Infarmed aprova receitas renováveis defendidas pela FMUL e SPC
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Fotografia Professor Fausto Pinto
 
Infarmed aprova receitas renováveis defendidas pela FMUL e SPC - Receitas renováveis podem prevenir doenças vasculares cerebrais
 
O Infarmed aprovou a prescrição de longa duração nos anticoagulantes orais diretos a doentes crónicos com fibrilhação auricular. Esta campanha de sensibilização resultou de uma carta enviada à Ministra da Saúde e Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, assim como ao Presidente da Autoridade do Medicamento em Portugal (INFARMED).
No final do ano passado, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), emitiram um comunicado público, defendendo que “os anticoagulantes orais diretos (tecnicamente designados por DOACs ou NOACs) pudessem ser prescritos em receita renovável para os doentes com fibrilhação auricular”.
É precisamente porque os doentes com fibrilhação auricular necessitam de estar cronicamente anticoagulados, para prevenir acidentes vasculares cerebrais (AVC), que os fármacos DOACs/NOACs lhes estão indicados e são comparticipados, garantindo assim múltiplas vantagens clinicas. Contudo, a sua prescrição permitia até agora a emissão de receitas não‐renováveis e cuja validade durava apenas um mês, colocando em causa a adesão à terapêutica em alguns doentes.
Foi após fundamentação com base científica, que a FMUL e a SPC alertaram assim para o risco que estes doentes corriam, se não se alterassem as modalidades de prescrição, sensibilizando que era “necessário libertar os profissionais de saúde para as tarefas essenciais, evitando renovações de prescrição frequentes e desnecessárias”, algo que poderia ainda potenciar nestes doentes mais riscos colaterais nesta fase de pandemia.
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa não podia estar mais satisfeita com o resultado desta ação que teve no seu comando o Diretor Fausto J. Pinto e um dos seus Professores e Cardiologistas, Daniel Caldeira.
A fundamentação para a defesa desta posição pode ser lida na íntegra, aqui.