Receitas renováveis podem prevenir doenças vasculares cerebrais
Share
Conjuntos logotipos

Em carta enviada à Ministra da Saúde e Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, assim como ao Presidente da Autoridade do Medicamento em Portugal (INFARMED), a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, emitiram um comunicado público para que “os anticoagulantes orais diretos (tecnicamente designados por DOACs ou NOACs) possam ser prescritos em receita renovável para os doentes com fibrilhação auricular”.

Estes doentes em concreto necessitam de estar cronicamente anticoagulados para prevenir acidentes vasculares cerebrais (AVC). É precisamente nos casos de doentes com fibrilhação auricular que os fármacos DOACs/NOACs estão indicados e comparticipados, garantindo assim múltiplas vantagens clinicas. Contudo, a sua prescrição apenas permite a emissão de receitas não‐renováveis e cuja validade dura apenas um mês, colocando em causa a adesão à terapêutica em alguns doentes.

Nesse sentido, e tendo fundamentado todos os seus argumentos com base científica, a FMUL e a SPC alertam para o risco que correm estes doentes, se não se alterarem as modalidades de prescrição, assim como sensibilizam que “é necessário libertar os profissionais de saúde para as tarefas essenciais, evitando renovações de prescrição frequentes e desnecessárias”, algo que pode ainda potenciar nestes doentes mais riscos colaterais nesta fase de pandemia.

A fundamentação para a defesa desta posição pode ser lida na íntegra, aqui.