Mais e Melhor
O primeiro dia em que chegaram à Faculdade
Mães, pais e algumas avós, juntavam-se em fila junto à porta das matrículas e espreitavam para garantir que tudo na sua prole estava em segurança.
Algumas mães sozinhas tentavam disfarçar as lágrimas de quem está a passar por um corte de cordão umbilical e, apesar de não saberem como lidar com o tema, sabem que têm de deixar os filhos partir. Mais destemidos, esses, e a querer impor alguma independência, iam seguindo os primeiros passos do começo de um sonho que tanto desejaram concretizar, afinal entrar em Medicina ainda é só para alguns e o último entrou com a elevada média de 17.75 valores.
Fomos conhecer algumas das caras que mostram um brilho num olhar que parece querer engolir o que se depara diante delas, e fomos saber com os pais se há o síndrome de ninho vazio quando um filho sai de casa.
Conhecemos todos, os de Medicina, do regime especial e os que entram em regime de licenciados, e fomos espreitar ainda os que inauguram o novo curso de Ciências da Nutrição.
A Ana Catarina é um dos casos que entrou em Medicina. Vem de Vila Real e vai ficar em Setúbal com familiares, fará esse trajeto todos os dias, já conhece bem Lisboa e vê com destreza o uso de todos os transportes, sabe que se quiser ver os pais terá de fazer 5 horas de autocarro, pelo que tem noção que não os poderá visitar todas as semanas. Traz muitas expectativas e diz que adora Biologia e Química, sempre quis contactar com pessoas e sentir que as podia ajudar de alguma forma, “a saúde é um dos aspetos em que os médicos podem melhorar ou alterar por completo a vida de alguém”. Vê-se a exercer uma especialidade que diz estar envolta de alguma utopia, a Oncologia. Depois entendemos a razão da escolha médica e que traz memórias próximas que não se falam. A mãe chama-se Ana Isabel, não tem qualquer pudor em dar a mão à filha, entre lágrimas diz “que é muito difícil deixá-la, vivemos só as duas, apesar de o pai ser muito presente. Os filhos não são nossos e têm de voar e ela lutou tanto por isso que está de parabéns”.
A Ana Filipa vem do sul, do Algarve, filha mais nova de duas irmãs diz a rir que a espera “muito estudo e trabalho, mas vai gostar porque o trabalho compensa”. A escolha desta Faculdade de Medicina não surgiu por acaso, “esta Faculdade está dentro de um Hospital e a opção da Nova era só a seguir porque ficava longe geograficamente”. Ainda não sabe o que perspetiva para o seu futuro profissional e espera decidir só apenas depois de ser apresentada a todas as especialidades médicas. Treme-lhe a voz quando diz que 18 anos a viver com os pais, tem agora de sair de perto deles, “mas se tem de ser, tem de ser e até faz bem”. A mãe Anabela Carrasqueira divide-se na dose de orgulho pela mesma de dificuldade da separação, se a garganta lhe trava algumas palavras, o coração deixa falar mais facilmente, “ isto para uma mãe custa muito, mas se é o que ela quer e se conseguiu tem todo o nosso apoio. Vai custar, mas é o futuro dela que está em causa”. Hélder Carrasqueiro está ligado ao meio universitário e com menos ansiedade encara a mudança como uma parte lógica de um ciclo, mas deixar a sua menina ir pelo próprio pé também custa, “há um momento em que temos de seguir o nosso próprio caminho e esse momento é agora. Nós fizemos a nossa parte, agora é a parte deles”.
Descontraído e sozinho, numa fila que se misturavam entre futuros alunos e familiares, Eddy Martins conhecia já alguns elementos da Faculdade que serão seus futuros colegas de curso. Com entrada pelo regime de licenciados, Eddy foi enfermeiro durante 7 anos em Aveiro e foi a prática profissional que o fez perceber que havia uma distinção entre a realidade médica e a de enfermagem e sentiu que precisava de conhecer e progredir mais. A FMUL era a escolha exata e a que mais batia com a sua realidade, “esta Faculdade premeia o humanismo, a capacidade das pessoas se interrelacionarem e isso foi preponderante para a minha escolha”. Acha que a prática profissional é que dá as verdadeiras respostas àquilo que se estudou nas cadeiras teóricas, mas é esse fundamento teórico que precisa para saber justificar a razão de tomar uma decisão médica em detrimento de outra.
