais diversas áreas, nomeadamente aulas de inglês e acções promovidas no âmbito do POPH (Programa Operacional Potencial Humano), com formações sobre temáticas essenciais como SIADAP, aquisição de bens e serviços, comunicação institucional e atendimento, técnicas de arquivo, entre outras.
Destaca-se ainda, como meio de comunicação na organização, a Newsletter Institucional, onde são divulgadas informações e iniciativas que decorrem no âmbito do Ensino Superior e área da saúde, assim como a publicação de artigos sobre temáticas de interesse para a comunidade da FMUL e da Universidade de Lisboa.
A responsabilidade social está na consciência social e no dever cívico, sendo uma tarefa de todos mas que exige de cada pessoa um posicionamento específico, que nasce da visão do problema e de uma possível forma de acção.
No percurso da FMUL destacamos o forte empenho e motivação nas várias áreas para uma mudança gradual e sustentada da organização, com uma visão cada vez mais globalizante, não havendo apenas a preocupação pela redução de custos financeiros e a racionalização de consumos.
Carla Reis
Unidade de Gestão Edifício Egas Moniz
47043
creis@fm.ul.pt
Bibliografia:
Bento, L. (2009). Da Cidadania à Responsabilidade Social. Lisboa
Responsabilidade Social das Empresas e Segurança e Saúde no Trabalho. Facts 54 da Agência Europeia para a Segurança e Saude no Trabalho. Bilbao
Ser socialmente responsável implica ir além do cumprimento das obrigações legais, através de um «maior» investimento em capital humano no ambiente e nas relações com outras partes interessadas.
Em traços gerais, podem-se apontar como principais vantagens para as organizações que ponderem implementar um sistema de gestão de Responsabilidade Social: transparência na relação com as partes interessadas; credibilidade e consequente melhoria da sua reputação no mercado; incremento das vantagens competitivas que resultam no aumento da produtividade e de poupanças internas; melhor controlo da conformidade legal; melhores relações com as partes interessadas; redução dos riscos; e contribuição efectiva para a sustentabilidade.
A organização é uma das instituições de socialização integrada no sistema educativo, definido, enquanto sistema, que abrange todos os processos de aprendizagem que ocorrem, não só no sistema de ensino-formação, mas também os que decorrem na própria organização, na família, na comunicação social e noutros grupos de pertença.
A socialização no interior da organização é, também, um elemento básico de construção de identidades sociais e profissionais, na medida em que constituem um processo constante de construção/sedimentação que, conjuntamente, constroem os indivíduos e definem as instituições" (Dubar, 1991). Sendo assim, os processos de socialização que decorrem no interior da organização são um dos instrumentos que concorrem para a formação de identidades sociais e profissionais.
Na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) já se deram os primeiros passos no sentido da Responsabilidade Social, envolvendo tanto os seus “stakeholders” internos como os externos.
No âmbito da dimensão ambiental estão já implementadas algumas acções que contribuem para uma redução de custos e de recursos, tanto para a organização como para o ambiente, numa lógica da luta contra o desperdício. Em toda a organização é feita a gestão de resíduos produzidos, ao nível da reciclagem de papel, plástico, consumíveis de impressoras (“toners” e tinteiros), lâmpadas fluorescentes, pilhas e ao nível do tratamento de resíduos sólidos e líquidos perigosos, através de uma empresa externa certificada. Estes resíduos são provenientes dos laboratórios existentes na FMUL para a formação e investigação.
Ao nível da eficiência energética, o Edifício Egas Moniz (EEM) especificamente, tem vindo a dar pequenos passos com vista a uma optimização de recursos e consequente racionalização de consumos energéticos. Uma das ferramentas essenciais para o respectivo controlo e monitorização de consumos é a existência de um sistema de Gestão Técnica Centralizada, que permite não só controlar parte do sistema de iluminação e climatização, segundo as necessidades da instalação durante o ano, como permite uma monitorização daquilo que é, efectivamente, consumido (destacando a parte da climatização que é responsável por cerca de 70% do consumo total de energia consumida).
No EEM existe ainda a preocupação em manter algumas das características dos materiais inicialmente instalados (existência de película reflectora nas janelas e cortinas “blackouts” brancas e a cor clara nos materiais de revestimento exterior do edifício), que têm demonstrado serem benéficos na função bloqueadora dos raios ultravioletas e para o calor desconfortável do sol, com vista à melhoria da temperatura ambiente.
