Eram 9h30, do dia 4 de outubro de 2021, quando os primeiros novos estudantes se começavam a reunir em frente ao Hospital de Santa Maria. Todos tinham um ponto de encontro marcado para depois serem encaminhados pela equipa de mentores para os vários auditórios e, assim, assistirem à cerimónia oficial de abertura do novo ano letivo 2021/2022.
Para muitos este primeiro dia era um sonho, estudar na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) era algo que queriam muito que se concretizasse. E chegou o dia, mais de 350 alunos do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) e os 30 estudantes da Licenciatura em Ciências da Nutrição (LCN), pisaram o campus desta Faculdade pela primeira vez.
No rosto dos novos alunos conseguia ver-se a ansiedade de chegarem a um sítio onde tudo era novo; sentiam-se os nervos em alguns deles, porque estavam sozinhos e tinham medo de se perderem; outros vinham sorridentes e com muita vontade de iniciar esta nova caminhada académica e alguns já se conheciam, por isso, iam-se juntando em grupo e partilhavam conversas e gargalhadas.
Depois de um ano atípico e sem alunos na Faculdade, os anfiteatros e corredores voltavam a encher-se de estudantes. Durante uma semana, foram vários os esforços feitos por todas as pessoas envolvidas na comissão organizadora, para que este evento se realizasse da melhor forma possível. Existiram contratempos, mas com uma equipa unida conseguimos resolver sempre todos os imprevistos, recordo um deles, quando em 5 minutos tivemos de retirar os alunos de LCN de uma das salas do Edifício Egas Moniz e encaminhar até outra sala, no Edifício Reynaldo dos Santos, porque iriam ter uma apresentação destinada só a este grupo de alunos.
Havia um guião e vários aspetos que requeriam bastante atenção. Tivemos vários momentos de alguma tensão, mas entre intervalos e trocas de palestrantes havia sempre espaço para uma gargalhada e uma troca saudável de brincadeiras que nos ajudava a descomprimir de toda a pressão que estávamos a sentir.
O mote para estas jornadas era “Entra no espírito” e, no fundo, foi isso que toda a organização fez, entrar no espírito e receber de forma muito acolhedora os novos estudantes. É, também, isso que queremos pedir a todos os alunos, que vivam estes anos de forma intensa, que estudem muito para serem bons profissionais, mas que aproveitem aquilo que a faculdade vos oferece.
Carolina Marçal | Lisboa
O que achaste desta semana de introdução aos novos estudantes?
CM: Foi bastante bom para todos, porque muitos dos meus colegas são deslocados, no meu caso não, e, esta semana de introdução, foi bom para apresentar a faculdade, para termos uma noção do que vai acontecer durante o primerio semestre, para conhecermos alguns professores, colegas de curso e as atividades que temos disponíveis, porque caímos aqui de paraquedas.
Estavas à espera de ter tantas atividades na faculdade?
CM: Não tinha noção que a Faculdade tinha tanta oferta de oportunidades e atividades. Sabia que existiam algumas atividades de voluntariado, mas não sabia que havia tanta coisa. Nesta semana, foram muitas as pessoas que nos abordaram para falar destas iniciativas de uma forma muito acolhedora e que nos explicaram tudo. Não vou conseguir participar em todas, mas vou tentar participar naquelas que puxem mais por mim.
Qual foi o impacto que sentiste na chegada à FMUL?
CM: No início ainda não tinha caído em mim, que estava nesta Faculdade e que tinha entrado no curso de Medicina, mas ao longo desta semana, à medida que fui tendo noção do que é esta Faculdade e como são as pessoas, fui me apercebendo que realmente estou aqui, que consegui e é um orgulho enorme estar aqui.
Lourenço Araújo | Pinhal Novo
O que sentiste quando chegaste à FMUL?
LA: Senti-me entusiasmado por começar este novo capítulo da minha vida. Esta é realmente uma das melhores faculdades. Pela pesquisa que fiz, antes de me candidatar, a minha expectativa foi corroborada e, de facto, há muitas oportunidades em vários parâmetros da nossa escolaridade.
Sendo do Pinhal Novo, como está a ser adaptação à nova cidade? Vens viver para Lisboa?
