Notícias FMUL
Abertura do Ano Académico 2009/2010 com apelos a uma maior projecção da Universidade de Lisboa
Na cerimónia de abertura do Ano Académico 2009/2010 a 18 de Novembro na Aula Magna da Reitoria o Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa, felicitou-se com a intenção do Governo estabelecer um "contrato de confiança" com o Ensino Superior mas ao mesmo tempo criticou a "burocracia" imposta às universidades e que parece afastá-las do essencial. O Reitor , referiu por isso a situação vivida nos últimos anos que classificou de "quase insuportável", devido à "permanente adaptação" a novas regras, leis e regulamentos.
"A burocracia imposta às universidades parece afastá-las do essencial".
Recordou as "mil adaptações exigidas pelo Processo de Bolonha", seguindo-se o novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES). As alterações ao estatuto da carreira docente, desde Setembro, obrigam também à aprovação de "uma dezena de novos regulamentos, num processo difícil e de inevitável conflitualidade", disse.
"O contrato de confiança que desejamos há-de constituir uma nova respiração para as universidades".
Para o reitor, o problema prende-se com "visões gestionárias, que introduziram novas formas de burocracia ainda mais paralisantes do que as anteriores", mas sublinhou que "O contrato de confiança que desejamos há-de constituir também uma nova respiração, um novo sopro de vida para as universidades". No seu discurso António Sampaio da Nóvoa tentou ainda responder a duas perguntas. Como se constrói o futuro da universidade? ”Constrói-se a partir da educação básica, da infância, do trabalho realizado nas nossas crianças, constituindo uma base sólida de formação” disse; Como se constrói o futuro da ciência? “A partir do ensino superior. Num país como Portugal o investimento em ciência é decisivo mas seria um erro se feito à custa do ensino superior” respondeu o Reitor.
“A criação de uma universidade de referência internacional deve ser o sonho da nossa geração”.
O Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa considerou que ”Ao longo da nossa história nunca tivemos uma universidade de referência internacional. Uma malha de quinze universidades e quinze politécnicos é absurda para um país da nossa dimensão. “A criação de uma universidade de referência internacional deve ser o sonho da nossa geração” desabafou ainda.
Pode aceder ao discurso completo do Reitor aqui
Na cerimónia foram ainda entregues os Diplomas e Cartas Doutorais referentes ao ano lectivo 2008/2009.
Doutoramentos Pela Universidade de Lisboa Ano Lectivo 2008/2009
Faculdade de Letras: 37
Faculdade de Direito: 4
Faculdade de Medicina: 13
Faculdade de Ciências: 79
Faculdade de Farmácia: 10
Faculdade de Psicologia e Ciências Educação: 4
Faculdade de Belas Artes: 6
Faculdade de Medicina Dentária: 2
Instituto de Ciências Sociais: 6
Doutoramento Enfermagem: 1
No discurso anterior o Presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa, André Moz Caldas, aludiu ao aprofundamento do relacionamento com politécnicos e outras instituições de Lisboa para que a UL “deixe de ser uma universidade regional e atinja uma dimensão europeia e mundial". Pode aceder ao discurso do Presidente da Associação Académica aqui
“Não pactuaremos com quem queira obrigar os estudantes à condição de bolseiros de investigação” .
Esta tem de ser uma prioridade da Universidade, como da cidade Erasmus que Lisboa pretende vir a ser. Sobre o Processo de Bolonha, André Caldas considerou que “os instrumentos da mobilidade mantêm-se os mesmos, as metodologias de ensino e aprendizagem também. Em suma, o que Bolonha tinha de interessante ficou por fazer, pondo decisivamente em causa a qualidade do ensino”. Declarou-se contra quem queira obrigar os estudantes à condição de bolseiros de investigação, referindo que “a experiência do trabalho e a própria experiência de vida qualificam as pessoas, acrescentando valor ao seu trabalho científico. Esse excessivo elitismo está caduco e deve ser definitivamente ultrapassado.”
Antes, a cerimónia de abertura tinha começado com o discurso da funcionária Joana Ferreira Soares que deixou propositadamente de lado, financiamentos, estratégias e números para se centrar nas pessoas que, juntas, fazem a UL – docentes, investigadores, estudantes e funcionários. ”Traduzimo-nos em ofícios perfeitamente redigidos, em informações perfeita e concisamente fundamentadas, na execução de tarefas manuais minuciosamente levadas a cabo. Esquecemo-nos, contudo, que para lá de tudo isso, para lá do rosto que aí se reflecte, há toda uma vida, toda uma humanidade.” Pode aceder ao discurso completo da funcionária aqui
A tradicional oração de sapiência foi proferida por Teresa Barata Salgueiro, Professora Catedrática e Presidente da Comissão Instaladora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e incidiu sobre “Pensar o futuro através do território”.
