21 de junho: Dia Mundial da Esclerose Lateral Amiotrófica
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A Esclerose Lateral Amiotrófica, (ELA) é uma doença neurológica, degenerativa, progressiva e rara, que afeta na mesma proporção homens e mulheres. As causas que levam ao surgimento da doença não são totalmente conhecidas, mas 5 a 10 por cento dos casos é de origem hereditária.  Estima-se que em Portugal haja entre 900 a 1200 pessoas com esta doença. 

Os doentes que sofrem de ELA sentem todos os músculos do seu corpo cada vez mais fracos, cansam-se mais facilmente e queixam-se de movimentos involuntários, fadiga e cãibras. Mas a principal preocupação prende-se com o aparelho respiratório, uma vez que a insuficiência respiratória é a principal causa de morte.

Quais as formas de apresentação inicial da doença?

A forma Medular é a mais frequente e caracteriza-se por envolver os músculos dos braços ou das pernas. O doente queixa-se por sentir dificuldade na marcha ou em abotoar os botões, devido à fraqueza nas mãos. 

A Bulbar manifesta-se por existir dificuldade em articular as palavras (disartria), ou dificuldade em mastigar e engolir (disfagia);  

A Respiratória é quando existe falta de ar (dispneia) durante o esforço físico ou mesmo em repouso. A tosse pode ser deficiente, com dificuldade em eliminar a expetoração; 

A Axial quando a fraqueza muscular envolve músculos do pescoço ou do dorso, bem como desequilíbrio durante a marcha;

A Difusa quando é difícil localizar os primeiros sintomas por haver, desde o início, queixas em todo o corpo.

Pode não existir envolvimento de neurónios relacionados com o controlo de outros músculos, como o músculo cardíaco ou o músculo liso (presente, por exemplo, no estômago, no intestino ou na bexiga) e na generalidade não há envolvimento de neurónios relacionados com a sensibilidade, a visão, a audição, o olfato ou o gosto;

Por regra as funções nervosas superiores não se encontram comprometidas, nomeadamente a memória e a inteligência, mas em cerca de 10 por cento dos casos pode haver manifestação de demência.

Qualquer pessoa pode vir a sofrer de ELA e, após o diagnóstico, a sobrevida média da doença varia entre os 3 e os 5 anos, mas há casos de progressão mais lenta em que a taxa varia entre os 10 e os 15 anos.

 

 

Fonte: Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA)