“O alargamento entre a primeira e segunda dose vai permitir vacinar mais pessoas”
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Miguel Prudêncio, Professor da FMUL e investigador do Instituto de Medicina Molecular (iMM), esteve presente no jornal da SIC Notícias, onde falou do alargamento entre a primeira e a segunda dose da vacina contra a covid-19 e a eficácia da vacina da Johnson & Johnson.

A Agência Americana dos Medicamentos considerou a vacina da Johnson & Johnson eficaz. Esta eficácia é de 85,9% contra as formas graves da doença nos Estados Unidos e é igualmente eficaz contra essas formas graves em 81,7% na África do Sul e 87,6% no Brasil. O professor afirma que esta vacina não tem constrangimentos e, ao contrário das outras vacinas, tem “uma vantagem em termos de armazenamento, não requer temperaturas de armazenamento tão baixas como por exemplo a vacina da Pfizer.”

Questionado sobre a possibilidade de adiar a toma da segunda dose da vacina contra a covid-19, Miguel Prudêncio deixa duas notas que devem ser avaliadas. A primeira é “se a proteção conferida pela primeira dose se mantém durante um período alongado até à segunda dose” e, em segundo, “se o alargamento do prazo entre a primeira e a segunda dose não põe em causa o reforço da eficácia que é conferido pela segunda administração”.

Neste momento, “já temos dados de Israel que mostram que até aos 35 dias a eficácia da primeira dose se mantém inalterada.”

Aquilo que está a ser discutido é o alargamento entre a primeira e a segunda dose por mais uma semana e, o Professor afirma que, “não há nenhuma razão para temer que isso possa pôr em causa a proteção que se consegue com a primeira dose”.

Refere que, este alargamento “vai permitir vacinar mais pessoas mais cedo com a primeira dose, conferindo-lhes um grau de proteção muito elevado, sem comprometer o aumento da robustez adicional conferida pela segunda dose”.

Pode ver a entrevista completa AQUI.