Notícias FMUL
Novo Sub-Director da FMUL, Prof. Doutor Miguel Castanho - Entrevista
Optimismo no reforço das capacidades da FMUL
Em entrevista, o Prof. Dr. Miguel Castanho, sub-director da FMUL desde Setembro de 2011, conta as suas ideias e visão de futuro para a FMUL face aos desafios em múltiplas frentes: o Edifício Egas Moniz, o edifício do Instituto Câmara Pestana (em construção), a consolidação da investigação e do ensino integrado.
Newsletter: Como encara a sua missão como sub-director recentemente nomeado?
Prof. M. Castanho: Ocupar um cargo numa equipa directiva é uma considerável sobrecarga de trabalho e responsabilidade, mas é também a oportunidade que cada um de nós tem de contribuir efectivamente para o progresso das instituições no sentido que consideramos mais positivo. Não se pode ser activo, responsável e criativo se não aceitarmos estas responsabilidades, que são, simultaneamente, oportunidades de trabalhar activamente o futuro.
Newsletter: E em que sentido pretende trabalhar?
Prof. M. Castanho: Tenciono trabalhar activamente com o director da FMUL no sentido de aprofundar o ensino integrado, porque esta é a diferença entre estar no pelotão da modernidade ou agarrado a um sistema de ensino ultrapassado. Um modesto exercício de benchmarking mostra que as melhores escolas médicas no mundo fizeram este percurso há algum tempo. A FMUL pode dizer com orgulho que foi a primeira escola médica em Portugal a fazer uma mudança curricular no sentido da integração.
Existem estudos publicados em revistas de educação médica que mostram períodos de adaptação de cerca de 5 anos nas transições curriculares deste tipo. É o que está a acontecer na FMUL: passaram 5 anos de consolidação da reforma curricular, com excelentes indicadores e devemos continuar esta tarefa. Sou membro do Education Committee da Federation of European Biochemical Societies e acompanho o que se passa em muitas outras universidades por causa da adaptação dos curricula da Bioquímica ao ensino integrado.
A ligação da investigação ao ensino e o esbater da dicotomia pré-clínica vs clínica faz parte também das minhas preocupações. O ensino deve beneficiar do ambiente científico vivido na FMUL, tal como a investigação beneficia de toda a estrutura de ensino e apoio ao ensino. Uma aposta na coesão de ambos é imperioso.
Newsletter: A aposta nessa coesão passa por quê?
Prof. M. Castanho: Assegurar uma sustentabilidade das actividades de investigação e ensino simultaneamente e equilibradamente no contexto dos recursos humanos, financeiros e materiais disponíveis; favorecer tudo o que tenda a interpenetrar investigação e ensino e desfavorecer dicotomias entre ambas! Neste sentido, apoiar a investigação clínica é fundamental. É importante para um curso de medicina moderno acolher a inovação e a investigação como parte integrante.
O novo edifício Câmara Pestana é um exemplo de boa aposta: sem custos de construção para a FMUL (obra paga com verbas PIDDAC da responsabilidade da UL), permitirá novas e melhores áreas de ensino, assim como novas áreas de investigação que reforçarão a FMUL como instituição liderante em inovação médica, quer em ensino, quer em investigação.
Também é fundamental assegurar um bom relacionamento institucional com o HSM – CHLN, no contexto do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML) porque Medicina Clínica de excelência é essencial ao Ensino e é também expressão de modernidade e da capacidade de incorporação da investigação e inovação terapêutica. Estas são as grandes apostas da Direcção com as quais estou identificado e em que é fundamental avançar e por isso o reforço do Centro Académico é uma prioridade.
A um outro nível, por exemplo, destaco o apoio da FMUL aos estágios de iniciação pedagógica e investigação científica e, especialmente, o GAPIC, que é um exemplo de iniciativa que coloca a FMUL como uma das faculdades mais inovadoras no domínio da fusão ensino/investigação a nível internacional. Isto ficou evidente num encontro internacional realizado em 2010 na Suécia em que este tema foi debatido e a experiência do GAPIC foi apresentada. Quem quiser pode consultar a publicação “The teaching, learning and researching triangle in Academia” que co-editei recentemente e que inclui várias iniciativas de sucesso em vários países, incluindo o nosso GAPIC.
Newsletter: Falando no novo edifício Câmara Pestana, pode dar-nos uma previsão da sua conclusão e funcionalidade?
Prof. M. Castanho: O objectivo é toda a parte da estrutura do edifício estar pronta no final de 2012. A partir daí terá de ser a FMUL a suportar os custos com o recheio do edifício. As verbas de construção não oneram a FMUL mas dizem respeito estritamente ao imóvel em si. Quer isto dizer que a FMUL equipará o novo edifício tão rápidamente quanto possível, mas de acordo com as possibilidades. Os espaços pedagógicos e administrativos terão um custo menor e portanto uma solução, em princípio, mais rápida. Os espaços de investigação serão instalados diferencialmente e na medida em que for possível captar fundos. Sejamos optimistas e confiantes no que teremos capacidade de alcançar colectivamente enquanto FMUL.
