Todos os novos projetos são desafiantes. Em qualquer novo projeto temos de ultrapassar uma série de etapas. A primeira, talvez, seja a identificação da necessidade, dos pontos fortes e dos pontos fracos do produto em análise. De seguida, a curiosidade assola-nos e vamos à procura dos produtos concorrentes: “Como é que os outros fazem? Melhor? Pior?”. Tudo depende do ponto de vista.
Quando damos por nós, estamos a viver um brainstorming: “Afinal, a quem se destina o produto?”, “Quem é a nossa audiência?”, “Será o público-alvo assim tão linear?” – Claro que não. Sabíamos, desde o início, que havia melhorias a serem realizadas. Teríamos de dedicar mais atenção aos nossos estudantes e captar o interesse dos candidatos, sem esquecer as necessidades dos nossos professores, investigadores e colaboradores não docentes. Criámos personas, tentámos, ao máximo, colocar-nos no lugar de todos, porque todos são importantes para manter a nossa instituição, e não menos importante, nos dias que correm, a morada digital da mesma, o site.
Após muita discussão, definimos a estratégia: reestruturar o que já existe, modernizar o layout e melhorar substancialmente a navegação. Era primordial criar vários caminhos para o mesmo destino, transformar a nossa montra digital em algo intuitivo, apelativo e amigável para o utilizador. E assim, começou a verdadeira aventura de um projeto que envolveu muita dedicação, tempo e claro algum stress: a reestruturação do site da FMUL.
Assumimos o compromisso com a Direção de que o site estaria no ar, em substituição do antigo, no dia 16 de setembro, Dia da Faculdade. Faltavam cerca de 11 meses. No dia 15 de Novembro de 2018, estávamos a entrar para a primeira reunião, de apresentação da empresa que nos iria desenvolver a nova plataforma. Para este primeiro encontro, preparámos o trabalho de casa: apresentámos todas as nossas necessidades de melhoria, algumas, com base em reuniões prévias com algumas figuras representativas dos vários nichos da nossa casa. Queríamos tudo e queríamos agradar a todos: Que ingenuidade!
À medida que as potencialidades da plataforma nos eram apresentadas, tornava-se mais fácil tomar decisões e assim, com consciência das linhas que possuíamos, cosemos o mapa do site. A base do novo projeto. Seguiram-se semanas de trabalho intensivo, 3 pessoas, 1 sala. Na nossa mesa havia portáteis, com ficheiros Excel abertos, telemóveis, desenhos, rabiscos e apontamentos soltos. Ao final de um par de horas, as decisões já nada tinham a ver com as ideias iniciais. Mudar de opinião faz parte de todo o processo de maturação do projeto.
Tudo começava a ganhar forma, inclusivamente, a necessidade de dar corpo a novos conteúdos ou reformular outros tantos. Mas, quem faz o quê? O que é prioritário? O que não pode faltar? O que pode cair? Foram meses de reuniões, de task forces, de discussão, mas sobretudo de partilha. Vestimos a camisola, tínhamos um bebé nos braços…
Findo o trabalho de reformulação dos conteúdos, vimo-nos a par com o carregamento e migração dos mesmos. A um mês da nossa deadline, parecia que este trabalho nunca teria fim. O mais curioso de tudo é que não tem.
O desenvolvimento e gestão de um site é um working progress. Enquanto equipa, estamos conscientes da constante necessidade de atualização. Apesar dos sites serem considerados plataformas mais estáticas, quando comparados a outros meios, requerem sempre mudanças e melhorias. Não é em vão que se diz que a esperança média de vida de um site é de 4 anos. Numa era onde o digital impera, na qual um só clique pode simplificar a nossa vida, ao permitir-nos realizar transações financeiras e comercias, ou simplesmente, manifestar a nossa opinião, acompanhar as tendências digitais torna-se crucial. Principalmente, para as organizações que se querem destacar pela diferença e pela excelência. A necessidade de manter estas plataformas atuais, objetivas e dinâmicas exige maior atenção por parte das equipas responsáveis.
…
Faltavam dois dias para o Dia da Faculdade. Tínhamos apenas um fim-de-semana pelo meio. Respirava-se stress dentro do gabinete. Toda a equipa estava consciente do aumento exponencial de visitas na semana vindoura, mas estávamos seguros que tínhamos feito, e continuávamos a fazer, tudo o que estava ao nosso alcance. Apesar das horas tardias a que saímos nesse dia, tudo correu como previsto, inclusivamente a migração do site para o servidor da Reitoria, um procedimento que poderia ter demorado horas, “roubou-nos” apenas 60 minutos. Uma sexta-feira 13 sem percalços. Dá para acreditar?
Durante todo o processo, quisemos sempre manter-nos fiéis às necessidades de todos os segmentos da nossa comunidade académica, bem como, contribuir para uma maior otimização dos procedimentos entre as equipas e os serviços.
Foram meses de muito trabalho, não podemos negar. Contudo, é bastante gratificante ver o novo projeto a ganhar forma, a estabelecer-se.
Tomo a liberdade para deixar alguns agradecimentos, pois uma coisa é certa: sem o apoio e cooperação das pessoas que se seguem, o sucesso do novo projeto estaria ameaçado, pelo que:
– Deixamos uma palavra de agradecimento à Direção da FMUL, em especial ao Prof. Fausto J. Pinto pelo voto de confiança,
– À inestimável Raquel Viegas pela paciência, principalmente quando os ânimos se exaltavam.
– À Margarida Roberto, por se ter revelado uma parceira estimulante e com grande capacidade de análise.
– À Raquel Moreira, pela forma como se disponibilizou a agarrar todo este desafio. Nunca se negou a nada.
– À Rita Correia, por nos ter cedido sempre o seu tempo, mesmo quando tinha outras responsabilidades em mãos.
– Ao Rui Fonseca, pela prontidão em desmistificar aspetos mais técnicos e por nos ter ajudado a estabelecer a ponte com a equipa de informática da Reitoria.
– E claro, como não podia deixar de ser, ao João Rochate e à sua equipa da Adj3. Sem eles não teria sido possível. Uma equipa de profissionais incansáveis.
Estamos todos de parabéns!
Isabel Varela
Equipa Editorial.