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Entrevista do Prof. Doutor Fernandes e Fernandes na RCM Pharmagazine
O Director da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), Prof. Doutor Fernandes e Fernandes, concedeu uma longa entrevista à 6ª edição da RCM Pharmagazine (http://www.rcmpharma.com/), onde abordou temas tão diversificados como o ensino da Medicina em Portugal, a vocação dos alunos que escolhem o curso de Medicina, o Centro Académico de Medicina de Lisboa, a criação de novas escolas médicas, a falta de médicos em Portugal, entre outros.
Na opinião do Director da FMUL o ensino da medicina em Portugal “está numa fase de transição e de mudança absolutamente necessária.” Embora reconheça a existência de dificuldades, está convicto de que “(…) a formação médica é adequada e os médicos que estão a exercer na sociedade estão bem preparados”. Refere o Prof. Fernandes e Fernandes que “há indicadores que nos confirmam esta opinião”, sendo que dois deles provêm directamente da sua experiência enquanto Director da FMUL. O primeiro é o “feedback” que recebe dos tutores dos alunos do 6º ano do Curso de Mestrado Integrado da FMUL, que trabalham em vários hospitais e centros de saúde. Refere o Director da FMUL que “(…) as informações que recebemos dos seus tutores nessas instituições de saúde são de que a sua preparação é globalmente boa e o seu desempenho muito satisfatório”. O segundo indicador “ (…) provém do programa Erasmus, no qual os nossos alunos obtêm classificações que não são diferentes das que obtiveram em Portugal. Por estas razões, penso que estamos a fazer um bom trabalho no ensino da Medicina”.
Quando questionado sobre a forma como se avalia a vocação dos alunos que escolhem o curso de Medicina em Portugal, com base apenas na média de candidatura, o Professor refere que “é obvio que um médico deve ter capacidade de estudar, deve possuir conhecimento, isto é, o componente cognitivo deve ser de qualidade, mas isso só não basta, é necessário mas não suficiente. São precisas outras qualidades e capacidades e, gostaria de destacar a cultura, que é fundamental para compreender a pessoa humana, a sua individualidade, a sua dimensão familiar e social e o mundo em que vive”.
Destaca ainda que “espírito de sacrifício e dedicação, capacidade de altruísmo, abnegação são qualidades indispensáveis a um bom médico, e todas estas características que não são tidas em conta quando se seleccionam os alunos para as escolas médicas”.
Ao longo da entrevista, o Prof. Fernandes e Fernandes aborda, também, a criação de novas escolas médicas em Portugal, bem como a temática da falta de médicos no país. Relativamente ao primeiro tema, considera que “há uma questão política de fundo: no contexto da integração europeia, precisamos de escolas médicas de qualidade que possam comparar-se com as melhores da Europa. E isso obriga a uma concentração de esforços, de mobilização de recursos”. Uma vez que Portugal não é um país muito rico, o Director da FMUL afirma que “precisamos racionalizar meios e utilizá-los de uma forma judiciosa”. Questionado sobre a falta de médicos no país, o entrevistado argumenta que “a falta de médicos é um falso problema. Na minha opinião não há falta de médicos em Portugal, como os indicadores europeus claramente demonstram. Há é uma má organização dos Serviços de Saúde e má distribuição dos médicos”.
Como referido anteriormente, outro tema abordado na entrevista foi o Centro Académico de Medicina de Lisboa. O Director da FMUL salientou que esta estrutura “é um modelo inovador na nossa realidade, inspirado na experiência holandesa dos Academic Medical Centers, que reuniram numa mesma tutela os componentes académico e profissional numa organização comum, orçamento e gestão unificada. Corresponde a um novo conceito, que pretende fazer convergir as instituições componentes e as suas capacidades para objectivos comuns, como a educação e investigação médicas e, desse modo, maximizar a rentabilização dos seus recursos, incrementar a sua eficácia para melhor assegurar a nossa missão: ensinar, investigar e cuidar”.
Consulte aqui a entrevista na íntegra.
Na opinião do Director da FMUL o ensino da medicina em Portugal “está numa fase de transição e de mudança absolutamente necessária.” Embora reconheça a existência de dificuldades, está convicto de que “(…) a formação médica é adequada e os médicos que estão a exercer na sociedade estão bem preparados”. Refere o Prof. Fernandes e Fernandes que “há indicadores que nos confirmam esta opinião”, sendo que dois deles provêm directamente da sua experiência enquanto Director da FMUL. O primeiro é o “feedback” que recebe dos tutores dos alunos do 6º ano do Curso de Mestrado Integrado da FMUL, que trabalham em vários hospitais e centros de saúde. Refere o Director da FMUL que “(…) as informações que recebemos dos seus tutores nessas instituições de saúde são de que a sua preparação é globalmente boa e o seu desempenho muito satisfatório”. O segundo indicador “ (…) provém do programa Erasmus, no qual os nossos alunos obtêm classificações que não são diferentes das que obtiveram em Portugal. Por estas razões, penso que estamos a fazer um bom trabalho no ensino da Medicina”.
Quando questionado sobre a forma como se avalia a vocação dos alunos que escolhem o curso de Medicina em Portugal, com base apenas na média de candidatura, o Professor refere que “é obvio que um médico deve ter capacidade de estudar, deve possuir conhecimento, isto é, o componente cognitivo deve ser de qualidade, mas isso só não basta, é necessário mas não suficiente. São precisas outras qualidades e capacidades e, gostaria de destacar a cultura, que é fundamental para compreender a pessoa humana, a sua individualidade, a sua dimensão familiar e social e o mundo em que vive”.
Destaca ainda que “espírito de sacrifício e dedicação, capacidade de altruísmo, abnegação são qualidades indispensáveis a um bom médico, e todas estas características que não são tidas em conta quando se seleccionam os alunos para as escolas médicas”.
Ao longo da entrevista, o Prof. Fernandes e Fernandes aborda, também, a criação de novas escolas médicas em Portugal, bem como a temática da falta de médicos no país. Relativamente ao primeiro tema, considera que “há uma questão política de fundo: no contexto da integração europeia, precisamos de escolas médicas de qualidade que possam comparar-se com as melhores da Europa. E isso obriga a uma concentração de esforços, de mobilização de recursos”. Uma vez que Portugal não é um país muito rico, o Director da FMUL afirma que “precisamos racionalizar meios e utilizá-los de uma forma judiciosa”. Questionado sobre a falta de médicos no país, o entrevistado argumenta que “a falta de médicos é um falso problema. Na minha opinião não há falta de médicos em Portugal, como os indicadores europeus claramente demonstram. Há é uma má organização dos Serviços de Saúde e má distribuição dos médicos”.
Como referido anteriormente, outro tema abordado na entrevista foi o Centro Académico de Medicina de Lisboa. O Director da FMUL salientou que esta estrutura “é um modelo inovador na nossa realidade, inspirado na experiência holandesa dos Academic Medical Centers, que reuniram numa mesma tutela os componentes académico e profissional numa organização comum, orçamento e gestão unificada. Corresponde a um novo conceito, que pretende fazer convergir as instituições componentes e as suas capacidades para objectivos comuns, como a educação e investigação médicas e, desse modo, maximizar a rentabilização dos seus recursos, incrementar a sua eficácia para melhor assegurar a nossa missão: ensinar, investigar e cuidar”.
Consulte aqui a entrevista na íntegra.