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I Sessão NeuroSeS
A primeira sessão dos encontros NeuroSeS (em Neurociências de Translação) contou com a participação de 50 pessoas e uma enorme variedade disciplinar entusiasta de neurobiólogos, imunologistas, neurologistas, neurocirurgiões, neuropatologistas, biólogos computacionais, engenheiros informáticos e neurofisiologistas.
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A discussão versou sobre o tema “Novos modelos pré-clínicos para a doença de Alzheimer”. Destacaram-se os seguintes pontos:
- Existem múltiplos modelos animais para a doença de Alzheimer, desde organismos mais simples como C. elegans ou Drosophila, passando pelo peixe-zebra, lampreia, porco ou carneiro, roedores e primatas não humanos.
- Os modelos mais utilizados - de roedores - têm desempenhado um papel fundamental na descrição dos mecanismos patofisiológicos da doença, mas possuem limitações intrínsecas, nomeadamente na incapacidade em reproduzir as características patológicas das formas não-familiares (não genéticas) da doença, que são as mais prevalentes, e na ausência de variáveis ligadas ao envelhecimento, o maior fator de risco para a doença de Alzheimer.
- As estratégias para desenvolvimento de novos modelos baseados em genes que constituem fatores de risco para estas formas esporádicas, numa iniciativa lançada pelo NIH (ver em model-ad.org), poderão ser promissoras.
- Foi consensual a necessidade de adaptar as análises de fenótipo (nomeadamente ensaios de comportamento e imagiologia funcional nos modelos animais) aos testes utilizados em pacientes no intuito de melhorar a capacidade de translação.
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Fontes de informação adicional:
- Gotz et al (2018) Rodent models for Alzheimer disease, Nature Rev Neurosci 19, 583–598
- Youssef et al. (2016) Pathology of the aging brain in domestic and laboratory animals, and animal models of human neurodegenerative diseases
- www.alzforum.org/research-models/alzheimers-disease
- model-ad.org
A organização destes encontros conta com o apoio da Roche, o qual muito agradecemos.
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Luísa Lopes
Cláudia Faria