Os efeitos da glicose no tratamento do cancro com células imunitárias
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Foi publicado na revista Nature Immunology um estudo desenvolvido pela equipa de investigação liderada pelo Prof. Bruno Silva Santos, do iMM JLA, que revela que a glicose adicionada a linfócitos T gama-delta (células imunitárias), preparados em laboratório para serem utilizados como terapia para o cancro, faz com que tenham “uma capacidade anti-tumoral bastante aumentada, inibindo o crescimento tumoral”.

“Não se trata de uma ‘dieta’ rica em açúcar! Esse tipo de alimentação ajudaria também o tumor a crescer, pelo que não é recomendável”, revelou o Professor à Lusa.

O mesmo estudo revelou ainda que, “altas concentrações de colesterol favorecem funções imunitárias pró-tumorais, a produção de moléculas que ajudam o tumor a crescer”.

A equipa de Bruno Silva Santos estudou o metabolismo dos linfócitos T gama-delta, cultivados em laboratório e monitorizou o“seu impacto na multiplicação e produção de moléculas essenciais para a resposta a tumores”, tendo posteriormente injetado estas células em ratinhos com cancro da mama e cancro colorretal, acompanhando o desenvolvimento ou crescimento do tumor.

Os linfócitos T são gerados no timo, uma glândula situada acima do coração,incluindo os linfócitos T gama-delta. Estes recebem instruções sobre “a correspondência entre glicose e funções anti-tumorais e entre colesterol e funções pró-tumorais”.

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