Hospital de campanha vem ajudar a aliviar a pressão dos hospitais de Lisboa
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O hospital de campanha no Estádio Universitário de Lisboa passa, dentro de a uma semana, de um pavilhão que contém 58 camas para um com 150, de maneira a receber doentes com covid-19 encaminhados pelos hospitais de Lisboa e arredores.

Por este hospital de campanha já passaram quase 100 doentes e este alargamento poderá, eventualmente no futuro, acolher doentes que poderiam ir para casa, mas não o podem fazer por falta de condições, além de doentes infectados com o SARS-CoV-2 a precisar de cuidados paliativos.

Das 58 camas, 23 estão equipadas com oxigenioterapia. Este aumento do pavilhão permite, também, aumentar o número de camas com oxigenioterapia, que é agora 23, “para 50 camas, que são as que têm maior procura”, afirma o coordenador do hospital de campanha.

O objetivo é aliviar a pressão dos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo. “Não era o objectivo inicial, mas tudo o que pudermos fazer para aliviar os hospitais é um benefício”, diz ao jornal Público, António Diniz, Médico e coordenador do hospital de campanha, António Diniz.

Este hospital dará apoio aos três centros hospitalares de Lisboa e, também, “ao de Cascais, Garcia de Orta (Almada), Vila Franca de Xira, Barreiro/Montijo. Estamos ao dispor de todos os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo, desde o Centro Hospitalar do Oeste a Setúbal”, explica o médico pneumologista.

Serão integrados novos médicos, enfermeiros e assistentes operacionais para reforçar as equipas, de forma a ter tudo pronto quando iniciarem funções no novo espaço. António Diniz afirmou ao jornal que, “a esmagadora maioria são profissionais dos cuidados de saúde primários e hospitalares, mas também profissionais que estão reformados e outros que estavam fora do sistema”.

O hospital de campanha vai contar com o apoio de estudantes, professores e funcionários de universidades e politécnicos, com pelo menos 18 anos, e que já tenham sido infectados com a covid-19. Irão auxiliar os profissionais de saúde em tarefas de alimentação, higiene e outros cuidados dos doentes, bem como funções administrativas, e serão divididos por dois turnos semanais de 4 horas.