Perante o novo record diário que ultrapassou os 2 mil casos, em menos de 24 horas, Miguel Castanho manifestou, em entrevista à TVI24, surpresa no aumento exponencial de casos sem termos chegado ao pico do inverno. De acordo com as palavras do Professor da FMUL e Investigador do iMM, “Aconteceu mais cedo do que o esperado”.

O bioquímico aproveita ainda o momento para comentar o fato de haver um grande foco na remediação e não nas medidas para travar o contágio, que poderiam ter impacto direto na curva epidemiológica. Relativamente às 8 medidas anunciadas, ontem pelo Governo Português, Miguel Castanho refere que as medidas deveriam ser pautadas por critérios mais assertivos e não generalistas e ou proibicionistas - que levantam dúvidas à população, levando à falta de adesão.

Sobre a vontade do Governo de António Costa tornar obrigatório o uso de máscara em espaços públicos, sempre que for impossível manter o distanciamento social, e a utilização da app Stay Away Covid, o Professor refere ser “curioso ter havido uma campanha intensa de divulgação da app e não do uso correto de máscaras”. Veja mais aqui.

Já sobre os avanços e recuos das farmacêuticas, especialmente da Johnson & Johnson, no que toca ao desenvolvimento de uma para vacina para a Covid-19, tema abordado no canal Sic Notícias, o Professor destaca ainda que as pausas forçadas não comprometem o desfecho, pois de acordo com as palavras do próprio: “são o pão nosso de cada dia de quem desenvolve medicamentos e vacinas”, mas comprometem o calendário. Também na opinião do especialista seria interessante conhecer o motivo pelo qual a farmacêutica suspendeu o desenvolvimento da vacina. Saiba mais aqui.