Lamenta “os valores exorbitantes de arrendamento que se praticam na capital” e contando que está por sua conta e risco sabe que terá de fazer uma gestão magistral das suas poupanças dos tempos de enfermeiro, “terei de assumir um estatuto de trabalhador estudante”. A começar “da estaca zero” como nos diz, aceita ainda assim esse desafio como a etapa certa para chegar onde quer.
A Nádia Fernandes é tão comunicativa quanto o pai, entrou em Medicina pelo regime especial que existe com países de língua portuguesa. Vieram há poucos dias de Moçambique, a mãe ficou lá e o pai Jorge Fernandes veio ajudar na primeira grande mudança da sua vida. Com um pai empresário e a mãe analista clínica, é fácil perceber o bom casamento entre a sua sede de mundo e a vontade de tratar os outros. Escolheu sair do país por acreditar que o ensino em Portugal é mais exigente, mas deixar os pais e o país causa-lhe um aperto nas palavras que dizem só que “é difícil”. Com uma tia em Portugal já tem morada fixa em Cascais, mas o colo do pai nos primeiros dias evitou-lhe “o pânico óbvio que ia sentir”. O pai Jorge diz que é importante fomentar o desapego mas “largar o seu passarinho é fazer o paralelo da águia que empurra os filhotes do ninho quando estão prontos para voar”. Um dia Nádia regressará a Moçambique com o sonho de ser Cardiologista porque vem de “um país com poucos médicos da especialidade e com muitas pessoas doentes do coração”, mas para já o pai pede-lhe que se saiba defender, através “de princípios de respeito, honestidade e a auto-estima”.
Há um dia marcado só para os 30 alunos que vão preencher as vagas de Ciências da Nutrição, espreitamos a sala onde se vão juntando para entregar todos os papéis, apenas 3 são rapazes, as restantes 27 são raparigas. Na maior parte deles a escolha era desejada e objetivamente focada numa especialização em Nutrição e com a finalidade de estudarem numa instituição pública, mas a Beatriz Pimpão explicou-nos que a esperança de poder transitar para Medicina ainda não morreu.
"O meu sonho sempre foi a Medicina, mas não consegui devido aos exames. Mas ainda assim e por serem tão poucas vagas é uma felicidade entrar aqui, apenas os melhores entraram e é bom pertencer a este grupo. Mas não nego que estar a ter cadeiras comuns com os alunos de Medicina e estar perto deles dá-me alguma esperança que para o ano ainda possa voltar a tentar”. Apesar de deixar a mãe em Alenquer, terra onde nasceu, a Beatriz terá sempre a asa da mãe por perto já que trabalha em Lisboa e promete estar sempre atenta às suas pisadas. A Beatriz não encara com tristeza este desafio da vida e acha que talvez seja um desafio que a vai ensinar a superar as contrariedades.
O Bernardo Duque é um dos poucos rapazes que encontramos aqui, com um sorriso confiante diz-se bastante feliz pois entrou, exatamente, onde queria. “Quando imaginei juntar prazer ao estudo pensei que era mesmo aqui que tinha de estar”. A ambição e o seu sonho caminham de mãos dadas, se por um lado quer desenvolver as técnicas mais clínicas e ajudar as pessoas, por outro lado tem já a perspetiva de um negócio próprio e a meta de criar um produto pioneiro que possa vir a revolucionar a vida das pessoas, e a sua, claro! Sempre a viver em Portimão, chega agora a Lisboa e diz que nos primeiros dias há uma sensação de “ que se aterra sem para-quedas”, ainda assim tem a namorada e amigos cá e um bom contacto com quem dividirá apartamento.
