O curso de 1980-86 da Faculdade de Medicina de Lisboa marcou encontro e disse presente na noite de 12 de Novembro num memorável Jantar alusivo aos 35+1 anos da licenciatura.
Escolhendo como cenário a sede da Ordem dos Médicos em Lisboa, o evento reuniu cerca de 125 colegas num ambiente que extravasou todas as expectativas recriando um clima de celebração intemporal de cumplicidade e afeto. Deixou marcas indeléveis de entusiasmo incontido para o agendamento da seguinte e desejavelmente próxima ocasião de reencontro. Foram indisfarçáveis os momentos de memória e nostalgia na homenagem aos companheiros que partiram. Na foto de conjunto todos e todas vestiram a camisola idealizada para o acontecimento, igualados na dimensão e no pretexto de estarmos unidos num propósito irrevogável de sentirmos saudades do futuro. Nada terminou, antes germinou um forte e determinado objetivo de retomar a iniciativa apenas possível com o inabalável empenho da Emília Valadas e do António Martins Baptista.
Até sempre.
Vítor Augusto
Jantar de curso na Ordem depois do enorme entusiasmo das centenas de mensagens no grupo
de WhatsApp. Passada a inércia e a pandemia fazia-se tarde. 35+1 para não esperar pelo próximo ano, urgente voltarmos a estar uns com os outros, pelo tempo passado, pelos anos perdidos, pelos colegas que tristemente já não estão entre nós. Desenharam-se as t-shirts, mostraram-se os talentos para oferecer, os que pintam maravilhosamente, os que descobrem e fotografam a beleza da vida, os que sabem música e não se importam de tocar para todos. E mais uma vez o re-encontro: que é feito de ti não te via há séculos, olha que estás exatamente igual, o tempo a passar e não mudaste nada, por onde tens andado, o que é a tua vida. Gosto tanto de estar contigo outra vez. Encontro de irmãos. As conversas retomadas onde tinham ficado, as memórias do que foi e do que tínhamos sonhado. Fotografias, abraços, sorrisos, saudades, velhos amigos como tesouros guardados, família.
35+1 e parece que foi ontem. Não fora o tanto que se passou com cada um de nós, caminhos separados e lugares distantes e pareceria que foi ontem. Não tivessem sido as muitas angústias em que nos cruzámos e fraternalmente nos ajudámos. Não tivéssemos sido tantas vezes uns para os outros a mão que se dá. Como leu o Tó-Zé, “o velho amigo nunca perdido, sempre reencontrado”.
Inês Leal