O título é apenas uma das muitas frases da entrevista que o investigador Bruno Miranda deu hoje a uma equipa de reportagem da SIC que veio à Faculdade de Medicina. O intuito deste trabalho, segundo explicou o jornalista Luís Manso, é o de falar sobre a IA, o cérebro e a simbiose entre ambas.
Foram feitas algumas imagens no edifício Reynaldo dos Santos na sala onde está uma das melhores máquinas de ressonância magnética do país, Centro de Bioimagem da FMUL, e onde foi explicado todas as potencialidades dos estudos que aí estão a ser desenvolvidos.
De seguida, o Museu Egas Moniz era o destino e foi aí que decorreu a entrevista que arrancou com a pergunta óbvia: o que é o cérebro e como funciona? Uma resposta difícil devido à complexidade biológica e à as redes de neurónios e circuitos que comunicam entre si.
Ladeados por muitas imagens radiográficas que são pedaços de história da vida de Egas Moniz, e dos procedimentos que desenvolveu, e que ainda estão a ser utilizados, falou-se de Inteligência Artificial, IA, do projeto Emotional Cities, algoritmos e capacidade de “aprendizagem” da IA. Se ainda não conhecemos o cérebro no seu todo, será legitimo ambicionarmos desenvolver a IA? alimentam-se numa simbiose perfeita?
Mais do que assustar a “ciência é crescer e melhorar a vida das pessoas” disse o investigador, enquanto explicou como sendo “um processo construtivo em que se assenta tijolos, sob tijolos” e se vai construindo conhecimento.
Futuramente teremos máquinas superinteligentes que podem ser ameaças? E a consciência, vai ser possível replicar o cérebro a esse nível? Muitas perguntas a que o neurocientista Bruno Miranda respondeu e que poderão ser ouvidas quando a Grande reportagem for emitida, em meados do próximo ano.