RISE é uma rede de investigação e saúde com mais de 300 investigadores associados, que se reuniu pela primeira vez no dia 20 de janeiro, e o Grande Auditório João Lobo Antunes, da FMUL, foi o palco escolhido. Dos trezentos investigadores que constituem esta rede, 19 inscreveram-se e vieram apresentar os projetos nos quais estão a trabalhar, no âmbito da rede RISE.
Fernando Schmitt, coordenador da rede RISE e Professor na Universidade do Porto, explicou a razão que levou à criação deste ‘laboratório’, “o objetivo é o de trazer conhecimento científico desde o laboratório até ao beneficiário. Somos uma unidade de laboratórios associados que tem essa perspetiva de investigação.”
Reunir investigadores de áreas de conhecimento muito diferentes e até de áreas geográficas distantes é uma mais valia não só para a investigação propriamente dita, porque inevitavelmente com a discussão vão surgir ideias e novas apostas. “Gerar discussão sobre competências e áreas cientificas” é um dos objetivos, “que apareçam mais projetos de investigação para desenvolver mais temáticas,” outro objetivo.
Fazem parte desta rede 300 investigadores e no dia 20, ficámos a conhecer, ainda que de forma breve, 19 investigadores e os seus projetos. Cada um teve 5 minutos para explicar em que consiste o seu estudo e em que fase se encontra.
Susana Constantino, uma das organizadoras deste encontro, integra o Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CCUL), apresentou o trabalho que tem vindo a desenvolver e cujo tema é “Impacto da Radiação Ionizante na Cardio-oncologia, Metastização e Regeneração.”
Carlos Sequeira, da CINTESIS, apresentou o trabalho que visa criar uma aplicação para avaliar o índice de saúde mental da população e que aguarda financiamento. Mostrou as fases do estudo que envolveram a avaliação junto de vários grupos desde alunos de secundário, até cuidadores de doentes de patologias do foro psiquiátrico. O estudo chama-se “Literacia, Primeira Ajuda e Saúde Mental Positiva”.
Paulo Martel, CINTESIS, veio da Universidade do Algarve onde desenvolve uma investigação na área de “moléculas moduladoras da atividade de proteína Foxo3a” e explicou os avanços que já atingiu.
Ana Carla Pires, CINTESIS, apresentou o seu “Programa online de reabilitação cognitiva e o impacto na saúde mental e capacidade para o trabalho no cancro” ou ainda Fábio Trindade, UNIC, que falou sobre o “dimorfismo sexual na estenose valvular aórtica: caracterização do proteoma da válvula aórtica para a identificação de biomarcadores de severidade e de novos alvos terapêuticos específicos por sexo” que conta já com um estudo feito em dois grupos de 25 indivíduos cada e divido por sexos. Os resultados obtidos já permitiram chegar a algumas conclusões.
Durante a tarde os investigadores dividiram-se em quatro grupos, de acordo com a sua área de investigação e interesse para discutirem temas e quiçá, daí nascerem novos pontos de partida para outras investigações. Foi também anunciado por Fernando Schmitt, coordenador da rede RISE, a criação de um fundrising para apoiar um projeto futuro. Estes encontros têm como principal objetivo desenvolver a ciência e criar respostas em várias áreas da saúde que seguiam o trajeto “do laboratório para o beneficiário” que é uma máxima deste RISE. Fausto Pinto, no discurso de abertura falou desta iniciativa como “um projeto que nasceu da necessidade de juntar forças entre cidades diferentes, mas com interesses e objetivos comuns para o bem da ciência” e a primeira reunião, “é uma oportunidade para que todos se conheçam.”
Fernando Schmitt, Professor na Universidade do Porto e coordenador da rede RISE; Susana Constantino Professora na FMUL e investigadora na área da Angiogénese e Fausto Pinto também Professor na FMUL e diretor do CCUL, apresentaram o projeto e deram as boas vindas aos investigadores, que vieram apresentar os seus projetos, bem como aos interessados, que vieram assistir.
Dora Estevens Guerreiro
Equipa Editorial