Era fácil reparar nela enquanto todos aguardavam por ouvir o seu nome, na sala de matrículas. O nome, Victoria Stosberg, fundamentava as sardas e o cabelo ruivo. Com raízes alemãs, achava até há poucos meses que queria ser médica tal como boa parte da sua família materna, no entanto, um estágio em neonatologia feito num hospital da Alemanha trocou-lhe as certezas, “afinal descobri que a vida dos médicos é rotineira e quando soube deste curso achei que era uma notícia caída do céu, porque tem tudo a ver comigo. Eu adoro desporto, nutrição e tudo o que diga respeito à alimentação”. Chegou a equacionar seguir bioquímica, mas foi numa consulta de nutrição, onde se dirigiu por questões de saúde, que percebeu que através da alimentação se podia curar e dar qualidade de vida às pessoas, “não estava nada à espera de ficar tão bem e passei a dar imensa importância aos nutricionistas e então fui ver o que faziam e onde trabalham e cheguei aqui!”. Assumidamente independente escolheu também este curso porque tem alguma pressa que o futuro se vá desenrolando e ser médica demoraria tempo demais, e num breve longo prazo quer ter a sua própria empresa e seguir sempre pelo seu próprio ritmo.
Apesar da incidência maior de alunos ser de Lisboa, ainda assim, muitos vêm de longe e têm de dar o seu melhor, sem tempo para fraquezas.
E se nas estatísticas apresentadas pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES) é evidente que em 2018 houve menos candidatos que no ano passado, ou seja 44.148 para 50.852 vagas disponíveis, facto é que das 7 instituições de Medicina no país nenhuma delas ficou com vagas para a 2.ª fase, lotando logo à 1ª volta todos os lugares. Serão assim 1.441 alunos distribuídos pelas diferentes universidades.
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa é neste momento a que oferece mais oportunidades de entrada, uma vez que regista o maior número de vagas, 295, por contraponto com a do Minho com apenas 120.
Vale a pena referir ainda que no ranking nacional e, novamente, com base em dados fornecidos pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), a Universidade de Lisboa continua a ser a mais escolhida, acolhendo um total de 7214 alunos por todos os cursos.
A todos, mas em especial aos nossos novos alunos, desejamos um extraordinário começo de ano letivo!
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Joana Sousa
Equipa Editorial
Algumas mães sozinhas tentavam disfarçar as lágrimas de quem está a passar por um corte de cordão umbilical e, apesar de não saberem como lidar com o tema, sabem que têm de deixar os filhos partir. Mais destemidos, esses, e a querer impor alguma independência, iam seguindo os primeiros passos do começo de um sonho que tanto desejaram concretizar, afinal entrar em Medicina ainda é só para alguns e o último entrou com a elevada média de 17.75 valores.
Fomos conhecer algumas das caras que mostram um brilho num olhar que parece querer engolir o que se depara diante delas, e fomos saber com os pais se há o síndrome de ninho vazio quando um filho sai de casa.
Conhecemos todos, os de Medicina, do regime especial e os que entram em regime de licenciados, e fomos espreitar ainda os que inauguram o novo curso de Ciências da Nutrição.
A Ana Catarina é um dos casos que entrou em Medicina. Vem de Vila Real e vai ficar em Setúbal com familiares, fará esse trajeto todos os dias, já conhece bem Lisboa e vê com destreza o uso de todos os transportes, sabe que se quiser ver os pais terá de fazer 5 horas de autocarro, pelo que tem noção que não os poderá visitar todas as semanas. Traz muitas expectativas e diz que adora Biologia e Química, sempre quis contactar com pessoas e sentir que as podia ajudar de alguma forma, “a saúde é um dos aspetos em que os médicos podem melhorar ou alterar por completo a vida de alguém”. Vê-se a exercer uma especialidade que diz estar envolta de alguma utopia, a Oncologia. Depois entendemos a razão da escolha médica e que traz memórias próximas que não se falam. A mãe chama-se Ana Isabel, não tem qualquer pudor em dar a mão à filha, entre lágrimas diz “que é muito difícil deixá-la, vivemos só as duas, apesar de o pai ser muito presente. Os filhos não são nossos e têm de voar e ela lutou tanto por isso que está de parabéns”.
