O Professor Miguel Castanho, docente da FMUL e investigador do Instituto de Medicina Molecular (iMM), esteve presente no jornal da TVI 24, onde falou sobre a nova variante do vírus, detetada em Jalisco, no México, e as preocupações que isso traz aos especialistas.
Esta, é já a quarta variante do vírus detetada pelos investigadores mexicanos. “O problema aqui destas novas variantes, é que as diferenças possíveis da constituição são, por vezes, muito pequenas, mas estão em locais críticos para o funcionamento do vírus. Por isso, pode resultar de um vírus com uma funcionalidade, razoavelmente, diferente, mas são pontos críticos para a atuação das vacinas”.
Segundo o Professor, estas novas estirpes aumentam a possibilidade de atualizar as vacinas que já temos.
Questionado sobre se a nova variante do vírus, detetada a 27 de Janeiro, no México, pode ser mais infeciosa do que as outras, o docente afirma que “há a suspeita que esta possa ser mais infecciosa, em relação às variantes originais, tal como é a do Reino Unido”. Refere, ainda, que há semelhanças entre a estirpe do México e do Reino Unido.
Salienta que, é preciso muita atenção a estas variantes, onde quer que ocorram, para rapidamente serem combatidas e prevenir “novas desgraças no futuro”.
A terminar a entrevista, reforça que, enquanto não existir uma imunidade de grupo suficiente, nas várias zonas do mundo, “nós estaremos sempre à disposição de novas variantes que vão aparecendo e, portanto, ninguém está a salvo. Não vale a pena uma zona do mundo disputar muito as vacinas e fazer retenção das mesmas, deixando as outras partes do mundo à sua mercê. È necessário ter uma estratégia global e pensar globalmente.”