“O único cientista português a ganhar um Nobel merece honras de Panteão?”
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Créditos da imagem: Jornal Público

 

A discussão foi lançada pelo Partido Socialista que recomenda a concessão de honras de Panteão Nacional a Egas Moniz, médico neurologista que foi o primeiro e único português a receber o Prémio Nobel da Medicina em 1949, pela “descoberta do valor terapêutico da leucotomia em certas psicoses”.

A notícia, avançada pelo Público, destaca que “A memória colectiva portuguesa deste cientista é marcada por ter inventado a técnica da lobotomia, mas é também muito mais que isso”.

De facto, a técnica é indissociável da mente que a originou e Egas Moniz deixou um forte legado, tendo sido responsável pela invenção de uma “técnica revolucionária capaz de tornar visíveis áreas do cérebro, mas também de uma cirurgia polémica, que implicava destruir as ligações entre neurónios no cérebro”.

Egas Moniz, que teve um papel importante no ensino médico da nossa Instituição, ficou conhecido mundialmente por ter desenvolvido a angiografia cerebral e a leucotomia pré-frontal, tornando-se uma figura incontornável da Ciência e da Medicina a nível mundial, destacando-se ainda, por fazer carreira na política nacional.

xposição sobre a técnica da Angiografia no Museu Egas Moniz, na Universidade de Lisboa DAVID CLIFFORD - PÚBLICO ARQUIVO
Exposição sobre a técnica da Angiografia no Museu Egas Moniz, na Universidade de Lisboa - Créditos da imagem: David Clifford (Arquivo Jornal Público)

 

De acordo com o Público, “O projecto do PS prevê a audição de «todos os partidos políticos, a Câmara Municipal de Estarreja  [município onde fica a casa-museu Egas Moniz], a Junta de Freguesia de Avanca, a comunidade científica e civil, assim como a família de Egas Moniz». A ideia «não pressupõe a trasladação do corpo, sepultado no cemitério de Avanca, ao lado da esposa, por sua vontade», ressalvam os membros do Partido Socialista.

Saiba mais detalhes aqui, com a notícia na íntegra.