A Ana Filipa vem do sul, do Algarve, filha mais nova de duas irmãs diz a rir que a espera “muito estudo e trabalho, mas vai gostar porque o trabalho compensa”. A escolha desta Faculdade de Medicina não surgiu por acaso, “esta Faculdade está dentro de um Hospital e a opção da Nova era só a seguir porque ficava longe geograficamente”. Ainda não sabe o que perspetiva para o seu futuro profissional e espera decidir só apenas depois de ser apresentada a todas as especialidades médicas. Treme-lhe a voz quando diz que 18 anos a viver com os pais, tem agora de sair de perto deles, “mas se tem de ser, tem de ser e até faz bem”. A mãe Anabela Carrasqueira divide-se na dose de orgulho pela mesma de dificuldade da separação, se a garganta lhe trava algumas palavras, o coração deixa falar mais facilmente, “ isto para uma mãe custa muito, mas se é o que ela quer e se conseguiu tem todo o nosso apoio. Vai custar, mas é o futuro dela que está em causa”. Hélder Carrasqueiro está ligado ao meio universitário e com menos ansiedade encara a mudança como uma parte lógica de um ciclo, mas deixar a sua menina ir pelo próprio pé também custa, “há um momento em que temos de seguir o nosso próprio caminho e esse momento é agora. Nós fizemos a nossa parte, agora é a parte deles”.
Descontraído e sozinho, numa fila que se misturavam entre futuros alunos e familiares, Eddy Martins conhecia já alguns elementos da Faculdade que serão seus futuros colegas de curso. Com entrada pelo regime de licenciados, Eddy foi enfermeiro durante 7 anos em Aveiro e foi a prática profissional que o fez perceber que havia uma distinção entre a realidade médica e a de enfermagem e sentiu que precisava de conhecer e progredir mais. A FMUL era a escolha exata e a que mais batia com a sua realidade, “esta Faculdade premeia o humanismo, a capacidade das pessoas se interrelacionarem e isso foi preponderante para a minha escolha”. Acha que a prática profissional é que dá as verdadeiras respostas àquilo que se estudou nas cadeiras teóricas, mas é esse fundamento teórico que precisa para saber justificar a razão de tomar uma decisão médica em detrimento de outra.
Lamenta “os valores exorbitantes de arrendamento que se praticam na capital” e contando que está por sua conta e risco sabe que terá de fazer uma gestão magistral das suas poupanças dos tempos de enfermeiro, “terei de assumir um estatuto de trabalhador estudante”. A começar “da estaca zero” como nos diz, aceita ainda assim esse desafio como a etapa certa para chegar onde quer.
A Nádia Fernandes é tão comunicativa quanto o pai, entrou em Medicina pelo regime especial que existe com países de língua portuguesa. Vieram há poucos dias de Moçambique, a mãe ficou lá e o pai Jorge Fernandes veio ajudar na primeira grande mudança da sua vida. Com um pai empresário e a mãe analista clínica, é fácil perceber o bom casamento entre a sua sede de mundo e a vontade de tratar os outros. Escolheu sair do país por acreditar que o ensino em Portugal é mais exigente, mas deixar os pais e o país causa-lhe um aperto nas palavras que dizem só que “é difícil”. Com uma tia em Portugal já tem morada fixa em Cascais, mas o colo do pai nos primeiros dias evitou-lhe “o pânico óbvio que ia sentir”. O pai Jorge diz que é importante fomentar o desapego mas “largar o seu passarinho é fazer o paralelo da águia que empurra os filhotes do ninho quando estão prontos para voar”. Um dia Nádia regressará a Moçambique com o sonho de ser Cardiologista porque vem de “um país com poucos médicos da especialidade e com muitas pessoas doentes do coração”, mas para já o pai pede-lhe que se saiba defender, através “de princípios de respeito, honestidade e a auto-estima”.
