
Comunicar é uma característica comum a todos os seres vivos. É impossível não o fazer. De uma ou de outra forma, independentemente da sua dimensão ou da sua natureza, todos os organismos comunicam. Dentro ou fora dos seus corpos, mais ou menos complexos, sinais químicos, sonoros, verbais ou corporais servem os interesses supremos da vida. Comunicar parece ser, pois, um imperativo da sobrevivência e, mormente, da convivência. Todavia, o que é isso de comunicar? O que é isso a que, nós, humanos, chamamos de comunicação? Como pode ser ela uma necessidade básica à nossa sobrevivência, à boa convivência, e, ao mesmo tempo, ser a causa, pelo menos aparente, de tantos problemas? Como pode a comunicação sucumbir perante as interferências do meio onde ela se faz? Qual o seu verdadeiro poder? Quais as suas fragilidades? Estaremos nós perante uma crise da comunicação? E se sim, como salvá-la? E porquê salvá-la?
Em ciência, para além da proveta comunicação interpares, os cientistas são hoje convocados, cada vez mais, a comunicar com objetivos distintos, para multidões heterogéneas, através de intermediários diversos. Os meios de comunicação, esses, multiplicaram-se, expandiram-se, reinventaram-se. Os meios analógicos convivem agora com um admirável mundo novo de meios digitais proporcionados por tecnologias inéditas que rendilharam o modo e o tempo como comunicamos uns com os outros, e como percecionamos e o compreendemos o mundo. A confiança dos cidadãos na ciência e, por extensão, nos seus representantes, acresce à responsabilidade do saber-fazer o saber-comunicar. No mais recente Flash Eurobarometer 494 sobre as atitudes dos cidadãos em relação às vacinas contra a COVID-19, são justamente os profissionais de saúde aqueles em que os portugueses afirmam mais confiar, profissionais esses comprometidos com um pensamento científico. Ora, este capital de confiança é precioso, sobretudo se tivermos em conta as ameaças de uns tantos projéteis (incomunicação, desinformação, fake news, mentira, pós-verdade) que circulam livremente no espaço público. Conservar esse capital de confiança passa necessariamente pela comunicação. Salvar a comunicação é, neste sentido, salvar a ciência.
Este curso, breve, tem como objetivo expor os participantes aos aspetos básicos e introdutórios da relação entre Comunicação, Ciência e Saúde, em particular nas suas três principais vertentes: comunicação com a sociedade, comunicação com os media e comunicação institucional. Pretende-se ainda transmitir ferramentas úteis ao saber-comunicar, tendo em conta diferentes objetivos estratégicos de comunicação, diferentes tipos de audiência e de intermediários.
Este Curso destina-se a Estudantes do 4.º, 5.º e 6.º ano do Mestrado Integrado em Medicina, Estudantes de Mestrado e Doutoramento e a todos os profissionais de qualquer área científica desde que sejam detentores de, pelo menos, o grau de licenciado.
60 vagas, com mínimo de 20 para funcionamento.
Nota: 50% das vagas são destinadas a Estudantes de Mestrado e Doutoramento do Centro Académico de Medicina de Lisboa.
Pagamento por Transferência Bancária
Santander Totta - IBAN PT50 0018 0000 3666 5472 0018 0
Valor da Propina/Inscrição: 100,00€
(Os Estudantes de Mestrado e Doutoramento do Centro Académico de Medicina de Lisboa estão isentos do pagamento de propina/inscrição).
Nota: Deverá anexar no Formulário abaixo o Comprovativo de Pagamento e o Certificado de Habilitações.
Datas e Carga Letiva
17h00-20h00 | Quartas-Feiras
09, 13, 20, 27 de Outubro e 03 de Novembro de 2021
Metodologia de Ensino
Este Curso assenta na combinação de diferentes instrumentos formativos:
- Exposição Teórica
- Exercícios Práticos
- Visionamento de Vídeos
- Discussão crítica em Grupo
Avaliação e Certificação
Os alunos que pretendam obter creditação de 1,5 ECTS, terão de frequentar 3/4 das Sessões e apresentar um trabalho, sob a forma de ensaio crítico, que verse sobre um tema do interesse do participante e que esteja relacionado com a temática geral do Curso. O trabalho não deve exceder as 10 páginas (excluindo referências bibliográficas), fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5. O trabalho deverá ser entregue por e-mail para ricardoreis@medicina.ulisboa.pt até ao dia 17/11/2021. Os trabalhos serão avaliados pelo corpo docente e as classificações (na escala de 0 a 20 valores) serão comunicadas por e-mail até ao dia 24/11/2021. Aos participantes que optarem por não realizar a avaliação será emitido um certificado de frequência desde que tenham frequentado 3/4 das sessões.
Diretora do Curso
Prof.ª Doutora Cristina Bárbara
Docentes Responsáveis
Mestre Osvaldo Santos
Dr. Ricardo R. Santos
Organização
Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Prof. Doutor Fausto J. Pinto
Diretor
Prof. Doutor J. Melo Cristino
Presidente do Conselho Científico
Prof. Doutor Joaquim Ferreira
Presidente do Conselho Pedagógico