Surgiram há uns dias notícias de que as populações, cujo programa de vacinação inclui a vacina do bacilo Calmette–Guérin (BCG), estariam eventualmente protegidas contra os efeitos mais agressivos da infeção provocada pelo novo coronavírus.
Relativamente a este questão, o Professor Francisco Antunes refere que esta informação é meramente especulativa, mas há diferenças, no que diz respeito à gravidade de casos ou mesmo à taxa de mortalidade em países que tiveram uma vacinação em massa com a BCG.
Em Portugal esta vacina tornou-se obrigatória em 1965.
O que se sabe é que a BCG, por um lado atenua o processo inflamatório, por outro oferece proteção quanto à tuberculose, por isso não se pode deixar de ter em atenção a relação entre a BCG e alguns efeitos protetores contra este novo coronavírus. Devemos estar atentos, alerta o Professor. Mas o que temos disponível é o distanciamento social, a lavagem das mãos, e estas, no momento, são as medidas mais eficazes.
Há estudos que demonstram que esta vacina atenua o processo inflamatório que está na génese da doença pulmonar, se este facto se comprovar, reduz a evolução da doença de casos menos graves para casos mais graves.
Há perspetivas de se desenvolverem estudos direcionados, em particular, para a população mais suscetível e para os profissionais de saúde, mas esta vacina não é uma vacina contra a covid-19.
Poderá ver a intervenção do Professor Francisco Antunes na íntegra aqui


