Já são conhecidas as distinções de 2020, pelos Prémios Pfizer, considerados os mais antigos (desde 1956) em Portugal, no âmbito da Biomedicina.
No campo da investigação clínica, o prémio, no valor de 25.000 euros, foi atribuído à equipa liderada pelo Professor Miguel Prudêncio, do iMM João Lobo Antunes, no âmbito da investigação que culminou na testagem de 24 voluntários saudáveis com uma potencial vacina contra a malária. Verificou-se que a carga pelo parasita “Plasmodium” no fígado reduziu em 95%. Segundo Miguel Prudêncio “a eficácia da potencial vacina terá de ser testada com doses mais elevadas, administradas por injeção (e não submetendo os voluntários a picadas de mosquitos contendo o parasita que causa a malária em roedores, mas inofensivo para humanos, e que no ensaio inicial foi geneticamente modificado para conter uma proteína do parasita da malária humana)”.
No campo da investigação básica foram ainda premiados 2 projetos, tendo sido atribuído a cada um deles a quantia de 12.500 euros.
A equipa liderada por Henrique Veiga-Fernandes, do Centro Champalimaud, cujo o trabalho se debruça sobre a probabilidade de desenvolvimento de inflamações intestinais em pessoas que ou trabalham à noite ou com fuso horário irregular, pois “há células do sistema imunitário que contribuem para a saúde intestinal que deixam de receber informações vitais do cérebro”.
Premiada na área da investigação básica, foi ainda a investigadora do iMM João Lobo Antunes, Julie Ribot que, através do estudo com ratinhos, descobriu “que as células T gama delta - um subgrupo de células imunitárias que produz uma molécula, a IL-17, e reside nas meninges cerebrais, que controlam a memória de curto prazo”.
Fonte:
RTP Notícias