ICAM 2024 | Especialistas reunidos para discutir alterações fisiológicas no espaço
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entrada da aula magna da ULisboa

 

O maior congresso internacional de medicina aeroespacial, ICAM, realizou-se em Portugal, durante os dias 3, 4 e 5 e contou com a organização do CEMA. Especialistas de 5 continentes partilharam experiências, dúvidas e avanços nas respostas encontradas na medicina para mitigar as alterações fisiológicas que o ambiente espacial provoca no corpo humano.

Foram apresentados estudos, houve partilha de experiências e três elementos do CEMA fizeram parte dos oradores. Foi no sábado, no Noble Hall, imediatamente a seguir Philip J. Scarpa, um dos nomes grandes da NASA e da medicina aeroespacial, que Duarte Conchinhas subiu ao palco e fez a apresentação do tema “Biomechanics of the human gait on the Moon& Mars”, seguido de Gabriela Alves Rodrigues que partilhou o estudo que fez sobre “Intracranial pressure and SANS: systematic review” e que originou muitas perguntas por parte da plateia. Inês Amaro Catorze levou o tema “Non-invasive methods for measurements of ICP.

 

homem fala para plateia

mulher fala para plateia

fala para plateia

 

Durante os dias do congresso decorreram visitas diárias ao CEMA onde foram demonstrados alguns exercícios e manobras de reanimação, com a particularidade de serem praticadas em ambiente espacial o que exige manobras diferentes. Existe até um com o nome de uma professora da FMUL: Evetts- Russomano Method, por ter sido por ela criado.

 

repórter de camâra filma homem numa passadeira de microgravidade

 

 

No CEMA há ainda a passadeira de microgravidade que simula o ambiente vivido na lua e em Marte, onde Duarte Conchinhas simulou o andar e a corrida ao mesmo tempo que explicava o que estava a acontecer no seu corpo.

Fazer suporte básico de vida em gravidade 0 exige manobras muito especificas aqui demonstradas pelo Francisco Santos.

 

homem a fazer exercícios

 

 

Para contrariar a enorme perda muscular dos astronautas, foram simulados alguns exercícios físicos, com o recurso a muita imaginação, que podem ser praticados no espaço. Uma vez mais Duarte Conchinhas fez as honras da casa e equipou-se a rigor, desta feita com um arnês e preciosa ajuda de Nelson Vinagre, para que os abdominais surtam o efeito desejado.

 

homem a fazer exercícios

 

 

O ambiente espacial e os danos no corpo humano

 

homem fala para a câmara de televisão

 

 

Edson Oliveira durante a entrevista dada à TVI mencionou a enorme importância que tem para Portugal que este 2º congresso se tenha aqui realizado e destacou o papel do CEMA na investigação e na procura de respostas para mitigar as alterações fisiológicas que ocorrem no espaço. A atrofia muscular, a descalcificação exagerada que leva à osteoporose, a exposição a radiação que deixa consequências a muitos níveis nomeadamente no nervo ótico e nas células do hipocampo, as cataratas precoces entre tantas outras que merecem a atenção da equipa CEMA que aos poucos tem atraído as atenções para Portugal e captou a atenção de Philip J. Scarpa, com os trabalhos dos três elementos do CEMA.

 

homem fala para plateia

 

 

Foram cerca de 900 os participantes deste congresso que reuniu peritos de todo o mundo e concentrou os temas “espaço e medicina” na capital portuguesa. Sem dúvida que esta é uma forma de atrair as atenções para o que aqui se faz e para as condições geográficas que o território tem e que podem ser aproveitadas para a construção de simulacros.   

 

pessoas no palco

homem a falar ao microfone

 

Durante os 3 dias do congresso estiveram cá as instituições que estão atualmente a regulamentar e a dar cartas no mundo, nesta área.  De realçar ainda que estiveram representados todos os continentes à exceção da Antártida e que Portugal pode ser pequenino, mas recebeu enormes elogios à organização deste primeiro congresso organizado com o cunho português.  

 

plateia a assistir

 

 

Pode ver a reportagem da TVI AQUI