Espaço Ciência
A Intervenção de Enfermagem na Consulta de Geriatria do HPV-CHLN
A Intervenção de Enfermagem na Consulta de Geriatria do HPV-CHLN: um Desafio, uma Realidade
O compromisso profissional da enfermagem com a população idosa na actualidade, é produto de várias gerações de enfermeiros, que desde sempre prestaram cuidados junto dos indivíduos e suas famílias. Desta forma, a enfermagem gerontológica é uma área de intervenção que se especializa nos cuidados ao utente idoso e sua família, fazendo-se representar por um grupo profissional habilitado ao nível das suas competências e saberes, para desenvolverem um conjunto de intervenções efectivas e de impacto na prestação de cuidados.
Trabalhar com a população idosa, exige dos profissionais, uma complexidade de características próprias e singulares, pelo que a sua abordagem deverá ser feita de uma forma holística e integrada numa equipa multidisciplinar. Segundo Berger (1995:14) “a filosofia de intervenção que suporta todas estas funções é o respeito pelo idoso em toda a sua unicidade, na totalidade do seu ser”. Da mesma forma, Hesbeen (2001:42) refere que “cuidar da pessoa, constitui um todo coerente e indivisível no qual todos os componentes se interligam, se inter-relacionam e no qual o que é importante e o que é secundário depende da percepção da própria pessoa que é cuidada e em função do sentido que este todo faz para a singularidade da sua vida”.
Na actualidade, cuidar do idoso deverá assentar nos princípios da individualidade e respeito pelo ser humano enquanto indivíduo único, considerando a sua opinião e desejos na escolha dos seus comportamentos e modo de viver.
As grandes alterações demográficas, verificadas de uma forma mais acentuada nos últimos 50 anos, que se traduziram na modificação e até, na inversão das pirâmides demográficas, refletem o envelhecimento da população. Este facto, associado ao aumento da esperança média de vida e a uma diminuição significativa na taxa de nascimentos, e conjuntamente com as alterações que se têm vindo a verificar na estrutura e comportamentos sociais e familiares, conduzem à emergência de novas necessidades em saúde, colocando enormes desafios aos sistemas de saúde, à sociedade em geral e aos grupos profissionais na área da saúde.
Neste sentido, na busca de respostas às necessidades da população idosa e no âmbito do Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (DGS, 2004), em Março de 2011, foi criada a consulta de Geriatria, no Hospital Pulido Valente – Centro Hospitalar Lisboa Norte. Esta consulta é pioneira em Portugal, uma vez que é organizada segundo o modelo internacional da assistência ao idoso em ambulatório, com o recurso à Avaliação Geriátrica Global (AGG), dispondo também da vertente de assistência domiciliária.
A Consulta de Geriatria funciona semanalmente, às quintas-feiras, sob a coordenação do Prof. Doutor Gorjão Clara, integrando uma equipa multidisciplinar que compreende médicos, enfermeiras, assistente social, farmacêutica, psicólogos, fisioterapeutas e fisiatras e nutricionistas / dietistas. As visitas domiciliárias decorrem às quartas-feiras, tendo como principais intervenientes as enfermeiras e assistente social. Esta intervenção multidisciplinar em geriatria permite incorporar os resultados de todas estas especialidades, possibilitando a criação de uma abordagem global ao idoso e sua família, através da integração das várias áreas do saber.
É importante referir que o atendimento específico em Geriatria, não existe apenas devido ao número crescente de pessoas idosas, mas sim, pelo facto das doenças nos idosos possuírem particularidades e características condicionadas pelo envelhecimento, que impõem uma abordagem especializada.

Intervenções de Enfermagem na Consulta de Geriatria
A prestação de cuidados de enfermagem, atendendo às especificidades da sua população-alvo, tem como finalidade contribuir para a capacitação dos utentes e famílias/cuidadores na protecção da sua saúde perante eventuais mudanças físicas, mentais e psicológicas, por forma que se mantenham independentes e activos durante o máximo tempo possível. Para tal, foram definidos como objectivos da Consulta de Geriatria: contribuir para a qualidade de vida dos idosos; aumentar a eficácia diagnóstica; melhorar a avaliação do estado mental e funcional dos idosos; reduzir a mortalidade e co-morbilidade; reduzir o recurso ao internamento em lares e urgências hospitalares.
Assim, dentro da metodologia da AGG, está a cargo da equipa de enfermagem a execução da Avaliação da Capacidade Funcional, a Avaliação da Função Emocional, a Avaliação da Função Cognitiva e a Avaliação do Estado e Risco Nutricional. A AGG, recorre a diversos instrumentos de avaliação específicos nas diferentes áreas a serem avaliadas, tendo a sua aplicação uma duração aproximada de 30 a 40 minutos (Mini Exame do Estado Mental de Folstein, Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage de 15 itens, Mini Exame do Estado Nutricional, Índice de Katz, Escala de Lawton). Através desta avaliação efectuada pela equipa de enfermagem, são identificados os utentes que deverão ser posteriormente encaminhados para os especialistas (Psicólogos e Nutricionistas / Dietistas).