Pode ler a versão integral da Oração de Sapiência aqui
No final da cerimónia foi inaugurada, no átrio da reitoria, a exposição de Tapeçaria e desenhoda figura maior do surrealismo português, Artur Cruzeiro Seixas, patente até 29 Janeiro 2010.
Carlos André - Equipa Editorial
carlos.andre@campus.ul.pt
"A burocracia imposta às universidades parece afastá-las do essencial".
Recordou as "mil adaptações exigidas pelo Processo de Bolonha", seguindo-se o novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES). As alterações ao estatuto da carreira docente, desde Setembro, obrigam também à aprovação de "uma dezena de novos regulamentos, num processo difícil e de inevitável conflitualidade", disse.
"O contrato de confiança que desejamos há-de constituir uma nova respiração para as universidades".
Para o reitor, o problema prende-se com "visões gestionárias, que introduziram novas formas de burocracia ainda mais paralisantes do que as anteriores", mas sublinhou que "O contrato de confiança que desejamos há-de constituir também uma nova respiração, um novo sopro de vida para as universidades". No seu discurso António Sampaio da Nóvoa tentou ainda responder a duas perguntas. Como se constrói o futuro da universidade? ”Constrói-se a partir da educação básica, da infância, do trabalho realizado nas nossas crianças, constituindo uma base sólida de formação” disse; Como se constrói o futuro da ciência? “A partir do ensino superior. Num país como Portugal o investimento em ciência é decisivo mas seria um erro se feito à custa do ensino superior” respondeu o Reitor.
“A criação de uma universidade de referência internacional deve ser o sonho da nossa geração”.
O Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa considerou que ”Ao longo da nossa história nunca tivemos uma universidade de referência internacional. Uma malha de quinze universidades e quinze politécnicos é absurda para um país da nossa dimensão. “A criação de uma universidade de referência internacional deve ser o sonho da nossa geração” desabafou ainda.
Pode aceder ao discurso completo do Reitor aqui
Na cerimónia foram ainda entregues os Diplomas e Cartas Doutorais referentes ao ano lectivo 2008/2009.
Doutoramentos Pela Universidade de Lisboa Ano Lectivo 2008/2009
Faculdade de Letras: 37
Faculdade de Direito: 4
Faculdade de Medicina: 13
Faculdade de Ciências: 79
Faculdade de Farmácia: 10
Faculdade de Psicologia e Ciências Educação: 4
Faculdade de Belas Artes: 6
Faculdade de Medicina Dentária: 2
Instituto de Ciências Sociais: 6
Doutoramento Enfermagem: 1
No discurso anterior o Presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa, André Moz Caldas, aludiu ao aprofundamento do relacionamento com politécnicos e outras instituições de Lisboa para que a UL “deixe de ser uma universidade regional e atinja uma dimensão europeia e mundial". Pode aceder ao discurso do Presidente da Associação Académica aqui
“Não pactuaremos com quem queira obrigar os estudantes à condição de bolseiros de investigação” .
Esta tem de ser uma prioridade da Universidade, como da cidade Erasmus que Lisboa pretende vir a ser. Sobre o Processo de Bolonha, André Caldas considerou que “os instrumentos da mobilidade mantêm-se os mesmos, as metodologias de ensino e aprendizagem também. Em suma, o que Bolonha tinha de interessante ficou por fazer, pondo decisivamente em causa a qualidade do ensino”. Declarou-se contra quem queira obrigar os estudantes à condição de bolseiros de investigação, referindo que “a experiência do trabalho e a própria experiência de vida qualificam as pessoas, acrescentando valor ao seu trabalho científico. Esse excessivo elitismo está caduco e deve ser definitivamente ultrapassado.”
Antes, a cerimónia de abertura tinha começado com o discurso da funcionária Joana Ferreira Soares que deixou propositadamente de lado, financiamentos, estratégias e números para se centrar nas pessoas que, juntas, fazem a UL – docentes, investigadores, estudantes e funcionários. ”Traduzimo-nos em ofícios perfeitamente redigidos, em informações perfeita e concisamente fundamentadas, na execução de tarefas manuais minuciosamente levadas a cabo. Esquecemo-nos, contudo, que para lá de tudo isso, para lá do rosto que aí se reflecte, há toda uma vida, toda uma humanidade.” Pode aceder ao discurso completo da funcionária aqui
A tradicional oração de sapiência foi proferida por Teresa Barata Salgueiro, Professora Catedrática e Presidente da Comissão Instaladora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e incidiu sobre “Pensar o futuro através do território”.
Pode ler a versão integral da Oração de Sapiência aqui
No final da cerimónia foi inaugurada, no átrio da reitoria, a exposição de Tapeçaria e desenhoda figura maior do surrealismo português, Artur Cruzeiro Seixas, patente até 29 Janeiro 2010.
Carlos André - Equipa Editorial
carlos.andre@campus.ul.pt