Os efeitos da pandemia no futuro dos nossos alunos
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O jornal Diário de Notícias publicou no passado dia 13, um artigo sobre os alunos finalistas de Medicina que, no 6º ano, por consequência do novo coronavírus, viram parte dos seus estágios cancelados. É o caso de Catarina Nunes, aluna da FMUL, que estava integrada no serviço de cirurgia geral no Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca.

 

rapariga em pé a sorrir
Catarina Nunes é finalista do curso de Medicina da Universidade de Lisboa.<br /> &nbsp;André Vidigal - Global Imagens

 

Catarina viu o seu estágio final, com duração prevista até junho, cancelado, sendo a prática substituída por aulas por videoconferência, onde se discutiam cada caso clínico. Aulas estas que, segundo Catarina refere ao Diário de Notícias, “foram muito úteis, ao ponto de deixar o conselho para serem mantidas mesmo depois de ultrapassada a pandemia”.“Mas a experiência no hospital é a experiência no hospital. E não é substituível. É preciso ver os doentes, palpá-los para sentir as suas dores e servir de sombra aos mais velhos, com quem estão a aprender.”

Mar Mateus, aluna finalista da Faculdade de Medicina da Universidade do Minho, por seu lado “não se sente tão prejudicada na sua formação quanto outros colegas, porque conseguiu fazer estágio” em Medicina Interna, que segundo a própria é uma parte da medicina "mais generalista e das que mais fomentam o raciocínio clínico".

rapaz de camisa em pé
José Durão, interno no Hospital de Santarém

 

Neste artigo podemos ler também a experiência de José Durão, que é interno no Hospital de Santarém e integrou as equipas de combate ao novo coronavírus. “Ligava às pessoas sinalizadas como tendo estado em contacto com um doente covid e perguntava-lhes onde tinham estado, com quem, quanto tempo, entre outras informações que ajudassem a traçar um percurso. Esta história servia depois para isolar o máximo de cidadãos suspeitos de poderem transmitir covid e controlar as cadeias de transmissão, impedindo que a doença continue a circular”. José Durão partilha também a experiência de colegas seus que estão “há mais de dois a fazer estágio de cirurgia” e ainda não participaram numa intervenção cirúrgica ou serviço de urgência. Caso idêntico foi o de Francisco Rocha, que se encontra a fazer o terceiro ano da especialização em saúde pública no Agrupamento de Centro de Saúde (ACES) Lisboa Central, e afirma que contrariamente “aos colegas do hospital que ventilaram, trataram” doentes infetados com o novo coronavírus, “nós não sabemos quem salvamos”, reforçando, no entanto, “a certeza de que salvámos centenas ou milhares de pessoas".

 

Leia o artigo na íntegra aqui.