Perguntei-lhe se tinha um local preferido para nos conhecermos. Sem preferência de uma sala exata disse apenas que o seu Edifício por excelência é o Egas Moniz, onde passou a maior parte do tempo a estudar, mas especialmente porque foi onde apresentou a sua candidatura à coordenação geral da Noite da Medicina de 2019.
Reservo o Grande Auditório João Lobo Antunes e é lá que falamos, a ideia não surgiu ao acaso.
Simultaneamente desconfortáveis nas cadeiras, uma exatamente ao lado da outra, e até começarmos a falar, do rapaz reservado que mal se mexia, acabei por conhecer alguém bem mais descontraído e que se foi fazendo deslizar, esticando as pernas pelo corredor e apoiando os braços nas cadeiras laterais.
Não é de espalhafato fácil, pelo menos para quem não conhece, nem diz nada sem pensar muito bem antes. Quem o conhece bem ri-se às gargalhadas, principalmente quando ele imita pessoas que todos conhecem, como os Professores, ou quando se ironiza a ele próprio.
Salto uma cadeira para o lado, mantendo uma linha de distância razoável que permita observá-lo melhor. E a sala que parecia ter um eco vazio e frio, começou a ganhar contornos, vida.
Podemos começar por apresentá-lo dizendo que apesar de ter 22 anos, já passou quase toda a sua vida a nadar. Iniciou aos 3 e foi entre os 8 anos que entrou em competições, tornando-se federado aos 9. Só o ano passado interrompeu o percurso. Interrompamos também nós aqui a natação, para a retomarmos mais adiante. Rapaz precoce, Daniel Cazeiro deveria estar no 5º ano da Faculdade de Medicina, facto é que frequenta agora o 6º.
Fala orgulhosamente do Colégio particular onde estudou até ao 9º ano, no Seixal, só depois passou para a escola pública. Foi lá que conheceu o professor que o escolheria para vir a participar num programa de entretenimento da RTP, como uma das crianças residentes e com melhores notas, apresentado por Jorge Gabriel - "Sabe Mais do que um Miúdo de 10 Anos?". Vive em Fernão Ferro e sempre assim foi. Em pequeno vir a Lisboa era um feito extraordinário, ou para nadar, ou entrar naqueles “prédios enormes” que enchiam a capital, como o Hotel Sheraton onde entrou quando foi fazer os castings do referido programa. Depois de questionários e entrevistas, passando por diferentes fases, o Daniel ficou no leque dos escolhidos. O objetivo era que, diante de um segmento de perguntas de disciplinas do 1º ao 6º ano, um adulto conseguisse saber as respostas todas; quando assim não era, pediam ajuda aos “miúdos”. Diante do desconhecimento da resposta, tinham que assumir que "não sabiam mais do que eles que tinham 10 anos". Facilmente se concluiu que o “miúdo” Daniel sabia mais do que a maior parte dos adultos.
Quanto à natação, interrompeu-a em 2018, altura em que entrou na Direção do Desporto e Bem-Estar da Associação de Estudantes, no 5º. Amor antigo, a natação sofreu o corte só por uns tempos, porque Daniel sabe que, provavelmente, a ela voltará muito em breve, já que considera "entediante ter só que estudar e estudar".
Mas olhando para o seu percurso académico dos últimos anos de vida não se pode dizer propriamente que a vida tem sido entediante num segundo que passe. Monitor de Anatomia do 2º e 3º ano e de NeuroAnatomia no 3º, um ano depois viria a envolver-se no Solvin’it e na sua organização de raiz. Envolver-se em projetos era condição obrigatória para ir absorver uma dose de responsabilidade que precisava para se sentir completo. Não bastando tudo o que já acumulara, descobria ainda tempo para outra paixão, o basquetebol, atividade que o fez integrar a equipa da AEFML. Não teve essa oportunidade mas lamenta não saber música de forma profissional; ainda assim, é autodidata de guitarra.
Fala com um entusiasmo quase adolescente da diversidade cultural da sua própria Faculdade, fascinando-se ainda hoje quando assiste ao Sarau Cultural ou ouve o Coro ou a Orquestra Médica.
Fala da mãe algumas vezes, é o pilar, referência orientadora que lhe fez ver que nem sempre se obtém tudo o que se quer. E o Daniel agradece ter percebido isso.
Neste momento, a estagiar em Medicina Geral e Familiar, a 100 metros da sua casa, ainda assim prefere vir “num saltinho a Lisboa”, não lhe vá escapar algum momento de amizade que num semi-silêncio teme perder. O 6º ano obrigá-lo-á a passar mais tempo em estágios nos hospitais da margem sul, mas ele não se esquece de onde lhe vem esta alegria que o alimenta todos os dias, como combustível de um carro. Ser feliz é, aliás, para ele, a maior causa de todas na vida.
“Mas vamos ao que interessa”, porque eu quis conhecer o Daniel por ser o coordenador geral da Noite da Medicina. E, na vez de saber do evento só depois deste acontecer, falámos antes, ganhando nova perspetiva do que se passa quando só se vê pela primeira vez algo em palco.
Tens um pormenor engraçado, é que se a maior parte dos estudantes que constituem a AEFML começam nos seus primeiros anos letivos e depois vão crescendo hierarquicamente, tu não, entras diretamente para uma coordenação só no teu 5º. Porquê?
Daniel: Talvez tenha mudado as prioridades da minha vida. A natação, na fase do meu secundário era o meu foco, porque estava preocupado em obter resultados. Tenho a noção que nunca fui muito de me envolver na organização de projetos, que é um dos propósitos da Associação. E admito que até fiquei espantado quando recebi um telefonema da Andreia Daniel (ex-Presidente da AEFML) a convidar-me para assumir a coordenação de Desporto e Bem-Estar. Então, aceitei sem hesitar, tinha gosto em estar na organização de algumas atividades, mas também porque sabia que se desenvolvem grandes relações, e com muitas pessoas.
És muito defensor do grupo, com um sentido forte de união, disseram-me. É assim?
Daniel: Sim. Se calhar isso até explica que eu goste muito mais de desportos de grupo do que dos individuais.
Mas a natação não é um desporto individual, até solitário?
Daniel: Bem... é maioritariamente um desporto individual, é apenas a nossa performance que dita os resultados e dita-os de forma muito objetiva. Se eu estou a treinar muito bem e me sinto muito bem, então vou alcançar aquele tempo. E se fiz aquele tempo, então fui bom. Mas também, quando treinamos muito e estamos muito cansados, ou nem conseguimos treinar como queríamos, aí o tempo também reflete o nosso comportamento. Já no desporto coletivo (e também existe equipa em natação), é o balanço entre todos que lhes dita os resultados. O grupo dá-nos uma outra motivação, até nos treinos.
Calculo que apesar dessa noção de empenho versus resultados final, já te tenha acontecido empenhares-te muito e ao veres o resultado final, que é logo exposto para todos, esse resultado não foi bom. O que é que se sente nesse próprio confronto?
Daniel: Acaba por ser uma gestão de expetativas e depende da época em que estamos. Ou seja, ao longo da época desportiva na natação há muitos momentos em que nós vamos a provas menos importantes e sabemos que, não fazer o nosso melhor tempo, não é assim tão mau, pode ser positivo porque nos mostra que não estamos totalmente aptos. São os treinadores que planeiam estrategicamente as nossas épocas, de modo a que estejamos no nosso melhor. No meu caso, coincidia com os campeonatos nacionais; nunca fui extraordinário ao ponto de alcançar metas internacionais.
Nunca foi a questão de perder que te fez desistir da natação?
Daniel: Houve uma fase no secundário em que a minha estagnação em tempos nas provas foi um fator de grande desmotivação na minha vida. Tive uma fase em que estava quase a chegar ao pódio nacional e não consegui… durante um ano, os meus tempos estagnaram por completo. Aí quis mesmo desistir. (olha pela sala como se fizesse uma análise sua) A minha mãe nunca me deixou desmoralizar, dizia sempre que ia melhorar. E o facto de voltar a estar com amigos e de treinarmos juntos fez com que superasse essa desmotivação. Mas os resultados nacionais nunca foram os melhores dos melhores. Agora, claro que há frustração, porque às vezes o resultado não traduz o esforço investido. Ainda assim, posso dizer que na natação o trabalho compensa mesmo.
Será essa então uma forma inteligente de te treinares a ti próprio a lidar com as perdas, derrotas e confrontos que vão surgindo ao longo da vida?
Daniel: Sem dúvida! Mas aquilo em que o desporto me ajudou mais foi na gestão de tempo e não tanto das expetativas. A minha mãe ensinou-me muito bem isto, a priorizar sempre o mais importante. Portanto, não aprendi tanto com as derrotas desportivas, porque coloquei sempre o ensino no primeiro patamar e saber gerir foi a grande aprendizagem. Diria que é a soft skill fundamental para qualquer estudante de Medicina. E quanto mais cedo aprendermos a fazer várias coisas ao mesmo tempo, mais temos a ganhar.
Olha e agora “vamos ao que interessa”, que é precisamente o mote deste ano da Noite de Medicina.
Daniel: "Vamos ao que interessa" é a primeira frase da primeira música que o nosso ano fez.
Escreveste publicamente algo e passo a citar: "Em 2014, um rapaz, de 17 anos entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Pela 1ª vez, em novembro, assistiu ao melhor espetáculo que alguma vez havia sido organizado por um conjunto de sonhadores universitários - a Noite da Medicina. (...) Nessa mesma noite, um amigo desse rapaz olhou para ele e disse: "Um dia vamos ser nós ali". E hoje aqui estás na coordenação.
Daniel: Quando esse meu amigo me disse isso, tocou-me mesmo. Quando nós entramos na Faculdade e somos caloiros apaixonámo-nos por tudo, é tudo novo e é tudo fantástico! Eu adoro a minha Faculdade, não a trocaria por nenhuma deste mundo! Ansiava por chegar ao 6º ano e com a noção que o tempo voava. Sabia que ia ter de estudar muito, mas sabia que um dia seríamos nós ali. Eu sabia que tinha de participar num espetáculo com a dimensão da Noite Medicina. Quando se chega ao 6º ano a maior parte da turma participa neste espetáculo. E agora olho e sinto que está mesmo a chegar o nosso momento.
Mas antes disso há um outro momento em que te propões à coordenação geral. Como é que isso acontece?
Daniel: Em meados de fevereiro, altura em que nos libertamos da época de exames, é quando ocorrem as candidaturas à comissão organizadora da NM. Eu nunca tinha pensado num cargo concreto, só sabia que queria lá estar ativamente. A duas semanas das candidaturas, ao falar com uma amiga, ela desafiou-me a pensar na candidatura à coordenação geral, já que estava habituado a gerir equipas grandes. Fiquei a pensar naquilo. Depois falei com coordenadores gerais e ouvi a experiência deles, e na verdade, até à última estive sem saber bem se me devia propor. O que acontece é que vem a comissão organizadora transata e aí discutimos e votamos a estrutura da nossa própria comissão: quantos departamentos vai ter, quantas pessoas em cada um e que estrutura segue. Mas no momento em que se perguntou quem assumiria a coordenação geral eu levantei-me da cadeira, fui o único a propor-me. Sendo eu o único proposto, tivemos um voto por aclamação.
Estamos em outubro já está praticamente tudo feito?
Daniel: Sim...mais ou menos...
Mas há um fio condutor e esse está estabelecido, ou não?
