Alunos das Caldas da Rainha visitam CAML
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Alunos visitam teatro anatómico

Recebemos um grupo de estudantes da Escola Secundária Raúl Proença, que vieram de visita ao Centro Académico de Medicina de Lisboa, CAML. Alunos de 12º ano da vertente científica, tiveram oportunidade de visitar o iMM e contactar com a área da investigação.

 

visita de estudo

Seguiram para o Teatro Anatómico onde já os aguardava a Professora Lia Neto. Numa visita guiada, partilhou com os alunos que vinham acompanhados pelos professores Carlos Pires e Paula Martins, que ensinam Química e Biologia respetivamente, algumas histórias que enchem as salas e as prateleiras daquela ala da Faculdade. Começamos pelo princípio; A sala onde estão expostos os crânios que fizeram parte de uma área da medicina que, entretanto, perdeu importância: a frenologia. Pergunta se alguém sabe de que se trata, mas o silêncio é revelador. Esta área científica acreditava que as características do crânio determinavam comportamentos. Claro que hoje em dia sabe-se que “não faz sentido nenhum” adiantou a Professora Lia Neto. Seguiram para a sala ao lado, onde estão 3 impressoras 3D. Nessa altura já o Pedro Henriques se lhes tinha juntado. Explicam para que servem os modelos e alguns estão em cima de uma mesa, expostos, para que os alunos os possam observar.

visita de estudo

Passam para a sala principal do Teatro Anatómico. Pedro explica algumas técnicas de conservação de cadáveres e mostra-lhes algumas peças sujeitas a esses processos e que são usadas como objeto de estudo pelos alunos do MIM e da LCN.

visita de estudo

 

 

Os Cinco

 

os cinco
Ana Rita Barros, João Coutinho, Mariana Rodrigues, Maria Carolina Lalanda e Joana Duarte.

 

No meio destes 21 alunos que vieram das Caldas da Rainha há um grupo de cinco que pensa na medicina como uma hipótese de futuro. Ana Rita Barros tem 17 anos e uma média de 19.9. A medicina interessa-lhe, mas a educação é outra área que a fascina. A Maria Carolina Lalanda, 18 anos, sente um grande fascínio pela matemática e pela área aeroespacial por isso está dividida entre a engenharia e a medicina. Ficou satisfeita por saber que na FMUL existe o Centro de Estudos de Medicina Aeroespacial, CEMA que pode ser uma hipótese a considerar e que desconhecia. A Mariana Rodrigues, 17 anos, não tem certeza de conseguir entrar em medicina porque as médias são muito altas e a matéria para estudar para os exames é tanta que “às vezes as coisas correm mal. É difícil controlar.” Os restantes concordam! As médias são altíssimas. A Joana Duarte, 18 anos, está mais perdida ou pelo menos, partilha mais facilmente as dúvidas que tem. Quase todas as pessoas que conhece que são médicas, sentiram essa vocação desde muito cedo “e não é o meu caso”, revela ainda sem grandes certezas para o futuro. Um pouco envergonhada partilha que “gostava mesmo de fazer autópsia forense”, mas não sabe exatamente porquê, “talvez o fascínio da investigação e também porque quando lidamos com um paciente, se alguma coisa corre mal…aqui os riscos são menores”. O único rapaz do grupo chama-se João Coutinho e tem 17 anos. Adora desporto e faz competição. Tem a certeza que se entrar no curso de medicina vai deixar de competir. Como o gosto pelo desporto é muito grande, gostaria de aliar a medicina e o desporto. Gostaram muito da experiência que tiveram neste dia chuvoso e talvez voltem no Open Day.

Seguiu-se ainda uma visita ao Anfiteatro Professor António Serrano que arrancou grande emoção aos alunos. Acharam o espaço fascinante, sentaram-se e tirar fotografias para mais tarde recordar.

alunos num anfiteatro

No final todos os alunos estavam visivelmente satisfeitos e, os cinco que ponderam seguir medicina, saíram com um brilho no olhar. A visita ao CAML foi muito interessante e adoraram poder ter contacto com aquela realidade que um dia, quem sabe, pode ser vir a deles.