Em declarações à agência Lusa, o Professor Thomas Hanscheid alertou para a fiabilidade dos testes rápidos para detetar a infeção por covid-19. Para alcançarem uma eficácia de 95% no rastreio da doença, os testes devem ser moleculares e operados por técnicos especializados, afirmou o Professor de Microbiologia em entrevista.

"Há empresas que conseguiram miniaturizar os testes moleculares realizados em laboratório, com capacidade para os colocar no mercado, mas os testes com qualidade são caros e não é só mandá-los para as escolas e para os lares. Não é qualquer pessoa que o pode realizar, como um teste de gravidez", declarou.

O Professor alertou também para os custos elevados dos novos testes moleculares rápidos, esclarecendo que "o teste molecular vai amplificar o gene do vírus e é claro que funciona muito melhor".

Reconhecendo que o recurso a testes rápidos é uma tendência útil em diversas circunstâncias, para além de quando bem aplicados, "podem ajudar muito", o Professor Thomas Hanscheid denotou a falta de clareza na forma como estão a ser usados no rastreio da covid-19.

À Lusa, o Professor prestou outros esclarecimentos sobre os testes rápidos e apelou à cautela na escolha e na aplicação deste tipo de rastreio, numa notícia para ler na íntegra aqui.