Mais e Melhor
Feira de Natal Solidária
Ainda não são 9h da manhã e no Piso 01, junto à Associação de Estudantes, começam a ser montadas as primeiras mesas que vão compor a Feira de Natal Solidária.
A manhã cinzenta e a prometer chuva não tira o sorriso do rosto das nossas colegas da Faculdade de Ajudar. Não importam os cargos, ou o dia de trabalho que as espera, organizam tudo por um interesse maior que é a Faculdade de Ajudar, uma organização de dez elementos, sem quaisquer fins lucrativos e que promove esta Feira de Natal.
São seis Instituições, todas ligadas à Saúde, que vão passar os dias 23 e 24 de novembro a vender pequenas lembranças, com o intuito de se promoverem e angariarem fundos, pequenas ajudas que podem fazer a diferença para continuar a cuidar de quem precisa.
Quero falar com as pessoas da Faculdade de Ajudar, mas ninguém gosta de ter protagonismo nesta altura. A Ana Tavares, da área dos Pólos Administrativos, depois de muita insistência, fala-me, então, que este ano decidiram antecipar a Feira de Natal, para que as compras não sejam só em Dezembro e isso mobiliza, para quem passa, a comprar algo. A escolha deste lugar não é ao acaso, é o ponto de maior passagem de alunos, professores e colaboradores, mas as Instituições escolhidas também têm um significado especial. Umas são do Hospital, outras porque alguns dos elementos da equipa da Faculdade de Ajudar também lá trabalham como voluntários.
Angelina Carmo é sócia-fundadora, há oito anos, das Amigas do Peito, uma Associação humanitária de apoio às mulheres com cancro da mama. Querem ajudar as mulheres com mais dificuldades económicas, prestando apoio psicológico, bem como com novas terapias alternativas. Por ser uma associação particular, vive apenas de quotas e donativos, não tendo qualquer apoio do Estado. São as campanhas pontuais, como esta, bem como o pagamento mensal de quotas que custa €2, mas também o voluntariado dentro do Hospital de Santa Maria que podem fazer com que “ajudar hoje seja possível para que haja um amanhã”. Todas as informações podem ser obtidas através deste e-mail.
São duas das Educadoras do Departamento Pediatria do Hospital, da Associação das Crianças de Santa Maria. Trabalham para as crianças do internamento e consultas externas. São uma equipa de intervenção multidisciplinar e lúdica que tenta garantir as rotinas das crianças, mesmo quando estão impossibilitadas de ir à escola. Vendem agendas coloridas, trabalhos feitos pelas crianças e pelos pais e tudo isso ajuda a angariar fundos para a compra de novos materiais que garantem o diário funcionamento de tudo. O trabalho das educadoras é todo o ano, na sala de atividades, mas no próprio internamento e não só quando é Natal. Para mais informações e ajudas pode-se sempre contactar estas educadoras.
A Anabela Horta é uma das monitoras da CERCI e está a vender coisas feitas por eles, monitores, e pelos clientes que são portadores de deficiência. Precisam de fundos para rotinas pequenas como ir ao cinema, passeios, almoçar fora, ou algo maior como organizar colónias de férias. Recebem apoio da Segurança Social, mas não chega e por isso trabalham peças criativas e alegres em pasta de papel e preparam doces caseiros com a ajuda da Quinta das Carmelitas, na Luz. Para mais ajudas consultar o site.
O sorriso da Maria Fernandes que trabalha na Ajuda de Mãe é contagiante e faz acreditar que tudo se consegue, se aceitarmos o presente como ele é. A Ajuda de Mãe é uma Instituição criada em 1991, para ajudar as mães em situação de risco de vida dos filhos. Um dos primeiros passos foi a criação de uma linha de apoio gratuita , mas cresceram e alargaram o espectro e hoje o apoio é psicológico, alimentar e social, acompanhando as mães desde a gravidez até ao começo da vida do bebé e ajudando em todas as etapas que precisem a seguir. Trazem bolachas de gengibre e compotas de ginja, que são saudáveis por terem pouco açúcar. O site mostra como se pode ajudar.
A Carla Rei trabalha na Associação Nacional de Famílias para a Integração de Pessoa Deficiente (AFID) há 10 anos e tem uma mesa recheada de presépios em tecido e cortiça e peças feitas pelo tear. Os clientes da associação e que são portadores de deficiência, são os responsáveis por estes trabalhos. Pretendem angariar fundos para todo o ano, para continuarem a garantir a ponte entre os seus clientes e entidades empregadoras em concreto, como é o caso do IKEA, ou alguns canis. Estão permanentemente atentos à integração no mundo do trabalho, mas para os que não trabalham no exterior, há salas para desenvolvimento de projetos concretos. Cabem todos, os mais jovens e a mais velha que tem 71 anos. Aos mais jovens estão atentos à integração na sociedade e aos mais seniores, ao seu bem estar e relaxamento. O site conta tudo sobre como participar.
É da Direção da Associação Pais em Rede e chama-se Edite Vasconcelos. O projeto é para crianças e jovens com deficiência de diferentes patologias, algumas como autismo, hiperatividade, mas também para outras muito raras. Têm uma coleção de livros - “Meninos Especiais” - com histórias reais onde o escritor, ilustrador e a editora, pro-bono, têm contacto com a criança, conhecendo o seu meio ambiente. Promove-se, assim, a inclusão social e na comunidade já que todas as escolas do país compram estes livros para trabalhar com os seus alunos. Já escreveram: José Luis Peixoto, Alice Vieira, Isabel Stilwell e Ana Zanatti e outros tantos mais.A Pais em Rede tem vários projetos espalhados nacionalmente, todos apoiados pelo instituto De Marketing Research (IMR) e várias câmaras municipais. Os livros vendem-se diretamente por este email.
A Faculdade de Ajudar promove este, como outros tantos eventos solidários. A próxima ação solidária será no Pingo Doce, das Galhardas, com o Banco Alimentar, nos dias 1 e 2 de Dezembro. Têm também a Re-food e em tudo participam funcionários e alunos, alunos esses que a Ana Tavares fez questão de reforçar “que estão sempre prontos a ajudar”.