Professora Emília Valadas contribui em “Opinião Pública” na SIC Notícias
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A Professora Emília Valadas foi convidada do programa “Opinião Pública”, na SIC Notícias, para analisar a segunda fase de mitigação da pandemia de Covid-19 que agora tem início, fase essa em que já não é possível seguir o rasto à cadeia de transmissão disseminada na comunidade. Portugal entra, assim, na fase mais crítica da doença em que, face ao maior número de pessoas infetadas, todas as unidades de saúde, públicas ou privadas, têm de estar preparadas para receber casos confirmados de Covid-19.

Note-se que, Lisboa, Porto e Aveiro concentram o maior número de casos, encontrando-se por isso em alerta laranja. Nos hospitais de norte a sul do país, alteram-se agora procedimentos e alargam-se os testes para todos os casos suspeitos, definindo-se prioridades para o caso de não haver testes suficientes.

Num espaço televisivo de esclarecimento de dúvidas dos cidadãos, Emília Valadas ajudou no “combate à desinformação com conversas claras e concisas”, reforçando, entre outras matérias, que “as medidas que estão a ser tomadas agora são as únicas que podíamos tomar” e nenhum sistema de saúde no mundo estava preparado para um cenário como o que se revela com a atual pandemia. “Mesmo os mais bem preparados”, adiantou, destacando o exemplo alemão, em que o número de mortes tem sido inferior aos países vizinhos, devido “em parte, à disciplina das pessoas”. “Nós somos mais indisciplinados. Nós até podemos discordar das regras, mas nesta altura temos de aceitar que a única coisa que podemos fazer é ficar em casa e evitar ao máximo o contacto com outras pessoas”.

Emília Valadas referiu que “estamos todos a martelar a curva na tentativa de fazê-la descer e esta situação que estamos a viver não é inesperada”, reiterando que “a quarentena deve ser obrigatória e os testes devem ser feitos na medida do possível”. Considerando a probabilidade de 70% da população portuguesa ficar infetada, é crucial “ganhar tempo com as medidas implementadas hoje e nas últimas semanas” para que os casos positivos não se concentrem num período de tempo ínfimo, “de forma a não sobrecarregar os sistemas de saúde”. “Se tivermos muita gente infetada esta semana, vamos precisar de muitos internamentos esta semana, não temos, ninguém tem. O único bom conselho que se pode dar às pessoas é ficar em casa”, acrescentou. “Nós estamos a lidar com muita gente que pode transmitir e transmite o vírus, mas que não tem nenhum sintoma e esse é o principal problema desta pandemia”.

Mantém-se a incerteza face à questão que todos querem ver respondida: quando é que tudo voltará ao normal. A única e mais sólida certeza é a de que “devemos e vamos fazer o nosso melhor”.

 

Consulte aqui e veja o programa na íntegra.

 

uma cama de hospital e uma mulher em video conferencia
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