Há um dia marcado só para os 30 alunos que vão preencher as vagas de Ciências da Nutrição, espreitamos a sala onde se vão juntando para entregar todos os papéis, apenas 3 são rapazes, as restantes 27 são raparigas. Na maior parte deles a escolha era desejada e objetivamente focada numa especialização em Nutrição e com a finalidade de estudarem numa instituição pública, mas a Beatriz Pimpão explicou-nos que a esperança de poder transitar para Medicina ainda não morreu.
"O meu sonho sempre foi a Medicina, mas não consegui devido aos exames. Mas ainda assim e por serem tão poucas vagas é uma felicidade entrar aqui, apenas os melhores entraram e é bom pertencer a este grupo. Mas não nego que estar a ter cadeiras comuns com os alunos de Medicina e estar perto deles dá-me alguma esperança que para o ano ainda possa voltar a tentar”. Apesar de deixar a mãe em Alenquer, terra onde nasceu, a Beatriz terá sempre a asa da mãe por perto já que trabalha em Lisboa e promete estar sempre atenta às suas pisadas. A Beatriz não encara com tristeza este desafio da vida e acha que talvez seja um desafio que a vai ensinar a superar as contrariedades.
O Bernardo Duque é um dos poucos rapazes que encontramos aqui, com um sorriso confiante diz-se bastante feliz pois entrou, exatamente, onde queria. “Quando imaginei juntar prazer ao estudo pensei que era mesmo aqui que tinha de estar”. A ambição e o seu sonho caminham de mãos dadas, se por um lado quer desenvolver as técnicas mais clínicas e ajudar as pessoas, por outro lado tem já a perspetiva de um negócio próprio e a meta de criar um produto pioneiro que possa vir a revolucionar a vida das pessoas, e a sua, claro! Sempre a viver em Portimão, chega agora a Lisboa e diz que nos primeiros dias há uma sensação de “ que se aterra sem para-quedas”, ainda assim tem a namorada e amigos cá e um bom contacto com quem dividirá apartamento.
Era fácil reparar nela enquanto todos aguardavam por ouvir o seu nome, na sala de matrículas. O nome, Victoria Stosberg, fundamentava as sardas e o cabelo ruivo. Com raízes alemãs, achava até há poucos meses que queria ser médica tal como boa parte da sua família materna, no entanto, um estágio em neonatologia feito num hospital da Alemanha trocou-lhe as certezas, “afinal descobri que a vida dos médicos é rotineira e quando soube deste curso achei que era uma notícia caída do céu, porque tem tudo a ver comigo. Eu adoro desporto, nutrição e tudo o que diga respeito à alimentação”. Chegou a equacionar seguir bioquímica, mas foi numa consulta de nutrição, onde se dirigiu por questões de saúde, que percebeu que através da alimentação se podia curar e dar qualidade de vida às pessoas, “não estava nada à espera de ficar tão bem e passei a dar imensa importância aos nutricionistas e então fui ver o que faziam e onde trabalham e cheguei aqui!”. Assumidamente independente escolheu também este curso porque tem alguma pressa que o futuro se vá desenrolando e ser médica demoraria tempo demais, e num breve longo prazo quer ter a sua própria empresa e seguir sempre pelo seu próprio ritmo.
Apesar da incidência maior de alunos ser de Lisboa, ainda assim, muitos vêm de longe e têm de dar o seu melhor, sem tempo para fraquezas.
E se nas estatísticas apresentadas pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES) é evidente que em 2018 houve menos candidatos que no ano passado, ou seja 44.148 para 50.852 vagas disponíveis, facto é que das 7 instituições de Medicina no país nenhuma delas ficou com vagas para a 2.ª fase, lotando logo à 1ª volta todos os lugares. Serão assim 1.441 alunos distribuídos pelas diferentes universidades.
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa é neste momento a que oferece mais oportunidades de entrada, uma vez que regista o maior número de vagas, 295, por contraponto com a do Minho com apenas 120.
Vale a pena referir ainda que no ranking nacional e, novamente, com base em dados fornecidos pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), a Universidade de Lisboa continua a ser a mais escolhida, acolhendo um total de 7214 alunos por todos os cursos.
A todos, mas em especial aos nossos novos alunos, desejamos um extraordinário começo de ano letivo!
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Joana Sousa
Equipa Editorial