Espaço Aberto
Luísa Lopes, investigadora (IMM), em entrevista ao Jornal I
A Neurocientista Luísa Lopes, investigadora do Instituto de Medicina Molecular, deu uma entrevista ao Jornal I, onde nos fala de como a neurologia pode ajudar a compreender a forma como o cérebro processa emoções como o amor.
«O que sabem as neurociências sobre o amor?
É uma emoção que gera um padrão de actividade no cérebro que começamos a perceber. Mas não conseguimos de modo nenhum explicar biologicamente porque amamos uma pessoa ou outra ou porque é que algumas pessoas gostam umas das outras durante 20 ou 30 anos e outras não. Mas há um facto engraçado: já se conseguiu perceber que é mesmo possível uma pessoa sentir-se apaixonada 20 anos depois pela mesma pessoa.
Como?
Hoje em dias as neurociências utilizam a chamada ressonância magnética funcional, que foi uma inovação fantástica em termos tecnológicos e permite olhar para o cérebro humano enquanto está a funcionar, em vez de dependermos apenas dos estudos com animais. Num estudo em particular participaram pessoas com relações estáveis e que se diziam felizes e apaixonadas. Eram-lhes mostradas imagens do parceiro, de membros de família e de pessoas com as mesmas características físicas do companheiro mas que não conheciam. Os resultados mostraram que quando viam a imagem do cônjuge, e em mais nenhuma circunstância, eram activadas as mesmas áreas do cérebro de quando se está apaixonado pela primeira vez. Portanto é possível sentir paixão ao fim de 20 ou 30 anos.»
Leia a entrevista completa aqui.
fonte: Jornal I (Texto: Marta Reis / Foto: Ana Brígida)