O Mestrado em Cuidados Paliativos arrancou no dia 20 com a aula “Viver e Morrer em Paz e Consciência Plena” administrada por Paulo Borges, professor de meditação e filosofia budista que colabora com a FMUL nesta disciplina que faz parte do Mestrado em Cuidados Paliativos. A turma que nesse dia assistiu à aula era composta por médicos, muitos de Medicina Geral, enfermeiros, alguns já da área de Cuidados Paliativos e também assistentes sociais.
A aula decorreu com uma parte teórica e alguns momentos foram reservados para a prática. Pontualmente, Paulo Borges convidava a que todos procurassem na cadeira, uma posição confortável, com as costas direitas, os pés no chão e as mãos descontraídas. Olhos abertos ou fechados, respiração tranquila e... momento para parar! Breves minutos são suficientes para percebermos afinal o que é isto de meditar. Mas essa explicação vem um pouco mais à frente. Para já, sabe-se que até aprender a meditar, deve tentar e tentar e tentar. De preferência várias vezes ao dia, em curtos momentos. O objetivo é que desligue do que está à sua volta e mergulhe numa viagem ao seu interior em que, os pensamentos, ficam do lado de fora do seu Eu. Porque, tal como diz Paulo Borges, “eu não sou os meus pensamentos.”
Meditar: Cultivar a essência do meu “Eu”
A meditação é a capacidade de nos focarmos no nosso interior, abdicando de vários estímulos externos como pensamentos, ruídos, imagens, que dispersam a mente. Aquietar a mente não é fácil. Estamos rodeados de afazeres, stress e muitas distrações que não nos permitem vivenciarmos em pleno uma atividade, um sentimento, emoção ou uma tarefa.
Sendo assim, podemos dizer que a meditação ajuda no foco e na capacidade plena de estarmos presentes e conscientes, sem distrações. Esta prática traz benefícios como a redução do stress e da ansiedade, a prevenção e tratamento da depressão, a correção do défice de atenção, o desenvolvimento cerebral e o retardar do envelhecimento. “A prática da atenção plena modifica inclusivamente as estruturas do nosso cérebro,” isto significa que, ao ativarmos zonas que antes estavam como que “adormecidas”, mudamos a forma como raciocinamos e interpretamos as nossas vivências. Se todos os dias meditarmos, nem que seja 3 minutos, várias vezes ao dia, vamos promovendo alterações estruturais no cérebro e com o tempo esta prática aprende-se e torna-se mais fácil. Dificilmente alguém consegue meditar à primeira tentativa. É uma prática diária que tem um percurso.
Enquanto ia passando algumas informações e história sobre meditação, Paulo Borges interrompia a aula com exercícios práticos; perguntas sobre o que procuramos? Na generalidade as respostas foram em torno da felicidade. Todos procuram ser felizes. E a felicidade será assim tão diferente de uns para ou outros? O que fazer para conseguirmos contornar o sentimento de ameaça que parece ser comum a quase todos os seres humanos? A sociedade em que nos desenvolvemos, talvez por ter um ritmo acelerado, retirou-nos a capacidade de ter tempo e isso arrasta-nos para um turbilhão de afazeres e com eles vem o medo. A meditação pode ter um papel decisivo em não nos deixar arrastar por pensamentos negativos e em percebermos a diferença entre o que somos e o que sentimos. Aprender a controlar a negatividade e criar algum distanciamento contemplativo sobre o que sentimos é importante.
Medicina e Meditação vêm ambas do verbo latino mederi que significa curar. Poderá a junção destas duas disciplinas ajudar no bem-estar? E o que é o bem-estar? Ter saúde é suficiente? Ter saúde não é só ausência de doença. Tem de haver bem-estar físico e psicológico, “temos de prestar atenção ao que se passa dentro de nós”, diz o professor. E devemos ter particular atenção a 4 sintomas que indicam mal-estar e que podem ser “transformados” no seu contrário, caso tenhamos as ferramentas necessárias. A saber:
Existem 4 sintomas de mal-estar:
A crescente falta de atenção. “Há um défice de atenção constante e acelerado. A incapacidade de nos focarmos totalmente numa tarefa única é constantemente assaltada pelo turbilhão de pensamentos que assolam a nossa mente. Ao invés de nos deixarmos “arrastar”, a resposta que devemos dar é o de cultivar a consciência. Saber parar e estar naquele momento.