LA: Neste momento, ainda me desloco todos os dias para Lisboa e no final do dia volto para o Pinhal Novo. Três horas do meu dia são passados em viagem. Estou a ponderar viver em Lisboa porque irei começar a necessitar do tempo para estudar e com as viagens de comboio vou perder parte do tempo em transportes. Mas só quando começar a ver as matérias que tenho de estudar é que vou analisar se preciso, efetivamente, de morar cá.
Maria Alemão | Lisboa
O que esperas destes anos académicos na FMUL?
MA: Este foi sempre um sonho, desde criança, e agora está a ser concretizado. Estou bastante entusiasmada. Quando cheguei cá, senti uma energia muito boa dos alunos mais velhos e sente-se que eles estão prontos para ajudar ao máximo. Estou positiva para estes próximos anos.
O que achaste desta semana de introdução?
MA: Foi uma semana muita positiva. Ajudou-nos a perceber como se organiza toda a Faculdade, como por exemplo, os sítios onde podemos estudar ou comer, a introdução às disciplinas também foi um aspeto muito positivo, porque assim não caímos de repente num mundo tão diferente.
Luís Passanha | Lisboa
O que sentiste quando chegaste à FMUL?
LP: A primeira vez que eu vim cá foi para entregar os documentos e pensei, que confusão, não consegui encontrar os sítios e é tudo no meio do hospital e quando entrei no elevador estava lá uma maca com um doente, então foi assim um bocado choque. Agora quando voltei, já conhecia melhor o sítio, mas mesmo assim continuo a achar que o espaço é enorme e há imensa gente nova e é extraordinário.
Estas jornadas foram úteis para te ajudar a abrir as tuas perspetivas do que poderás fazer na faculdade?
LP: Eu adorei a primeira semana, sobretudo para nos ambientarmos ao novo ritmo, horários, ao espaço e às pessoas e, assim, nos conhecermos melhor. Eu falo com amigos de outras faculdades e eles só tiveram um dia de introdução e sentiram que aconteceu tudo muito rápido. Aqui, na FMUL, a adaptação está a ser mais calma e isso permite-nos ter um melhor começo de uma nova etapa.
O que esperas destes anos académicos na FMUL?
LP: Espero muito trabalho e dedicação, mas sei que vou aprender muito e ter várias experiências, dá para ver pelas várias iniciativas que a faculdade oferece. Passarei boa parte da minha vida aqui e será bem aproveitada, se Deus quiser.
Sara Fernandes | Leiria
O que sentiste quando chegaste à FMUL?
SF: No início pensei que iria ser muita confusão, que não me iria integrar bem, mas todos os meus colegas do primeiro ano estavam perdidos como eu, então, já não me senti sozinha. O espírito foi muito bom e os mentores ajudaram-nos muito. Foi uma semana engraçada.
Qual foi o impacto da semana de jornadas de introdução?
SF: Foi uma semana útil, principalmente nas disciplinas, para percebermos aquilo que iria ser feito e como iria funcionar cada unidade curricular. As restantes atividades mais diplomáticas também achei interessante, porque há alguns colegas que se interessam por essas questões mais burocráticas.
Como foi esta mudança de Leiria para Lisboa?
SF: Foi um choque, Leiria é mais sossegado que Lisboa. Esta cidade tem muita coisa acontecer ao mesmo tempo e, às vezes, é muita informação para lidar ao mesmo tempo. Mas estou a adaptar-me bem.
Não podia fechar esta reportagem sem antes agradecer a todos os que trabalharam arduamente e fora de horas para que estas jornadas de introdução aos novos estudantes se realizassem da melhor forma. Um agradecimento especial ao Projeto Mentoring, aos seus Mentores e ao Gabinete de Apoio ao Estudante, à AEFML, na incansável presença do João e da Ana Rita, ao departamento de Relações Públicas e Comunicação, ao Pedro Marçal, à Direção da Faculdade, equipa de Audiovisuais, aos Professores envolvidos quer na comissão organizadora, quer nas várias palestras que proferiram e, sem esquecer, o Sr. Luís que preparou 400 kits para oferecer aos novos alunos. Sem todos estes membros envolvidos, nada disto teria sido possível.
“Coisas incríveis no mundo dos negócios nunca são feitas por uma única pessoa, e sim por uma equipa.”
Steve Jobs
Leonel Gomes
Equipa Editorial