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Vacina contra a malária testada em ensaio clínico liderado por cientistas portugueses
A malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito “Anopheles” infetada pelo parasita do género “Plasmodium”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a malária foi responsável pela morte de cerca de 429 mil pessoas no ano de 2015.
No passado dia 6 de junho, iniciou-se na Holanda (Roterdão e Nijmegen) um ensaio clínico para testar uma nova abordagem no desenvolvimento de vacina contra a malária a Pb(PfCS@UIS4).
Este será o primeiro ensaio clínico em voluntários saudáveis e resulta da colaboração entre a equipa liderada por Miguel Prudêncio (Investigador no Instituto de Medicina Molecular) com a PATH malaria Vaccine Initiative (MVI) e o Centro Médico da Universidade de Radboud (RUMC), na Holanda.
Segundo Miguel Prudêncio, neste ensaio será usada “uma versão da malária responsável pela infeção de roedores, conhecida como Plasmodium berghei (inofensivo para os seres humanos), com o objetivo de induzir proteção contra a doença em seres humanos”, para tal utilizaram-se processos de engenharia genética, conseguindo-se inserir no genoma do parasita de roedores o gene que codifica a proteína do parasita muito mais agressivo e responsável pela infeção em seres humanos, o Plasmodium faciparum.
A expectativa é de que o sistema imunitário reconheça o parasita e produza uma resposta contra o verdadeiro agressor.
Este ensaio clínico contará com a participação de 30 voluntários adultos saudáveis e prevê-se que os seus resultados se conheçam em 2018.
Mais informações aqui e aqui.
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Créditos de imagem: IMM
Fontes: Jornal Expresso e Jornal Diário de Notícias
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Cristina Bastos
Equipa Editorial
news@medicina.ulisboa.pt