Mais e Melhor
Alunos do 1º e 2ºAno nos Centros de Saúde - A Prática de Saúde na Comunidade – Estágios de Sucesso
Introdução
O contacto precoce do aluno com o exercício da Medicina em ambiente comunitário é da maior importância, não só porque os Cuidados de Saúde Primários são uma parcela especifica do Serviço Nacional de Saúde como é a este nível que muitos alunos vão exercer a sua profissão no futuro.
Os alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) já vinham tendo contacto com os centros de saúde, em particular na área disciplinar da “Introdução à Medicina” (Responsável Professor Doutor J. Gomes Pedro). Contudo, a recente reforma curricular da FMUL criou condições de aprofundamento destes estágios. Passaram a existir dois estágios em centro de saúde. A “Prática de Saúde na Comunidade” (PSC I) no 1º Ano e a “Prática de Saúde na Comunidade” (PSC II) no 2º Ano, ambas com uma escolaridade de 15 dias. Ambos os estágios têm objectivos integrados e complementares, realizam-se no final das avaliações do 1º semestre e no início do 2º semestre do 2º Ano, de modo a que os alunos tenham disponibilidade total. Os tutores são médicos de família a exercer em ambiente de centro de saúde e a metodologia pedagógica é de tipo “ombro a ombro”.
Após no ano lectivo de 2007/2008 ter decorrido no 1º ano a PSC I, com uma avaliação muito positiva, foi possível no actual ano leccionar a PSC I aos alunos do 1º ano e a PSC II aos alunos do 2º ano.
Objectivo geral
Pretende-se que o aluno aprofunde o conhecimento do centro de saúde e da população a que ele recorre, mediante a observação da prática clínica do médico de família e de outros profissionais, e treine a realização de gestos clínicos simples.
Objectivos específicos
No final do estágio o estudante deve ser capaz de:
- valorizar a relação médico-doente e a importância da comunicação verbal e não-verbal na consulta médica;
- realizar gestos clínicos simples característicos da actividade diária do médico de família;
- caracterizar um paciente sob o ponto de vista sócio-demográfico e a sua família quanto à sua estrutura e padrões de repetição, realizando para o efeito um genograma familiar.
Trabalho Escrito
O aluno, no final de ambos os estágios, redige um trabalho de reflexão. No 1º ano respondendo à pergunta – O que é ser médico de família num centro de saúde? - e no 2º ano elabora individualmente um trabalho subordinado ao tema - História de um paciente e a caracterização da sua família.
Avaliação do Ensino
A generalidade dos tutores avalia muito positivamente a experiência pedagógica em si mesma e as qualidades dos alunos em particular.
O Dr. Machado Gomes, do Centro de Saúde (CS) do Bonfim, escreveu “Considero que a aluna foi exemplar em todas as actividades no estágio e que revela capacidade e interesse de nível excelente para o desempenho de qualquer especialidade em Medicina”.
Também os alunos no seu formulário de avaliação são muito congruentes quanto ao desempenho dos tutores e à importância dos estágios.
A aluna Joana Freitas, após ter estagiado no CS do Lavradio, escreveu no seu relatório “Obrigada por me transmitir tantos valores que, espero, um dia me façam tornar uma médica e pessoa melhor”. Outra, do CS de Abrantes, escreveu “estar estes dias pela primeira vez em contacto intenso com a prática da medicina trouxe-me experiencias inesquecíveis para o resto da minha carreira. Durante o último ano vivemos imersos em enormes livros e teorias e torna-se fantástico como esses conhecimentos podem ser aplicados”.
Palavras – Chaves
Se tentarmos sintetizar o conteúdo dos relatórios segundo palavras-chave, elas seriam – relação médico-doente, família, humanização de cuidados, diversidade de doentes e de patologias, linguagem verbal e não verbal, contexto social, o doente e a doença.
Síntese
Uma aposta ganha com uma metodologia pedagógica exigente e inovadora, com muitos intervenientes e uma carga organizativa pesada e de difícil implementação, mas que se justifica pelos resultados obtidos imediatos e pelo previsível impacto a médio prazo.
