Os nossos, na primeira pessoa (Parte III)
Share

É de Lisboa e chama-se Inês Carmo Ferreira, terminou agora o 1º ano do Mestrado Integrado em Medicina.

A pensar nos futuros alunos que pensam escolher a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, pedimos aos nossos estudantes que nos relatassem o que foi viver o primeiro ano académico diante de uma pandemia. Que dificuldades sentiram, o que mais os marcou e como se atravessam alguns momentos que nem sempre são facilmente geríveis, foi o que pedimos para refletirem.

E eles assim o fizeram, com o propósito de inspirar e ajudar os que agora chegam.

menina de óculos em pé

➡️ A entrada na Faculdade no curso de Medicina foi desde sempre algo com que sonhei.


➡️Idealizei a receção na primeira semana, a praxe, as festas e os convívios, como seriam as aulas num auditório cheio com 300 alunos...
 

? Como foi este primeiro ano na FMUL?

"Entrar como caloira num ano em que a pandemia forçou a que o ensino presencial transitasse para o virtual acabou por me obrigar a gerir as expectativas que tinha em relação a este, e penso que essa foi a maior dificuldade que encontrei.

A minha entrada na FMUL foi sem dúvida uma grande mudança e o meu primeiro ano foi mais atribulado do que tinha idealizado. 

No primeiro semestre conseguimos ter bastantes aulas presenciais o que ajudou a lidar com a exigência do curso e a conhecer mais pessoas. No segundo semestre, como fomos forçados a regressar a casa, o curso foi mais desafiante porque me obrigava a ficar concentrada durante várias horas no computador à minha frente. Apesar disto, também existiram vantagens, porque ao passar a maior parte do tempo em casa consegui fazer uma melhor gestão do meu tempo e pude contar com a companhia constante da minha família.

Considero que foi um grande ano porque me desafiou diariamente, permitiu-me aproveitar cada momento semelhante à realidade pré-pandemia da melhor forma e fez-me ansiar ainda mais pela vivência de tudo o que a faculdade e a vida académica têm para oferecer".

? Conseguiste criar amizades com os novos colegas?

"Tive desde o início o apoio incrível da minha mentora e de amigos mais velhos que me ensinaram a sobreviver ao curso. Depois, fui conhecendo alguns colegas que passaram a amigos próximos e que tornaram este primeiro ano muito melhor. Não tivemos as festas, mas não dispensámos as noites de convívios, mesmo que isso implicasse muitas chamadas zoom e alguma criatividade.

No princípio pode parecer complicado conhecer pessoas novas, mas num universo com tantos alunos como a nossa faculdade é impossível não encontrarmos alguém com quem nos identifiquemos.

Medicina é indissociável das inúmeras horas passadas a estudar mas ironicamente foram essas tantas horas que me permitiram conhecer mais pessoas. No segundo semestre, as salas de estudo da faculdade encheram-se com caloiros do 20-26 e portanto conheci muitas pessoas com quem nunca me tinha cruzado nas aulas presenciais. Algumas das minhas amizades mais próximas surgiram mesmo das pausas (talvez demasiado longas) entre estudos no piso 3, dos risos aos almoços e de uns quantos momentos de desespero com os exames".  

Inês Carmo Ferreira ? Lisboa ? 1º ano do Mestrado Integrado em Medicina

Na Newsletter da FMUL de setembro, recuperamos o testemunho completo da Inês.

Até lá, boa sorte a todos os que se estão a candidatar ao Ensino Superior. Cá vos esperamos! ?