Em entrevista, o Prof. Dr. Miguel Castanho, sub-director da FMUL desde Setembro de 2011, conta as suas ideias e visão de futuro para a FMUL face aos desafios em múltiplas frentes: o Edifício Egas Moniz, o edifício do Instituto Câmara Pestana (em construção), a consolidação da investigação e do ensino integrado.
Newsletter: Como encara a sua missão como sub-director recentemente nomeado?
Prof. M. Castanho: Ocupar um cargo numa equipa directiva é uma considerável sobrecarga de trabalho e responsabilidade, mas é também a oportunidade que cada um de nós tem de contribuir efectivamente para o progresso das instituições no sentido que consideramos mais positivo. Não se pode ser activo, responsável e criativo se não aceitarmos estas responsabilidades, que são, simultaneamente, oportunidades de trabalhar activamente o futuro.
Newsletter: E em que sentido pretende trabalhar?
Prof. M. Castanho: Tenciono trabalhar activamente com o director da FMUL no sentido de aprofundar o ensino integrado, porque esta é a diferença entre estar no pelotão da modernidade ou agarrado a um sistema de ensino ultrapassado. Um modesto exercício de benchmarking mostra que as melhores escolas médicas no mundo fizeram este percurso há algum tempo. A FMUL pode dizer com orgulho que foi a primeira escola médica em Portugal a fazer uma mudança curricular no sentido da integração.
Existem estudos publicados em revistas de educação médica que mostram períodos de adaptação de cerca de 5 anos nas transições curriculares deste tipo. É o que está a acontecer na FMUL: passaram 5 anos de consolidação da reforma curricular, com excelentes indicadores e devemos continuar esta tarefa. Sou membro do Education Committee da Federation of European Biochemical Societies e acompanho o que se passa em muitas outras universidades por causa da adaptação dos curricula da Bioquímica ao ensino integrado.
A ligação da investigação ao ensino e o esbater da dicotomia pré-clínica vs clínica faz parte também das minhas preocupações. O ensino deve beneficiar do ambiente científico vivido na FMUL, tal como a investigação beneficia de toda a estrutura de ensino e apoio ao ensino. Uma aposta na coesão de ambos é imperioso.
Newsletter: A aposta nessa coesão passa por quê?
Prof. M. Castanho: Assegurar uma sustentabilidade das actividades de investigação e ensino simultaneamente e equilibradamente no contexto dos recursos humanos, financeiros e materiais disponíveis; favorecer tudo o que tenda a interpenetrar investigação e ensino e desfavorecer dicotomias entre ambas! Neste sentido, apoiar a investigação clínica é fundamental. É importante para um curso de medicina moderno acolher a inovação e a investigação como parte integrante.
O novo edifício Câmara Pestana é um exemplo de boa aposta: sem custos de construção para a FMUL (obra paga com verbas PIDDAC da responsabilidade da UL), permitirá novas e melhores áreas de ensino, assim como novas áreas de investigação que reforçarão a FMUL como instituição liderante em inovação médica, quer em ensino, quer em investigação.
Também é fundamental assegurar um bom relacionamento institucional com o HSM – CHLN, no contexto do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML) porque Medicina Clínica de excelência é essencial ao Ensino e é também expressão de modernidade e da capacidade de incorporação da investigação e inovação terapêutica. Estas são as grandes apostas da Direcção com as quais estou identificado e em que é fundamental avançar e por isso o reforço do Centro Académico é uma prioridade.
A um outro nível, por exemplo, destaco o apoio da FMUL aos estágios de iniciação pedagógica e investigação científica e, especialmente, o GAPIC, que é um exemplo de iniciativa que coloca a FMUL como uma das faculdades mais inovadoras no domínio da fusão ensino/investigação a nível internacional. Isto ficou evidente num encontro internacional realizado em 2010 na Suécia em que este tema foi debatido e a experiência do GAPIC foi apresentada. Quem quiser pode consultar a publicação “The teaching, learning and researching triangle in Academia” que co-editei recentemente e que inclui várias iniciativas de sucesso em vários países, incluindo o nosso GAPIC.
Newsletter: Falando no novo edifício Câmara Pestana, pode dar-nos uma previsão da sua conclusão e funcionalidade?
Prof. M. Castanho: O objectivo é toda a parte da estrutura do edifício estar pronta no final de 2012. A partir daí terá de ser a FMUL a suportar os custos com o recheio do edifício. As verbas de construção não oneram a FMUL mas dizem respeito estritamente ao imóvel em si. Quer isto dizer que a FMUL equipará o novo edifício tão rápidamente quanto possível, mas de acordo com as possibilidades. Os espaços pedagógicos e administrativos terão um custo menor e portanto uma solução, em princípio, mais rápida. Os espaços de investigação serão instalados diferencialmente e na medida em que for possível captar fundos. Sejamos optimistas e confiantes no que teremos capacidade de alcançar colectivamente enquanto FMUL.