Professor Rui Tato Marinho faz balanço da pandemia e da saúde digestiva em Portugal
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senhor de fato a falar na televisão

O programa “Gente Que Conta”, do Porto Canal, debateu a saúde digestiva em Portugal e contou com a participação do Professor Rui Tato Marinho, que comentou, também, a recuperação da sociedade face à pandemia e o regresso à normalidade na prática clínica.

Rui Tato Marinho, que já havia alertado para o problema da interrupção das intervenções e dos milhares de diagnósticos de casos de cancro do aparelho digestivo que ficaram em suspenso, explicou como a “ditadura Covid pôs, não só o Sistema Nacional de Saúde, mas a população mundial em desleixo” e considera que vai demorar pelo menos seis meses a um ano para recuperarmos da pandemia em matéria de exames, análises e consultas médicas.

O Professor, que preside a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, falou do apoio prestado à DGS (Direção-Geral de Saúde) e apontou o medo como o principal problema existente nesta fase, entendendo ter-se instalado por toda a parte essa sensação limitadora e prejudicial ao estabelecimento de uma nova normalidade.

Explicou, também, que a pandemia veio agravar a Síndrome do Intestino Irritável e reiterou a importância de vigiarmos a nossa saúde, revelando que o “cancro do pâncreas tem vindo a aumentar de uma forma assustadora e daqui a 3-4 anos vai matar mais, em Portugal, do que o cancro da mama”.

Rui Tato Marinho fez, por fim, um balanço positivo da gestão política e social do surto pandémico, mas considera que está na altura de “virar a página” e seguir, rapidamente, em frente, apesar do medo.

Veja aqui esta entrevista, onde se falou ainda de ética, morte e eutanásia.