Chamam-lhe Blue Monday.

A segunda-feira, da terceira semana de janeiro que é considerada a mais triste de todo o ano. Este ano acontece precisamente hoje, dia 17.

Dia criado por uma estratégia de marketing, ou com algum fundamento mais simbólico que comprovado, facto é que psicologicamente janeiro marca o começo de um novo ano e de novas metas propostas e porventura ainda não realizadas. E se as segundas recordam habitualmente os começos de dias de trabalho, associado ao mês que também ele parece ser o mais longo do ano, a ansiedade pode ser uma das causas inerentes à data.

As festas e celebrações terminadas e a sua falta de perspetiva de concretização de novos sonhos, os excessos alimentares e financeiros, assim como alguma precaridade salarial associada ao aumento dos impostos a cada ano, podem ser ainda outras das razões associadas que terminam neste culminar mais depressivo.

A pandemia não parece ser agora tema que se possa dissociar desta Blue Monday que passou a agravar com o isolamento forçado de tantas pessoas e que dura intermitentemente há mais de dois anos.

Considerado pelos especialistas da Saúde Mental como data com ou sem fundamento de ser assinalada, o nosso propósito prende-se com outra mensagem que não queremos deixar hoje passar em claro, “não é uma vergonha se não estiver sempre feliz”.

Celebremos assim a data simbólica que, mais do que inspirar à tristeza, nos relembra que somos todos feitos de estados, um deles de tristeza. E assumir a vulnerabilidade de um período mais triste, pode ser o primeiro passo para ter uma segunda-feira mais amarela. Feliz.

Boa semana!

Fonte: https://www.newsweek.com/blue-monday-2022-date-depressing-day-year-1667319