Após este processo de avaliação, é estabelecido o Plano de Cuidados de Enfermagem, determinado de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa idosa e sua família, envolvendo a prevenção, recuperação e reabilitação do mesmo, contribuindo para a promoção de uma maior autonomia e independência. Como áreas específicas de intervenção ao nível das necessidades educacionais mais frequentes, dá-se como exemplo: a prevenção de acidentes, gestão do regime terapêutico, identificação e controlo de sintomas, auto-controlo e auto vigilância da sua saúde, hábitos de vida saudáveis, conhecimento do seu processo de saúde/doença entre outros.
A visita domiciliária que se realiza no âmbito da consulta de geriatria, e que possui critérios de referenciação muito específicos, representa mais uma conduta de intervenção na prestação de cuidados. Algumas das vantagens perante este tipo de visita, centram-se na capacidade de individualizar as intervenções planeadas, de acordo com a realidade específica de cada idoso e sua família, proporcionando um ambiente mais acolhedor, e revestido de menor tensão para o esclarecimento de dúvidas, preocupações ou necessidades. Durante a visita, cabe igualmente ao enfermeiro, a identificação de necessidades que tenham que levar ao encaminhamento para os restantes elementos da equipa multidisciplinar.
Desta forma, o cuidado de enfermagem ao idoso e sua família no âmbito da consulta de geriatria tem como principais objectivos: proteger e promover a saúde; prevenir as complicações inerentes ao processo de envelhecimento e eventuais patologias associadas; responder às necessidades de saúde identificadas, percepcionadas e expressas pelo idoso e sua família; facilitar a manutenção da identidade e da autonomia da pessoa; prevenir a desinserção social; prevenir a deterioração da personalidade; reduzir a inactividade intelectual, física e social; dar ao idoso a possibilidade de se responsabilizar por si próprio na medida das suas possibilidades; ajudar o idoso a desenvolver novas capacidades; estimular o idoso a participar nas actividades do seu meio; contribuir para a criação de um meio facilitador da sua participação na vida da sua comunidade; colaborar com os prestadores de cuidados formais e informais ao idoso no esclarecimento de dúvidas e adequação dos cuidados prestados; contribuir para o desenvolvimento da investigação em cuidados de enfermagem com a finalidade de promover o desenvolvimento de programas nesta área.
Notas Finais
Os cuidados de enfermagem à pessoa idosa e sua família, encontram-se diretamente interligados às suas necessidades educacionais de saúde. Enquanto elemento integrante da equipa multidisciplinar, o enfermeiro desenvolve as suas intervenções autónomas de forma a maximizar as condições de saúde, minimizando as perdas e limitações, facilitando desta forma, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e delineamento das intervenções.
Tratando-se de uma experiência que está ainda a dar os seus primeiros passos, a mesma é impulsionada pelo entusiasmo e dedicação de toda a equipa multidisciplinar interveniente, mas também e sobretudo, pelo feedback extremamente positivo dos idosos/ famílias que têm sido alvo dos nossos cuidados.
Olhando a outras experiências internacionais de sucesso, que adoptam metodologias de intervenção semelhantes junto da população idosa, constitui expectativa de toda a equipa que esta iniciativa, hoje pioneira, amanhã venha a ser replicada noutros contextos e instituições de saúde. A aposta na capacitação dos idosos deverá ser encarada como uma estratégia de saúde prioritária, visando a manutenção da sua autonomia e independência, através da valorização das suas competências e o consequente aumento da sua qualidade de vida e da sua saúde.
BIBLIOGRAFIA
BERGER, L.; MAILLOUX-POIRIER, D. – Pessoas idosas: uma abordagem global. Lisboa: Lusodidacta, 1995. ISBN: 972-95399-8-7.
COSTA, M. – Cuidar idosos: formação, práticas e competências dos enfermeiros. Coimbra: Formasau, 2002. ISBN 972-8485-24-7.
GOMES, I. – O Doente idoso como parceiro no processo de cuidados de enfermagem. Enfermagem. Lisboa. ISSN 0871-0775. Nº 35/36 (2004), p. 23-31.
HESBEEN, W. – Qualidade em enfermagem: pensamento e acção na perspectiva do cuidar. Loures: Lusociência, 2001. ISBN 972-8383-20-7.
PORTUGAL. Direcção Geral de Saúde - Plano Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas 2004-2010. [on-line] [citado em 19/11)2011]. Disponível aqui
PORTUGAL. Ordem dos Enfermeiros – Cuidados de proximidade: os enfermeiros como recursos de saúde dos cidadãos [on-line]. [citado em 2008/08/25]. Disponível aqui
Sílvia Matias
Candida Romão
Serviço de Consultas Externas –
Hospital Pulido Valente / Centro Hospitalar Lisboa Norte
silviamatias27@gmail.com
Trabalhar com a população idosa, exige dos profissionais, uma complexidade de características próprias e singulares, pelo que a sua abordagem deverá ser feita de uma forma holística e integrada numa equipa multidisciplinar. Segundo Berger (1995:14) “a filosofia de intervenção que suporta todas estas funções é o respeito pelo idoso em toda a sua unicidade, na totalidade do seu ser”. Da mesma forma, Hesbeen (2001:42) refere que “cuidar da pessoa, constitui um todo coerente e indivisível no qual todos os componentes se interligam, se inter-relacionam e no qual o que é importante e o que é secundário depende da percepção da própria pessoa que é cuidada e em função do sentido que este todo faz para a singularidade da sua vida”.
Na actualidade, cuidar do idoso deverá assentar nos princípios da individualidade e respeito pelo ser humano enquanto indivíduo único, considerando a sua opinião e desejos na escolha dos seus comportamentos e modo de viver.
As grandes alterações demográficas, verificadas de uma forma mais acentuada nos últimos 50 anos, que se traduziram na modificação e até, na inversão das pirâmides demográficas, refletem o envelhecimento da população. Este facto, associado ao aumento da esperança média de vida e a uma diminuição significativa na taxa de nascimentos, e conjuntamente com as alterações que se têm vindo a verificar na estrutura e comportamentos sociais e familiares, conduzem à emergência de novas necessidades em saúde, colocando enormes desafios aos sistemas de saúde, à sociedade em geral e aos grupos profissionais na área da saúde.
Neste sentido, na busca de respostas às necessidades da população idosa e no âmbito do Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (DGS, 2004), em Março de 2011, foi criada a consulta de Geriatria, no Hospital Pulido Valente – Centro Hospitalar Lisboa Norte. Esta consulta é pioneira em Portugal, uma vez que é organizada segundo o modelo internacional da assistência ao idoso em ambulatório, com o recurso à Avaliação Geriátrica Global (AGG), dispondo também da vertente de assistência domiciliária.
A Consulta de Geriatria funciona semanalmente, às quintas-feiras, sob a coordenação do Prof. Doutor Gorjão Clara, integrando uma equipa multidisciplinar que compreende médicos, enfermeiras, assistente social, farmacêutica, psicólogos, fisioterapeutas e fisiatras e nutricionistas / dietistas. As visitas domiciliárias decorrem às quartas-feiras, tendo como principais intervenientes as enfermeiras e assistente social. Esta intervenção multidisciplinar em geriatria permite incorporar os resultados de todas estas especialidades, possibilitando a criação de uma abordagem global ao idoso e sua família, através da integração das várias áreas do saber.
É importante referir que o atendimento específico em Geriatria, não existe apenas devido ao número crescente de pessoas idosas, mas sim, pelo facto das doenças nos idosos possuírem particularidades e características condicionadas pelo envelhecimento, que impõem uma abordagem especializada.


Intervenções de Enfermagem na Consulta de Geriatria
A prestação de cuidados de enfermagem, atendendo às especificidades da sua população-alvo, tem como finalidade contribuir para a capacitação dos utentes e famílias/cuidadores na protecção da sua saúde perante eventuais mudanças físicas, mentais e psicológicas, por forma que se mantenham independentes e activos durante o máximo tempo possível. Para tal, foram definidos como objectivos da Consulta de Geriatria: contribuir para a qualidade de vida dos idosos; aumentar a eficácia diagnóstica; melhorar a avaliação do estado mental e funcional dos idosos; reduzir a mortalidade e co-morbilidade; reduzir o recurso ao internamento em lares e urgências hospitalares.
Assim, dentro da metodologia da AGG, está a cargo da equipa de enfermagem a execução da Avaliação da Capacidade Funcional, a Avaliação da Função Emocional, a Avaliação da Função Cognitiva e a Avaliação do Estado e Risco Nutricional. A AGG, recorre a diversos instrumentos de avaliação específicos nas diferentes áreas a serem avaliadas, tendo a sua aplicação uma duração aproximada de 30 a 40 minutos (Mini Exame do Estado Mental de Folstein, Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage de 15 itens, Mini Exame do Estado Nutricional, Índice de Katz, Escala de Lawton). Através desta avaliação efectuada pela equipa de enfermagem, são identificados os utentes que deverão ser posteriormente encaminhados para os especialistas (Psicólogos e Nutricionistas / Dietistas).
