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Lançamento da Campanha de sensibilização contra a violência doméstica
Lançamento da Campanha de sensibilização contra a violência doméstica
“Dê um Murro na Mesa”
Dia 23 de Novembro 2012
Aula Magna da FMUL
«Em vossa defesa, dê um murro na mesa» é o mote desta campanha contra a violência doméstica.
A campanha, da responsabilidade da Comissão para a Igualdade de Género (CIG), foi apresentada no passado dia 23 de Novembro, na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Estiveram presentes o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Dr. Marco António Costa, e o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa.
A Dra. Teresa Morais, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, defendeu que o objetivo da atual campanha é chamar a atenção das mulheres para os efeitos negativos nas crianças que assistem a atos de violência sobre as mães e encorajá-las a tomarem a decisão de «se libertarem das relações violentas» em que vivem. O foco está nas crianças, já que os dados referentes a 2011 apontam que 42% dos casos de violência foram presenciados por menores.
A secretária de Estado sublinhou que há mulheres que se mantêm em relações violentas porque estão convencidas de que é melhor para os filhos que a família exista tal como está, quando, na verdade, «as crianças sofrem com a violência exercida sobre as mães» e «ficam com marcas para o resto da vida».
«Essas marcas nalguns casos são imediatas e evidentes, como o insucesso escolar, os pesadelos, a agressividade, mas há outras marcas que persistem para o resto da vida, e há também em algumas crianças uma aprendizagem do comportamento violento que mais tarde acabam por replicar sobre as pessoas com quem estão e com quem vivem», sublinhou Teresa Morais.
«É muito importante que as mulheres percebam que não faz bem aos filhos permanecerem numa relação violenta e que eles [filhos] são uma razão acrescida a ter em conta na atitude de libertação em relação às situações de violência», acrescentou.
Na apresentação da campanha, o ministro Miguel Relvas defendeu que «no primeiro semestre de 2012, segundo dados do Observatório de Mulheres Assassinadas, terão sido assassinadas 20 mulheres. À data de hoje, infelizmente, terão sido mais de 30. Nem que estivéssemos reduzidos à unidade, o combate jamais poderia esmorecer».
A campanha vai ser divulgada nos jornais, revistas, televisões e rádios e nas redes sociais, através de uma página no Facebook.
Equipa Editorial
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