A tendência para nos sentirmos sós, desconectados. O sentimento de não pertença agrava o medo e a negatividade sobre nós e o que nos rodeia. A alternativa é a conexão que vem com o desenvolvimento da empatia aquilo a que chamamos heartfulness.
A negatividade versus insight. Sempre que nos deixamos arrastar por pensamentos negativos devemos cultivar a distância contemplativa para não nos deixarmos levar por essa onda negativa que cria distanciamento e falta de pertença.
A falta de propósito versus encontrar um propósito. Quando as coisas não correm como é esperado ou quando as coisas correm efetivamente mal, não adotar isso como o final da experiência, mas sim como uma parte do caminho. Aprender a valorizar o que consegue, o que tem, em vez de se focar no que não conseguiu. “Lidamos mal com o insucesso porque nos concentramos no que não conseguimos por comparação ao que os outros conseguiram,” estes termos, esta competitividade pode desenvolver tendências depressivas. Devemos entender os fracassos como um propósito de aprendizagem. “As adversidades têm de ser integradas com o propósito de uma aprendizagem em todas as situações.” Os erros dão-nos ferramentas para termos capacidade de lidar melhor com as situações futuras. Recusar aceitar, é recusar evoluir. O propósito tem de ser o de aprender.
As situações boas e más acontecem, mas a forma como lidamos com elas cria em nós sentimentos e estes, criam um modo de interpretar a realidade que pode tornar-se tóxico. A meditação tem a capacidade de nos fazer olhar as coisas de fora, como um movimento que segue e não como algo que se instalou e que sentimos que nos esmaga ou ataca.
Meditação, Cérebro e Sistema Imunitário
“A prática da atenção plena modifica a maneira como o cérebro funciona. Por exemplo: a amígdala diminui, aumenta a matéria cinzenta, reforça o sistema imunitário e ainda atrasa o envelhecimento" porque atua a nível dos telómeros (marcadores biológicos do envelhecimento). Tudo ferramentas que nos ajudam a atingir o nosso propósito que é o da felicidade.
Como é que a meditação pode ajudar na vertente dos cuidados paliativos? Pode ajudar os profissionais de saúde a adquirirem ferramentas para se protegerem a eles mesmos de situações a que são sujeitos e, ao mesmo tempo, passar estes ensinamentos para os seus doentes. Há ainda a barreira da linguagem que pode não ser acessível a todos. Mindfulness ou heartfulness são termos ainda muito associados a um nicho, mas tal como na prática da meditação, também aqui há um caminho a fazer.
Quem é Paulo Borges
É professor de meditação e filosofia budista desde 1999, tendo orientado centenas de aulas, cursos, workshops e retiros em todo o país. Realiza workshops de meditação em escolas, empresas, estabelecimentos prisionais e instituições públicas, como o Ministério da Defesa, a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Foi professor de Técnicas Meditativas na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, entre 2011 e 2013. Foi ele quem criou a disciplina de Filosofia e Meditação na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, bem como a de Medicina e Meditação na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que leciona. Criou o programa de formação mediativa e reflexiva “O Coração da Vida, uma via de consciência, bondade e sabedoria.” É ainda autor de diversos livros.
Falámos com alguns alunos Mestrado em Cuidados Paliativos que se encontravam na aula do Professor Paulo Borges e quisemos “auscultá-los” sobre a meditação e os cuidados paliativos.
Nome: Vasco Gabriel Furtado Gonçalves
Idade: 42
Profissão: Assistente em Medicina Geral e Familiar
Localidade: Elvas
O que o levou a inscrever-se no Mestrado em Cuidados Paliativos?
Vasco Gonçalves: Não poderei dar uma resposta simples a essa questão.
Em primeiro lugar, sempre gostei de ter uma perspetiva académica da medicina, tendo em vista a atualização permanente de conhecimentos, não só para oferecer a melhor evidência disponível na minha prática clínica diária, como também para poder, eventualmente, contribuir para o avanço das ciências médicas.