Existe um esforço no sentido de sensibilizar todos os utilizadores, através da divulgação de mensagens com recomendações de pequenos gestos a ter para minimizar os consumos: desligar da corrente todos os equipamentos que não necessitam estar ligados, evitando que se mantenham na posição de “stand-by”; privilegiar a luz natural em detrimento da luz artificial, sempre que a actividade o permita; abrir as janelas pela manhã e fechá-las nas horas de maior calor no verão; verificar sempre se as portas de arcas frigorificas ficam correctamente fechadas; e apagar as luzes quando abandonar uma sala.
No que se refere à dimensão económica, no âmbito da Responsabilidade Social, existe a preocupação da redução dos custos e recursos, sempre que possível. Assim, e numa perspectiva transversal à dimensão económica e à dimensão ambiental, foca-se a necessidade crescente de instituir, nos processos de aquisição de bens e serviços públicos, procedimentos cada vez mais desmaterializados, contribuindo, nomeadamente, para uma diminuição radical do papel. Esta acção reflecte-se numa maior eficiência e contributo ambiental. Neste sentido, cabe aos serviços ligados aos processos de aquisições e compras públicas, a implementação de critérios e práticas ambientais na condução dos mesmos.
A nível da iluminação interior do EEM, no sentido da redução dos consumos, tem vindo a ser adoptada a utilização de lâmpadas fluorescentes e em todos os espaços comuns a utilização de lâmpadas fluorescentes de baixo consumo, bem como a substituição de balastros ineficientes por balastros electrónicos. Foram ainda instalados sensores de presença nas casas de banho e corredores.
Relativamente à dimensão social, as várias iniciativas e acções que decorreram e outras já agendadas têm vindo a fortalecer a credibilidade da organização junto de todas as suas partes interessadas e contribuído para uma maior identificação organizacional.
Destacam-se assim: Campanhas do Banco Alimentar, nas quais a FMUL tem tido um papel activo todos os anos (Maio e Novembro), promovendo estas acções através de divulgação, organização de grupos de voluntários e coordenação das equipas para os diferentes horários nas campanhas, envolvendo não só alunos e funcionários da FMUL, como também os seus familiares; Campanhas de Recolha de Sangue, promovidas pelo Instituto Português do Sangue (IPS) que decorrem duas vezes por ano nas instalações da FMUL; Colheitas para a Doação de Medula Óssea, também nas instalações da FMUL; Exposições para angariação de fundos de Associações sem fins lucrativos, como por exemplo a AFID (Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa Deficiente); Recolha de alimentos e bens (material escolar, brinquedos, etc) para Associações de sem abrigo e para países desfavorecidos; Ao nível interno da organização é promovido, anualmente, o Outdoor com várias actividades e Passeios/caminhadas para convívio dos funcionários.
Destinado a estudantes é promovido, anualmente, o “Dia do Candidato - Estudar Medicina na FMUL”. Esta iniciativa tem como público-alvo, apenas, os alunos do 12.º ano que pretendem candidatar-se ao Mestrado Integrado em Medicina, convidando-os a visitar uma Instituição de referência do Ensino Superior Público, conhecer os laboratórios, as actividades científicas e pedagógicas/académicas.
Na Dimensão de Recursos Humanos, destaca-se a formação promovida pela FMUL para os funcionários, nas mais diversas áreas, nomeadamente aulas de inglês e acções promovidas no âmbito do POPH (Programa Operacional Potencial Humano), com formações sobre temáticas essenciais como SIADAP, aquisição de bens e serviços, comunicação institucional e atendimento, técnicas de arquivo, entre outras.
Destaca-se ainda, como meio de comunicação na organização, a Newsletter Institucional, onde são divulgadas informações e iniciativas que decorrem no âmbito do Ensino Superior e área da saúde, assim como a publicação de artigos sobre temáticas de interesse para a comunidade da FMUL e da Universidade de Lisboa.
A responsabilidade social está na consciência social e no dever cívico, sendo uma tarefa de todos mas que exige de cada pessoa um posicionamento específico, que nasce da visão do problema e de uma possível forma de acção.
No percurso da FMUL destacamos o forte empenho e motivação nas várias áreas para uma mudança gradual e sustentada da organização, com uma visão cada vez mais globalizante, não havendo apenas a preocupação pela redução de custos financeiros e a racionalização de consumos.
Carla Reis
Unidade de Gestão Edifício Egas Moniz
47043
creis@fm.ul.pt
Bibliografia:
Bento, L. (2009). Da Cidadania à Responsabilidade Social. Lisboa
Responsabilidade Social das Empresas e Segurança e Saúde no Trabalho. Facts 54 da Agência Europeia para a Segurança e Saude no Trabalho. Bilbao