Luís Rebelo (Regente da Prática de Saúde na Comunidade)
Unidade de Medicina Geral e Familiar (Instituto de Medicina Preventiva)
Endereço electrónico – lrebelo@sapo.pt
O contacto precoce do aluno com o exercício da Medicina em ambiente comunitário é da maior importância, não só porque os Cuidados de Saúde Primários são uma parcela especifica do Serviço Nacional de Saúde como é a este nível que muitos alunos vão exercer a sua profissão no futuro.
Os alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) já vinham tendo contacto com os centros de saúde, em particular na área disciplinar da “Introdução à Medicina” (Responsável Professor Doutor J. Gomes Pedro). Contudo, a recente reforma curricular da FMUL criou condições de aprofundamento destes estágios. Passaram a existir dois estágios em centro de saúde. A “Prática de Saúde na Comunidade” (PSC I) no 1º Ano e a “Prática de Saúde na Comunidade” (PSC II) no 2º Ano, ambas com uma escolaridade de 15 dias. Ambos os estágios têm objectivos integrados e complementares, realizam-se no final das avaliações do 1º semestre e no início do 2º semestre do 2º Ano, de modo a que os alunos tenham disponibilidade total. Os tutores são médicos de família a exercer em ambiente de centro de saúde e a metodologia pedagógica é de tipo “ombro a ombro”.
Após no ano lectivo de 2007/2008 ter decorrido no 1º ano a PSC I, com uma avaliação muito positiva, foi possível no actual ano leccionar a PSC I aos alunos do 1º ano e a PSC II aos alunos do 2º ano.
Objectivo geral
Pretende-se que o aluno aprofunde o conhecimento do centro de saúde e da população a que ele recorre, mediante a observação da prática clínica do médico de família e de outros profissionais, e treine a realização de gestos clínicos simples.
Objectivos específicos
No final do estágio o estudante deve ser capaz de:
- valorizar a relação médico-doente e a importância da comunicação verbal e não-verbal na consulta médica;
- realizar gestos clínicos simples característicos da actividade diária do médico de família;
- caracterizar um paciente sob o ponto de vista sócio-demográfico e a sua família quanto à sua estrutura e padrões de repetição, realizando para o efeito um genograma familiar.
Trabalho Escrito
O aluno, no final de ambos os estágios, redige um trabalho de reflexão. No 1º ano respondendo à pergunta – O que é ser médico de família num centro de saúde? - e no 2º ano elabora individualmente um trabalho subordinado ao tema - História de um paciente e a caracterização da sua família.
Avaliação do Ensino
A generalidade dos tutores avalia muito positivamente a experiência pedagógica em si mesma e as qualidades dos alunos em particular.
O Dr. Machado Gomes, do Centro de Saúde (CS) do Bonfim, escreveu “Considero que a aluna foi exemplar em todas as actividades no estágio e que revela capacidade e interesse de nível excelente para o desempenho de qualquer especialidade em Medicina”.
Também os alunos no seu formulário de avaliação são muito congruentes quanto ao desempenho dos tutores e à importância dos estágios.
A aluna Joana Freitas, após ter estagiado no CS do Lavradio, escreveu no seu relatório “Obrigada por me transmitir tantos valores que, espero, um dia me façam tornar uma médica e pessoa melhor”. Outra, do CS de Abrantes, escreveu “estar estes dias pela primeira vez em contacto intenso com a prática da medicina trouxe-me experiencias inesquecíveis para o resto da minha carreira. Durante o último ano vivemos imersos em enormes livros e teorias e torna-se fantástico como esses conhecimentos podem ser aplicados”.
Palavras – Chaves
Se tentarmos sintetizar o conteúdo dos relatórios segundo palavras-chave, elas seriam – relação médico-doente, família, humanização de cuidados, diversidade de doentes e de patologias, linguagem verbal e não verbal, contexto social, o doente e a doença.
Síntese
Uma aposta ganha com uma metodologia pedagógica exigente e inovadora, com muitos intervenientes e uma carga organizativa pesada e de difícil implementação, mas que se justifica pelos resultados obtidos imediatos e pelo previsível impacto a médio prazo.
Luís Rebelo (Regente da Prática de Saúde na Comunidade)
Unidade de Medicina Geral e Familiar (Instituto de Medicina Preventiva)
Endereço electrónico – lrebelo@sapo.pt