A semana de receção aos alunos na FMUL ficou pautada por momentos de felicidade e de muita emoção. Uns alunos chegaram mais confiantes outros mais assustados, mas todos partilhavam a expectativa e o orgulho de pertencerem à Faculdade de Medicina de Lisboa.
Ao todo são quase 300 os novos alunos que entraram nos dois cursos disponíveis na Faculdade: Mestrado Integrado em Medicina (MIM) e na Licenciatura em Ciências da Nutrição (LCN). Todos começam agora a traçar um percurso que os vai levar ao mercado profissional.
Olhamos para eles e vemos gente muito nova. São quase todos acabados de sair da escola, mas no meio desta multidão, vislumbram-se outras histórias e algumas são de pura persistência. Alunos que não abdicaram do sonho, alguns de criança, de entrar na área que sempre quiseram. Ouvimos histórias de quem tentou uma e outra vez entrar em medicina sem sucesso e que, por se recusarem a baixar os braços e a desistir, conseguiram este ano cumprir a sua missão. Mas, há mais! Pessoas que já estão a trabalhar noutra área, quase sempre nas ciências, com uma idade mais avançada do que a maioria dos colegas, apostam agora num segundo curso. São audazes! Há ainda quem venha pela segunda vez, porque a primeira inscrição teve de ser bloqueada por questões de saúde e outros que vieram de um percurso “clean” e que entraram na primeira escolha, na primeira vez que concorreram ao curso que agora se lhes apresenta.
Os próximos tempos não vão ser fáceis! Há muitas matérias, muitas disciplinas, muitas coisas a aprender e o tempo vai-lhes parecer fugir por entre as mãos. Mas, no meio de tantos livros e apontamentos, vai certamente sobrar tempo para fazer amizades, algumas delas para a vida. Outros, vão apaixonar-se pelo colega de turma e outros ainda, vão descobrir que existem muitas possibilidades de futuro dentro do curso de Medicina ou de Ciências da Nutrição. Podem ser investigadores, podem transitar para áreas de gestão ou de comando. Podem ficar por cá ou investir numa carreira internacional.
As festas, e há muitas ao longo do ano, vão servir como uma espécie de âncora que lhes vai aguçar o sentimento de pertença à FMUL. Quer seja na tuna, no grupo de teatro ou de pintura, vão poder encontrar escapes criativos que lhes permitem desenvolver outras competências que vão, certamente, fazer deles seres humanos mais completos, mais abrangentes, mais empáticos e isso, é meio caminho andado para os transformar nos melhores médicos que já conheceram. Eles estão habituados a ser os melhores e querem ser sempre os melhores. Foram-no quase toda a vida; na turma, na escola, na aldeia. Mas, os mais inteligentes, os mais capazes do grupo agora vão encontrar muitos como eles. A competitividade vai ser mais aguerrida e as notas, dado o grau de exigência e a complexidade das matérias, podem ressentir-se. Alguns poderão sentir um abanão, mas a capacidade de adaptação está-lhes nos genes, ou não fossem eles alunos da FMUL.
Sejam bem-vindos à vossa nova vida!
Dora Estevens Guerreiro
Equipa Editorial