Investigação e Formação Avançada
Investigadora do IMM vence concurso internacional para estudar problemas imunitários no tratamento para a hemofilia
Vanessa Oliveira foi o único investigador Europeu a vencer um Early Career Bayer Hemophilia Award nesta ronda.
Vanessa Oliveira, investigadora da Unidade de Imunologia Celular do IMM, acaba de ganhar um prestigiado e competitivo Early Career Bayer Hemophilia Award, com um projecto de investigação na área da hemofilia. Foi a única investigadora na Europa a vencer um financiamento nesta ronda, que premiou apenas 5 investigadores em todo o mundo, e vai ter cerca de 170 000 € para desenvolver o seu projecto durante 2 anos.
A investigadora pretende desenvolver uma estratégia de reprogramação do sistema imunitário dos doentes com hemofilia, para evitar a rejeição à terapêutica de coagulação existente e mais utilizada em todo o mundo. Caso tenha sucesso, os resultados desta investigação básica, realizada em laboratório, poderão ter um impacto positivo no futuro tratamento de doentes que sofrem de hemofilia e que, em muitos casos, desenvolvem uma resposta imunitária de rejeição ao factor coagulante terapêutico de que necessitam para levar uma vida normal. O projecto vai ser desenvolvido integralmente na Unidade de Imunologia Celular do IMM, liderada pelo investigador Luís Graça.
A hemofilia, apesar de ser uma doença rara, tem um impacto importante em todo o mundo. Caracteriza-se pela incapacidade do sangue dos doentes coagular correctamente, devido à ausência de produção das moléculas (factores) responsáveis por essa coagulação. Por ser uma doença genética ligada ao cromossoma X, manifesta-se habitualmente na infância, afectando sobretudo rapazes. A terapia actual mais eficaz consiste em administrar aos doentes factores de coagulação recombinantes, produzidos em laboratório, como forma de compensar a inexistência de produção pelos doentes. Infelizmente, em cerca de um terço dos doentes a quem são administrados estes factores de coagulação terapêuticos, desenvolve-se uma resposta imunitária contra o próprio medicamento, que é identificado como estranho ao próprio organismo. Como resultado, os factores de coagulação são destruídos e o tratamento falha. Apesar de já terem sido desenvolvidos alguns métodos para impedir esta resposta imunitária indesejada, até ao momento nenhum se mostrou satisfatoriamente eficaz.
O que Vanessa Oliveira se propõe agora fazer é investigar as razões para a limitada eficácia destes métodos e, partindo desta informação, desenvolver novas estratégias para induzir a tolerância dos doentes aos factores de coagulação terapêuticos. Os seus resultados preliminares sugerem que é possível desenvolver um tipo de vacina que em vez de estimular a resposta imunitária, vai impedir que o sistema imunitário responda contra as proteínas presentes nesta “vacina”.
fonte: www.imm.fm.ul.pt
Vanessa Oliveira, investigadora da Unidade de Imunologia Celular do IMM, acaba de ganhar um prestigiado e competitivo Early Career Bayer Hemophilia Award, com um projecto de investigação na área da hemofilia. Foi a única investigadora na Europa a vencer um financiamento nesta ronda, que premiou apenas 5 investigadores em todo o mundo, e vai ter cerca de 170 000 € para desenvolver o seu projecto durante 2 anos.
A investigadora pretende desenvolver uma estratégia de reprogramação do sistema imunitário dos doentes com hemofilia, para evitar a rejeição à terapêutica de coagulação existente e mais utilizada em todo o mundo. Caso tenha sucesso, os resultados desta investigação básica, realizada em laboratório, poderão ter um impacto positivo no futuro tratamento de doentes que sofrem de hemofilia e que, em muitos casos, desenvolvem uma resposta imunitária de rejeição ao factor coagulante terapêutico de que necessitam para levar uma vida normal. O projecto vai ser desenvolvido integralmente na Unidade de Imunologia Celular do IMM, liderada pelo investigador Luís Graça.
A hemofilia, apesar de ser uma doença rara, tem um impacto importante em todo o mundo. Caracteriza-se pela incapacidade do sangue dos doentes coagular correctamente, devido à ausência de produção das moléculas (factores) responsáveis por essa coagulação. Por ser uma doença genética ligada ao cromossoma X, manifesta-se habitualmente na infância, afectando sobretudo rapazes. A terapia actual mais eficaz consiste em administrar aos doentes factores de coagulação recombinantes, produzidos em laboratório, como forma de compensar a inexistência de produção pelos doentes. Infelizmente, em cerca de um terço dos doentes a quem são administrados estes factores de coagulação terapêuticos, desenvolve-se uma resposta imunitária contra o próprio medicamento, que é identificado como estranho ao próprio organismo. Como resultado, os factores de coagulação são destruídos e o tratamento falha. Apesar de já terem sido desenvolvidos alguns métodos para impedir esta resposta imunitária indesejada, até ao momento nenhum se mostrou satisfatoriamente eficaz.
O que Vanessa Oliveira se propõe agora fazer é investigar as razões para a limitada eficácia destes métodos e, partindo desta informação, desenvolver novas estratégias para induzir a tolerância dos doentes aos factores de coagulação terapêuticos. Os seus resultados preliminares sugerem que é possível desenvolver um tipo de vacina que em vez de estimular a resposta imunitária, vai impedir que o sistema imunitário responda contra as proteínas presentes nesta “vacina”.
fonte: www.imm.fm.ul.pt