Daniel: Há sim, mas implica explicar toda a comissão organizadora. Ela tem os seguintes departamentos: a Coordenação Geral (dividida por dois elementos); as Tesoureiras; os departamentos artísticos - Direção Artística (responsável pela escolha do tema e que agrega o grupo de trabalho do guião, faz os castings, os ensaios e a ponte com as empresas que estarão a trabalhar no Campo Pequeno); Dança (o nome diz tudo); a Cenografia (responsável pela construção dos cenários, adereços e figurinos) e a Produção, Imagem e Divulgação (que realiza a imagem de todo o projeto, filmagens, etc.). Depois temos os patrocínios, responsáveis pela angariação de patrocínios logísticos e financeiros e, por fim (mas não “em último lugar”) temos a Logística, que desenvolve iniciativas de angariação de fundos ao longo do ano. Eu nos últimos dias tenho dito que sou o "tapa buracos" porque acabo sempre por tentar acompanhar todos o melhor que consigo. Claro que quem sofre na pele a pressão e tem muito trabalho nesta fase (mais em cima dos espetáculo) são os departamentos artísticos. É duro mas vai compensar!
E os convites aos Professores para participar em alguns momentos, são bem aceites?
Daniel: (Sorri, muitas vezes diz só metade do que pensa) Sim, cabe à CONM ponderar quem deve convidar e incluir. Este ano ainda não sabemos se contamos com a presença dos Professores. (Sorri de novo) Também não vou dizer quem ou se convidámos algum. (Novo sorriso)
O vosso Hit já foi gravado este fim-de-semana passado (quase início de outubro). Correu bem?
Daniel: Sim foi gravado, só temos a filmagem. Agora falta a edição e depois vamos ver o resultado final. Mas estou muito confiante até porque acho que vai ser muito diferente daquilo que as últimas Noites estão habituadas a fazer.
A Noite da Medicina pode ser também o vosso "ajuste de contas" quando chegam ao 6º ano e têm alguns recados para dar? Ou é injusto fazer esta leitura?
Daniel: (Ouve com um ar muito interessado, sério) A Noite da Medicina é um espetáculo Académico quase centenário. A 1ª edição foi feita no Politeama. E é claro que em alguns momentos de opressão se aproveitava para se dizer o que se pensava. Acho que o facto de termos a oportunidade de estar em palco e retratar a vida de um estudante nesta Faculdade, acaba por nos dar essa oportunidade, de podermos dizer aquilo que queremos, mas com algumas aspas. Por isso utilizamos o sarcasmo, a ironia, para fazer uma sátira. E, se essa sátira tem sempre mais foco nos Professores, acho que podemos dizer que eles já estão habituados a isso. Acho que já encaram aquilo de forma positiva e eles próprios se riem.
Preocupa-te o que vai ser feedback pós evento?
Daniel: Claro que me preocupa. Eu quero que corra tudo bem, mas para que isso aconteça tem muito que se lhe diga. Organizar um evento destes nem sempre corre bem, há aliás sempre algo que falha. Nós temos uma pressão muito grande em cima e aqui falo entre os estudantes. Claro que apesar de amigos entre os vários anos, há sempre aquela "rivalidade" de querer fazer ainda melhor. Como já viram o nosso ano noutras participações da Noite da Medicina, agora vêm ter connosco a dizer que estão com as expectativas muito altas. Isso preocupa-me. E a todos os que compõem a comissão. Temos receios, perguntamos "será que os alunos vão gostar? E os Professores, o que vão dizer?".
Outra coisa curiosa é receber o feedback de pessoas afastadas deste meio e que gostam e nos reconhecem valor. Depois temos os nossos caloiros que chegam cá já a falar da Noite da Medicina como uma referência.
Qual é o limite do humor?
Daniel: Eu acho que o limite... Bem quer dizer, há vários tipos de humor. Há, por exemplo, o humor negro e esse parece que ultrapassa sempre alguns limites. É sempre muito difícil perceber o limite para cada pessoa que está naquela arena. Já assistimos na NM a cenários em que há uma crítica muita direta, e esses momentos marcam. No entanto, acho que nunca teve uma repercussão negativa nos alunos a seguir. O limite... O que é que será o limite? Para mim o limite do humor é quando alguém me falta ao respeito, ou me insulta de forma desgovernada. Acho que eu nunca vou saber qual o limite do humor e tenho a certeza que houve Professores que não ficaram muito agradados com aquilo que já ouviram na NM. Se por um lado temos de estar preparados para ouvir humor, por outro há que reforçar que aquilo é um espetáculo de sátira, inclusivamente gozamos connosco próprios.
Deixa-me pegar nessa última parte. Porque também me dizem que onde tu estás há festa e piadas, pões todos a rir à volta. Mas há outro pormenor que eu reparei, é que tu brincas contigo próprio, és bem capaz de publicar uma foto tua e dizer algo como "agora eu na versão mais gorda". É muito importante saber rir de nós próprios?
Daniel: (Vai dando gargalhadas muito espontâneas pela primeira vez) Sim, sim! Eu faço isso claro, claro! Eu sei rir de mim próprio, sim. É curioso que quem me conhece bem agora, diz-me que ao início era desagradável. Ficava espantado quando ouvia isso. Porque sou extrovertido, só que com quem conheço bem. Eu gosto de proporcionar a todos um bom ambiente, ou porque sou só mais parvo, ou simplesmente porque sou divertido e por isso sempre gostei de dizer piadas e imitar os outros. Eu gosto muito de me rir e rio-me de mim próprio. É preferível encarar a vida assim.
Achas que continuas a saber mais do que uma pessoa de 20, 30, 40 anos, como no programa da RTP em que só tinhas 10?
Daniel: Hum...Não sei como posso responder porque depois tenho algum receio da interpretação que é dada. Eu sou exigente comigo. Acho que ter conhecimento, saber mais, ou ser-se culto não se traduz em ser um bom aluno. À medida que vou progredindo no curso e conheço pessoas fantásticas penso que elas têm um nível de conhecimento enorme! E não é por eu ter boas notas que isso me torna mais inteligente do que os outros. Conheço pessoas que sabem imenso de Medicina, mas os exames a seguir nem lhes correram tão bem, sei de outras que sabem de matérias que eu desconheço como, por exemplo, política e onde não tenho poder de argumentação, e elas são como eu nunca serei. Sou alguém que consegue atingir os objetivos a que me proponho, mas não faço disso a única coisa que importa na vida.
Mas lá vais ganhando uns Diplomas de Mérito.
Daniel: Sim pronto e então? Não significa que esses 5 que ganham como os melhores alunos desse ano sejam os que sabem mais. Já estive com colegas que sabiam francamente mais do que eu, mas tirar boas notas não é só ter o conhecimento.
Daniel, esta sala (G. Auditório) nada tem a ver com o Campo Pequeno (onde decorre a Noite da Medicina), mas diante dele e quando se olha para uma plateia cheia, parece que o peito fica sem ar. O que é que vais sentir antes do espetáculo começar e quando cair o pano para se ouvir o aplauso final?
Daniel: Sem dúvida, quase um enfarte! É muito a acontecer ao mesmo tempo e que pode falhar ao início. Depois há reações do público que nós não temos como controlar, é uma ansiedade. Vai-me tirar o ar... Mas o meu desejo para o dia 6 de novembro, é que quando as cortinas se fecharem, nesse momento, estarei aos pulos.
Tens medo de falhar?
Daniel: Claro que tenho. Mas tenho 37 pessoas que estão comigo, para o bem e para o mal. Se correr bem, correrá a todos, se correr mal será também para todos. Estamos todos juntos e isso é reconfortante, mas o meu maior medo é de não corresponder às expectativas. Agora, e vendo o guião e tudo o que já foi gravado, esta será para mim a melhor Noite da Medicina de sempre!
Joana Sousa
Equipa Editorial