Em segundo lugar, sempre procurei ter uma perspetiva humanizada da medicina, à qual me senti interpelado tanto pelo status quo do paradigma médico em que fui educado nesta Faculdade, como pelos próprios pacientes que procuram os meus cuidados no dia-a-dia.
Deste modo, pessoalmente, creio que a fascinação pelos cuidados paliativos começou precisamente por esta simbiose fundada na compaixão que organicamente contêm, construída entre o conhecimento científico, a sensibilidade e experiência do clínico, e as expectativas do paciente, entendido na sua complexidade biopsicossocial, cultural e existencial. Incidindo o foco no paciente, é primordial a comunicação eficaz com o mesmo, bem como entre os profissionais da equipa clínica que lhe presta cuidados, que deve funcionar em perfeita interdisciplinaridade.
Ter alguma formação prévia na área dos cuidados paliativos, em dor e em medicina geral e familiar, nas suas vertentes ideológica e prática, impeliram-me a ter mais clara a visão que referi acima e a procurar empoderar-me nesta área, ingressando no Mestrado em Cuidados Paliativos.
De que forma este mestrado lhe é útil no seu dia-a-dia?
Vasco Gonçalves: A aquisição de conhecimentos que permite enriquecer o reportório mental e a reflexão sobre casos clínicos que têm a sua complexidade específica a esta área, permite também obter uma outra perspetiva sobre a existência humana e o seu sentido (ou a busca do mesmo), ajudando-me a perspetivar a vida de outro modo. Espero que tal possa refletir-se positivamente na abordagem dos pacientes que observo, quer tenham critérios paliativos ou não, e a ajudá-los a encontrar o seu próprio sentido vital, para que tenham vidas mais plenas.
Naturalmente, o conhecimento científico e prática em cuidados paliativos, serão da maior e mais direta utilidade na abordagem do doente com doença ameaçadora da vida, de forma holística e integral, à luz da melhor e mais atual evidência científica.
Lida com doentes que precisam de cuidados paliativos?
Vasco Gonçalves: Sem dúvida! Como médico de família, lido de forma quase diária com doentes com critérios para cuidados paliativos, estejam eles em fim de vida, ou não. Diria também, que, debruçando-me sobre os cuidados paliativos, tenho maior facilidade em identificar os doentes em que beneficiam de intervenções paliativas e a individualizá-las.
Acha que a meditação pode ser útil no tratamento destes doentes?
Vasco Gonçalves: A evidência científica, já com várias centenas de estudo publicados, tem progressivamente feito aumentar a credibilidade das técnicas da medicina mente-corpo, entre as quais se incluem as técnicas de meditação. Efetivamente, a crescente curiosidade pelas técnicas meditativas orientais tem facilitado, entre a comunidade científica e entre os pacientes, a aceitação de incorporar este tipo de práticas nos planos terapêuticos.
Hipócrates referiu que “a força natural de cura que se encontra dentro de cada um de nós é a maior força para melhorar”. No entanto, aparentemente, a medicina, até ao início do século XX parecia ter vindo, ao longo dos séculos, a encerrar-se progressivamente na razão e na doença biológica. Felizmente, a abertura da mentalidade a nível social e a evidência crescente, foram permitindo afirmar a complexidade do ser humano e também a explorar e aceitar que as emoções e pensamentos podem influenciar a saúde do corpo.
De forma muito concreta, as técnicas de atenção plena (mindfulness, em inglês) orientais, reorganizadas sem a sua matriz religiosa e cultural, por Jon Kabat-Zin no Mindfulness-based Stress Reduction, tem revelado benefícios no tratamento de: perturbações ansiosas; perturbações depressivas, sejam estas primárias ou secundárias, inaugurais ou recorrentes; doentes oncológicos, com impacto na qualidade de vida global, no humor ou nos sintomas que frequentemente se associam a estas patologias – como fadiga, náuseas ou vómitos; no tratamento da dor, particularmente na artrite reumatoide e na dor lombar crónica; noutras entidades como as perturbações do sono, nos sintomas do climatério, na psoríase, na diabetes mellitus entre outras.
