Prof. Luís Graça alerta que testes rápidos podem "dar uma segurança que não é real"
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A propósito do aumento da procura de testes rápidos, bem como de testes PCR, no período que antecede o Natal, Luís Graça, Professor na FMUL e Investigador Principal no iMM, afirmou em entrevista à SIC Notícias que os testes podem "dar uma segurança que não é real".

Luís Graça explicou que no caso de uma pessoa ser infetada, ainda vai demorar alguns dias até que o vírus se reproduza nas células e "chegue a uma quantidade suficiente para ser detetada pelos testes". Daí o alerta, também emitido pelas autoridades de saúde, de que "Os testes são muito úteis para dar informação em relação ao momento em que o teste é realizado, mas podem dar uma sensação de segurança que não é real".

Ainda sobre o mesmo tópico, Luís Graça reiterou uma mensagem importante: "devemos ter muito cuidado e respeitar com as outras medidas que evitam a transmissão e não podemos confiar apenas que o teste é a solução para não cumprirmos as medidas".

Na entrevista ao Jornal das 7, Luís Graça comentou também a relação entre imunidade e vacinação. Salientou que a imunidade de grupo só acontece quando "cerca de 60% ou 70%" da população estiver vacinada, deixando também o alerta de que a vacina contra a covid-19 não permite ter uma imunidade a partir do momento em que é administrada. "As vacinas não permitem ter uma imunidade a partir do primeiro dia", esclareceu, acrescentando que “As pessoas quando receberem a vacina têm de ter consciência que ainda podem ser infetadas e ainda podem transmitir essa infeção. É por isso importante manter as precauções que evitam a transmissão do vírus, distância de segurança, uso de máscara e outras medidas".

Veja aqui a entrevista na íntegra.