Protocolos
FMUL e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) reforçam ligação umbilical
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Num mês que marca forte atividade ligada ao ensino, o dia 12 de setembro veio fortalecer ainda mais esse conceito com a assinatura do acordo bilateral de reconhecimento e revalidação dos diplomas de graduação nas áreas da Medicina, entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Assinado pelos Professores Fausto J. Pinto, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Roberto Medronho, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o protocolo surge na sequência de acordos previamente assinados pelos respetivos Reitores. Os propósitos são evidentes para Fausto J. Pinto, ”permite estreitar as relações entre instituições e criar um sistema inovador e completamente novo. Sistema esse que vai começar com 4 estudantes de ambos os lados que irão passar algum tempo nas respetivas universidades e no final o grau ser-lhes-á reconhecido, também, por ambas as partes. Será o início de um caminho muito importante, não só para as instituições, mas para a academia médica em particular”.
Um acordo muito trabalhado, preparado pacientemente nos bastidores, e que começará pela Medicina estendendo-se só depois a outras áreas do saber, fortalecendo ainda mais a ligação entre os dois países. “A ganhar sai a área médica e a investigação, bem como o ensino que ganham maior desenvolvimento. Mas também fica a ganhar outro património, a língua portuguesa”, remata o Diretor da Faculdade de Medicina, Fausto J. Pinto.
Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho salientou os traços que unem estes dois países, “temos ligações umbilicais, a língua é o nosso património, mas os laços têm de ser estreitados. Se estivermos unidos como unidade, seremos mais fortes neste mundo que é tão global”. Orgulhoso da Instituição que representa, recordou que este ano celebra já 210 anos de história, assumindo-se como a primeira Escola de Ensino Superior do Brasil. “Na nossa Faculdade formaram-se grandes nomes da Medicina e que são de reconhecimento internacional, Osvaldo Cruz (1872/1917 médico bacteriologista, epidemiologista e cientista), que hoje dá nome a uma Fundação de pesquisa importantíssima na área da saúde; ou outro nome, Carlos Chagas (1879/1934 biólogo, médico sanitarista, bacteriologista e cientista), que falou de todo o processo da doença até à descoberta da Trypanosoma cruzi, nome que atribuiu em homenagem ao seu amigo Oswaldo Cruz, descobrindo também a tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. Todos estes anos temos tentado contribuir para a saúde da nossa população, essa é a nossa missão fundamental. Antes de tudo temos de ser cidadãos, porque o médico não pode saber só de Medicina, tem de ter outras formações nas áreas humanas, nas artes. Isso quer dizer que queremos pessoas muito bem formadas tecnicamente, sim, mas dar uma forte formação ética, característica dos nossos grandes mestres”.
Lamentando a circunstância atual em que o país se encontra e com a esperança que o futuro mostre que a história dos países é cíclica e dá sempre a volta, Roberto Medronho destacou, uma vez mais, a Faculdade de Medicina do Rio como “a Instituição que mais contribuiu para descobrir os mecanismos fisiopatológicos da infeção congénita do Zika”.
Nesta cerimónia estiveram presentes os Professores Eduardo Pereira (vice-Reitor da ULisboa, em representação do Reitor), Mamede Carvalho (sub-Diretor da FMUL), José Melo Cristino (presidente do Conselho Científico), Joaquim Ferreira (presidente do Conselho Pedagógico), João Forjaz Lacerda (coordenador do Núcleo de Cooperação Internacional), Carmo Fonseca (presidente do Instituto de Medicina Molecular), o Dr. Carlos Martins (presidente do Conselho de Administração do Centro Hospital Lisboa Norte) e a estudante Andreia Daniel (presidente da Associação de Estudantes). Participaram ainda, enquanto representantes da Instituição do Brasil, os Professores Jorge Alberto Costa e Silva, Presidente da Academia Nacional de Medicina do Brasil, e Antônio Ledo, Professor Titular e ex-Vice Reitor da UFRJ, e antecessor do Professor Medronho na direção da Faculdade de Medicina daquela Universidade.
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Joana Sousa
Equipa Editorial