Art and Science Talk
Share

Na quinta feira foi dia de mais uma conversa sobre Art & Science Talk! A oradora foi Catarina Pombo Nabais, investigadora na Faculdade de Ciências da universidade de Lisboa que fez uma viagem pela história das tatuagens.

A existência de corpos tatuados é milenar e foram encontradas provas na Pérsia, Ásia ou África. O exemplo, de uma estátua feminina com o “corpo” tatuado, como símbolo de fertilidade, mostra-nos uma ideia de medicina muito primária e básica, que podemos chamar de medicina mágica.” A verdade é que “têm uma relação surpreendente, ambas trabalham o corpo. A tatuagem é uma prática milenar de glorificação do corpo e a medicina é uma prática do corpo.”

 

oradora sessões Blend

Partilhou informação e fotografias que foram tiradas entre 1910 e 1940, quando foi feito um arquivo fotográfico de pessoas tatuadas. Os desenhos no corpo eram na sua maioria de caráter religiosos e amoroso. Isto nos homens, porque as mulheres exibiam apenas iniciais que correspondiam, quase sempre, ao nome dos companheiros. “Uma espécie de marca que era feita, quase sempre, a pedido deles. Sabe-se que era assim porque, para além das fotografias, as pessoas respondiam a um questionário. Esta era uma forma de controlar grupos considerados marginais.”

 

sessões Blend

Atualmente as tatuagens também sofreram um up grade e já as temos de várias formas e com vários conteúdos. Olga Noronha, criou próteses personalizadas que podem conter várias inscrições. Existem também tatuagens que, ligadas ao telemóvel ou ao computador, permitem ter aceso a uma imagem, informação ou som. Serão elas arte ou forma de controlar uma sociedade? Fica a pergunta!