Espaço Aberto
Mensagem de Natal
Neste ainda início de milénio, neste nosso mundo ocidental, o mês de Dezembro é um momento em que os contrastes sociais, económicos e culturais adquirem um peso e significado ainda mais expressivo.
A par do calendário cristão, em que se assinala o nascimento do Menino Jesus, com tudo o que isso significa do ponto de vista religioso, foi-se impondo, progressivamente, a imagem do Pai Natal, generalizada pelo mundo anglo-saxão. Ao acto simbólico do nascimento do Menino Jesus e da oferta aos homens que isso significava, traduzido para as crianças nas prendas por Ele oferecidas, foi-se sucedendo o misticismo associado ao Santa Claus que distribui prendas aos mais pobres. Daí até à apropriação por esta nossa sociedade dita de consumo, do acto de oferecer prendas, esquecendo-se do que lhe estava associado, foi um muito pequeno passo.
Hoje, no mês de Dezembro, tende-se a esquecer o que esteve na origem destas tradições e destes festejos, esquece-se a vertente religiosa, espiritual e humana, e privilegia-se a vertente material, o consumo, muitas vezes excessivo e desnecessário, confundindo o ser com o ter, agravando e acentuando os contrastes que nos rodeiam.
Felizmente, a solidariedade e o respeito pelos outros, o amor pelo próximo, ainda não são palavras vãs. As iniciativas sucedem-se, promovidas por ONG’s, por entidades públicas ou privadas, por cidadãos que mobilizados em torno de ideias simples, como, por exemplo, o Banco Alimentar contra a Fome, em que a Faculdade de Medicina e os seus colaboradores têm participado activamente, reabilitam o espírito de Natal e, sobretudo, permitem que possa ser Natal sempre que o homem quiser, como dizia o poeta.
Luís Pereira
Secretário Coordenador | Faculdade de Medicina de Lisboa
A par do calendário cristão, em que se assinala o nascimento do Menino Jesus, com tudo o que isso significa do ponto de vista religioso, foi-se impondo, progressivamente, a imagem do Pai Natal, generalizada pelo mundo anglo-saxão. Ao acto simbólico do nascimento do Menino Jesus e da oferta aos homens que isso significava, traduzido para as crianças nas prendas por Ele oferecidas, foi-se sucedendo o misticismo associado ao Santa Claus que distribui prendas aos mais pobres. Daí até à apropriação por esta nossa sociedade dita de consumo, do acto de oferecer prendas, esquecendo-se do que lhe estava associado, foi um muito pequeno passo.
Hoje, no mês de Dezembro, tende-se a esquecer o que esteve na origem destas tradições e destes festejos, esquece-se a vertente religiosa, espiritual e humana, e privilegia-se a vertente material, o consumo, muitas vezes excessivo e desnecessário, confundindo o ser com o ter, agravando e acentuando os contrastes que nos rodeiam.
Felizmente, a solidariedade e o respeito pelos outros, o amor pelo próximo, ainda não são palavras vãs. As iniciativas sucedem-se, promovidas por ONG’s, por entidades públicas ou privadas, por cidadãos que mobilizados em torno de ideias simples, como, por exemplo, o Banco Alimentar contra a Fome, em que a Faculdade de Medicina e os seus colaboradores têm participado activamente, reabilitam o espírito de Natal e, sobretudo, permitem que possa ser Natal sempre que o homem quiser, como dizia o poeta.
Luís Pereira
Secretário Coordenador | Faculdade de Medicina de Lisboa