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Isabel de Santiago é coautora de plano de comunicação para prevenir contágio do Ébola em África

Esteve este mês na Guiné-Bissau, em reuniões com as autoridades de Saúde do país, para pôr ali em marcha a campanha, a partir do início de fevereiro. Seguir-se-ão São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
“É a primeira vez que Portugal faz uma acção de prevenção em saúde numa situação de crise com uma epidemia em curso”, afirmou, em entrevista ao Diário de Notícias, a Dra. Isabel de Santiago, que conta com o apoio do Ministério da Saúde de Portugal e da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa para esta missão.
“Espero que este possa ser um exemplo para o futuro, para evitar riscos e prevenir doenças, diminuindo assim o seu impacto humano e económico”, sublinhou.
A Organização Mundical de Saúde (OMS) planeia iniciar um ensaio de vacinação nos três países mais afectados pelo Ébola: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, onde já morreram mais de 8 200 pessoas.
Torna-se urgente informar as populações em países em risco pela proximidade, nomeadamente a Guiné-Bissau, “um trabalho fundamental que está por fazer, onde há grande risco dada a vizinhança com a Guiné-Conacri e onde a população não tem informação sobre o ébola ou os factores que potenciam o contágio”, segundo o Professor Francisco Antunes, responsável da Unidade de Doenças Infecciosas e Saúde Ambiental do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
O projecto intitula-se Plano de Comunicação em Saúde: evitar o contágio por vírus Ébola nos PALOP em que o principal objectivo é o contacto directo com as populações, dando-lhes toda a informação necessária sobre a origem da doença, o processo de contágio e a forma de o evitar.
Fonte: Diário de Notícias