Curiosamente, no tratamento da dor, as práticas de atenção plena têm mostrado reduzir a necessidade de recurso a opioides, podendo constituir uma ferramenta para combater (ou evitar) a crise de opioides de que tanto se fala nos Estado Unidos da América. Também é interessante, que um estudo tenha revelado maior satisfação dos pacientes tratados por médicos com maior índice de mindfulness.
Assim, os benefícios parecem existir a vários níveis, para clínicos, para doentes e para o panorama global da prestação de cuidados de saúde.
Acha que neste momento é viável introduzir esta prática nos hospitais? Centros de saúde? Ou até mesmo numa prática mais isolada entre profissional e doente?
Vasco Gonçalves: A viabilidade depende de muitos fatores, entre os quais: a predisposição dos clínicos e pacientes; a formação adequada dos profissionais para administrar este tipo de prática, que leva algum tempo; a disponibilidade de horário dos profissionais, já assoberbados por tarefas assistenciais e não assistenciais; o próprio interesse e investimento do governo, na formação e na disponibilização de recursos humanos e materiais… Enfim, penso que neste momento, a inerente criação de uma estrutura algo complexa, impossibilita perspetivar-se, a curto termo, uma introdução generalizada. Por contraste, pouco a pouco, com o entusiasmo de alguns, penso ser mais exequível.
Faz meditação ou a aula aguçou-lhe a vontade para dar início a esta prática?
Vasco Gonçalves: Efetivamente, pratico “mindfulness” quase diariamente. Sendo já um curioso dos avanços da medicina mente-corpo – desde o biofeedback, passando pela abordagem cognitivo-comportamental, treino autógeno, atenção plena, até à espiritualidade – sem dúvida que a aula do Professor Doutor Paulo Borges, uma autoridade bem reconhecida na área, me permitiu revisitar o tópico, aprendendo um pouco mais e ficando mais interessado ainda, nas práticas meditativas.
Nome: Bruna Lisa Ferreira Quítalo
Idade: 37
Profissão: Técnica de Serviço Social
Localidade: Póvoa de Santa Iria
O que a levou a inscrever-se no Mestrado de Cuidados Paliativos?
Bruna Quítalo: Trabalhei quase 11 anos com idosos, numa IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), com valências de ERPI (Estrutura Residencial Para Idosos), SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), Centro de dia e Centro de Convívio, desempenhando a função de Técnica de Serviço Social.
Na minha prática profissional confrontei-me com patologias do foro neurológico, tais como diversos tipos de demência, senil, Alzheimer, Corpos de Lewys, o ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) e Esclerose Múltipla, algumas destas situações em estado avançado e em fase de final de vida.
Patologias estas, que fizeram com que percebesse a necessidade e a escassez dos cuidados paliativos, os quais são fundamentais para que os pacientes possam ter mais qualidade e conforto, aliviando as suas dores, minimizando os sintomas, reduzindo consequentemente o sofrimento, diminuindo o número de hospitalizações, criando deste modo um plano mais ajustado dos cuidados de saúde, de que necessitam.
Por outro lado, tive um familiar que foi diagnosticado com neoplasia do pâncreas e que usufruiu de cuidados paliativos, os quais foram imprescindíveis no alívio de dores, no minorar dos sintomas e possíveis efeitos colaterais, proporcionando um maior conforto, atendendo não só às necessidades físicas, como emocionais e mentais do paciente e da família.
De que forma este mestrado é-lhe útil no dia-a-dia?
Bruna Quítalo: Neste momento não me encontro a exercer as funções de Técnica de Serviço Social, como anteriormente, que desempenhei numa instituição de idosos, nem estou em contacto com pessoas fragilizadas ou em fim de vida.
Acha que a meditação pode ser útil no tratamento destes doentes?
Bruna Quítalo: A meditação pode auxiliar a prevenir patologias ou o agravar destas, uma vez que promove a redução de pensamentos negativos, favorecendo mudanças benéficas tanto ao nível do bem-estar, do humor, como do próprio desenvolvimento cognitivo. Possibilita a ligação entre o corpo, a mente e a alma, através do expandir da observação, da atenção e da concentração, reduzindo atrofias e melhorando a conectividade funcional das áreas cerebrais. Em fases menos avançadas, auxilia num desenvolvimento mais tardio das patologias. Os seus efeitos contribuem para evitar excessivas tomas medicamentosas.
Acha que neste momento é viável introduzir esta prática nos hospitais? Centros de Saúde? Ou até mesmo numa prática mais isolada entre profissional e doente?
Bruna Quítalo: Esta prática deve ser implementada em hospitais, para que se possa minimizar o sofrimento, reduzir os sintomas, proporcionando mais qualidade de vida e conforto em doentes com patologias degenerativas, terminais, oncológicas, do foro neurológico, cardíaco, pulmonar, entre outras.
Nos centros de saúde deveria existir um serviço multidisciplinar dedicado aos cuidados paliativos, que para além de médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, tivesse um paliativista.
Deveria ser realizado pela equipa ou pela técnica de serviço social em conjunto com a técnica da autarquia local, um levantamento das necessidades e da existência de instituições de idosos ou outras com pessoas em fase terminal e através do centro de saúde e dos seus utentes, tentar perceber se existem pessoas a necessitar deste tipo de cuidados no domicílio.
Com as instituições dever-se-iam realizar parcerias ou protocolos, com as pessoas que se encontram em suas casas, estabelecer um contacto com os familiares, de forma a que estas equipas pudessem agilizar visitas domiciliárias para melhor poderem atuar ao nível dos cuidados de saúde com este tipo de doentes, de forma a suavizar o sofrimento, reduzindo também o número de hospitalizações.
Faz meditação ou a aula aguçou-lhe a vontade para dar início a esta prática?
Bruna Quítalo: Realizei um curso anual de terapias holísticas, do qual faziam parte a meditação e as taças tibetanas. Habitualmente pratico meditação e biodanza num grupo pequeno. Interesso-me pelas terapias holísticas, porque promovem sensações de bem-estar, paz, maior tranquilidade, harmonia, aliviam dores físicas, amenizam os níveis de ansiedade e stress, equilibram emoções, sentimentos e energias. A pessoa é vista como um todo integrado, tentando-se encontrar a raiz do problema, criando hábitos salutares de vida. Estas terapias atuam de forma preventiva, diminuindo as patologias e consequentemente reduzindo a quantidade de medicação. Agem ao nível físico, emocional, social, espiritual, proporcionando uma melhor qualidade de vida, combatendo os níveis de stress e ansiedade.
Nome: Elsa Marinela Carreiro
Idade: 56 anos
Profissão: Enfermeira
Localidade: Rio de Mouro
O que o levou a inscrever-se no Mestrado em Cuidados Paliativos?
Elsa Carreiro: Será útil para desenvolver mais conhecimentos no domínio dos cuidados paliativos para além dos adquiridos na licenciatura.
De que forma este mestrado é-lhe útil no dia-a-dia?
Elsa Carreiro: E frequente no meu serviço ter doentes com doenças crónicas a necessitar de cuidados paliativos, para além dos doentes em terminal de vida.
Acha que a meditação pode ser útil no tratamento destes doentes?
Elsa Carreiro: Meditação é algo novo para mim, nunca tive contacto. Do apresentado em aula acho extremamente útil no tratamento dos doentes uma vez que se aprender a encara e a viver o presente, apreciar a vida.
Acha que neste momento é viável introduzir esta prática nos hospitais? Centros de Saúde? Ou até mesmo numa prática mais isolada entre profissional e doente?
Elsa Carreiro: E extrema importância a sua introdução no SNS, prepara os doentes e famílias a encarar a doença tal como ela é; estariam mais preparados para receber as informações dos diagnósticos e os prognósticos e a gerir/participar de forma ativa na sua vida, como por exemplo resolver assuntos pendentes.
Faz meditação ou a aula aguçou-lhe a vontade para dar início a esta prática?
Elsa Carreiro: Meditação, como referi anteriormente, é algo novo, fiquei com curiosidade.
Dora Estevens Guerreiro
Equipa Editorial