“Prémio Faz Ciência 2022” conta com Bruno Silva-Santos na Comissão de Avaliação
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Prémio atribui bolsa a investigadoras da Fundação Champalimaud cuja investigação incide sobre o meduloblastoma 

O “Prémio Faz Ciência 2022” é uma iniciativa da Fundação AstraZeneca e da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), que distingue projetos de investigação nacionais na área da oncologia. Este ano o trabalho “Balance”, cuja área de investigação recai sobre um dos tumores cerebrais malignos mais comuns nas crianças, o meduloblastoma, foi o vencedor e conquistou uma bolsa no valor de 35 mil euros.

O estudo será realizado por Adriana Sánches-Danés. Patrícia Borges e Raquel Soares, especialistas da fundação Champalimaud. 

O trabalho, a que as investigadoras deram o nome “Balance”, tem como objetivo “descobrir até que ponto o cérebro em desenvolvimento é plástico e capaz de compensar as perturbações causadas pela formação de um tumor, mantendo o seu desenvolvimento e as funções normais.” Segundo as investigadoras, este estudo irá também “fornecer os primeiros insights sobre os mecanismos compensatórios usados pelo cérebro em crescimento para garantir um correto desenvolvimento.” De salientar ainda, que estes “mecanismos” “podem levar ao encolhimento do tumor, abrindo caminhos promissores para o desenvolvimento de novos tratamentos para doentes pediátricos.

Este ano o concurso “Faz Ciência” recebeu 26 projetos a candidatura, tornando-se na edição mais concorrida de sempre. 

Os projetos candidatos ao prémio foram avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco especialistas na área da Oncologia: Ana Raimundo, ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia e presidente do júri; Bruno Silva-Santos, vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Cláudia Vieira, vogal da Sociedade Portuguesa de Oncologia e investigadora do Centro de Investigação do IPO do Porto; José Carlos Machado, vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e Nuno Bonito, vogal da Sociedade Portuguesa de Oncologia e coordenador de Equipa Multidisciplinar de Cancro Digestivo do IPO de Coimbra.