Após este processo de avaliação, é estabelecido o Plano de Cuidados de Enfermagem, determinado de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa idosa e sua família, envolvendo a prevenção, recuperação e reabilitação do mesmo, contribuindo para a promoção de uma maior autonomia e independência. Como áreas específicas de intervenção ao nível das necessidades educacionais mais frequentes, dá-se como exemplo: a prevenção de acidentes, gestão do regime terapêutico, identificação e controlo de sintomas, auto-controlo e auto vigilância da sua saúde, hábitos de vida saudáveis, conhecimento do seu processo de saúde/doença entre outros.
A visita domiciliária que se realiza no âmbito da consulta de geriatria, e que possui critérios de referenciação muito específicos, representa mais uma conduta de intervenção na prestação de cuidados. Algumas das vantagens perante este tipo de visita, centram-se na capacidade de individualizar as intervenções planeadas, de acordo com a realidade específica de cada idoso e sua família, proporcionando um ambiente mais acolhedor, e revestido de menor tensão para o esclarecimento de dúvidas, preocupações ou necessidades. Durante a visita, cabe igualmente ao enfermeiro, a identificação de necessidades que tenham que levar ao encaminhamento para os restantes elementos da equipa multidisciplinar.
Desta forma, o cuidado de enfermagem ao idoso e sua família no âmbito da consulta de geriatria tem como principais objectivos: proteger e promover a saúde; prevenir as complicações inerentes ao processo de envelhecimento e eventuais patologias associadas; responder às necessidades de saúde identificadas, percepcionadas e expressas pelo idoso e sua família; facilitar a manutenção da identidade e da autonomia da pessoa; prevenir a desinserção social; prevenir a deterioração da personalidade; reduzir a inactividade intelectual, física e social; dar ao idoso a possibilidade de se responsabilizar por si próprio na medida das suas possibilidades; ajudar o idoso a desenvolver novas capacidades; estimular o idoso a participar nas actividades do seu meio; contribuir para a criação de um meio facilitador da sua participação na vida da sua comunidade; colaborar com os prestadores de cuidados formais e informais ao idoso no esclarecimento de dúvidas e adequação dos cuidados prestados; contribuir para o desenvolvimento da investigação em cuidados de enfermagem com a finalidade de promover o desenvolvimento de programas nesta área.
Notas Finais
Os cuidados de enfermagem à pessoa idosa e sua família, encontram-se diretamente interligados às suas necessidades educacionais de saúde. Enquanto elemento integrante da equipa multidisciplinar, o enfermeiro desenvolve as suas intervenções autónomas de forma a maximizar as condições de saúde, minimizando as perdas e limitações, facilitando desta forma, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e delineamento das intervenções.
Tratando-se de uma experiência que está ainda a dar os seus primeiros passos, a mesma é impulsionada pelo entusiasmo e dedicação de toda a equipa multidisciplinar interveniente, mas também e sobretudo, pelo feedback extremamente positivo dos idosos/ famílias que têm sido alvo dos nossos cuidados.
Olhando a outras experiências internacionais de sucesso, que adoptam metodologias de intervenção semelhantes junto da população idosa, constitui expectativa de toda a equipa que esta iniciativa, hoje pioneira, amanhã venha a ser replicada noutros contextos e instituições de saúde. A aposta na capacitação dos idosos deverá ser encarada como uma estratégia de saúde prioritária, visando a manutenção da sua autonomia e independência, através da valorização das suas competências e o consequente aumento da sua qualidade de vida e da sua saúde.
BIBLIOGRAFIA
BERGER, L.; MAILLOUX-POIRIER, D. – Pessoas idosas: uma abordagem global. Lisboa: Lusodidacta, 1995. ISBN: 972-95399-8-7.
COSTA, M. – Cuidar idosos: formação, práticas e competências dos enfermeiros. Coimbra: Formasau, 2002. ISBN 972-8485-24-7.
GOMES, I. – O Doente idoso como parceiro no processo de cuidados de enfermagem. Enfermagem. Lisboa. ISSN 0871-0775. Nº 35/36 (2004), p. 23-31.
HESBEEN, W. – Qualidade em enfermagem: pensamento e acção na perspectiva do cuidar. Loures: Lusociência, 2001. ISBN 972-8383-20-7.
PORTUGAL. Direcção Geral de Saúde - Plano Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas 2004-2010. [on-line] [citado em 19/11)2011]. Disponível aqui
PORTUGAL. Ordem dos Enfermeiros – Cuidados de proximidade: os enfermeiros como recursos de saúde dos cidadãos [on-line]. [citado em 2008/08/25]. Disponível aqui
Sílvia Matias
Candida Romão
Serviço de Consultas Externas –
Hospital Pulido Valente / Centro Hospitalar Lisboa Norte
silviamatias27@gmail.com
