Pedro Sousa é mais um dos novos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Vem do Porto, cidade natal onde sempre viveu com a irmã e os pais.
Sempre quis ser médico e foi sempre bom aluno, mas nem mesmo esse mérito lhe garantiu uma entrada na Faculdade de Medicina, à primeira. Frequentou o curso de enfermagem e, no ano seguinte, foi para bioquímica. Confessa, “não tinha grande esperança em entrar este ano” e, por isso estava já a planear um plano B. “Pensei em fazer o curso até ao fim e candidatar-me, posteriormente, já como licenciado.” Mas, não foi preciso.
É o primeiro na família a seguir este curso, está a desbravar caminho, mas ficaram todos satisfeitos por ter conseguido atingir este objetivo que vinha desde tenra idade. “Ia ao médico e ficava fascinado nas consultas. Nunca me passou pela cabeça fazer outra coisa.”
Depois de perceber que tinha entrado em Lisboa, tratou de encontrar acomodações. “Não foi fácil, mas já estou instalado. Divido casa com mais 3 estudantes.”
Começa agora uma nova etapa na vida deste estudante. Saiu de casa dos pais, mudou de cidade e está a adaptar-se a um novo ambiente. Para já quisemos saber o que está a achar da nova cidade, “é mais confusa, mais gente e os transportes andam mais cheios e são piores. Mil vezes o Porto”. Vai-lhe valendo as amizades novas que tem feito. “Os colegas são impecáveis e já descobri muitos alunos que também são do Porto,” sempre dá para matar saudades que já são algumas. “Sinto falta da minha família e noto muita diferença na comida.” Vai ter de aprender a cozinhar, porque garante, “sou muito amador a esse respeito.”
Quanto a hobbys: “gaming, conta?”, questionou.
Para os próximos anos esperam-no muitas horas agarrado aos livros, mas está muito motivado em prosseguir uma das especialidades que tem em mente: “Gosto de cardiologia e de pneumologia.”
Os primeiros dias na nova faculdade têm sido “bons”, disse e gostou particularmente da semana de receção aos alunos. “As atividades foram muito dinâmicas e deu para conhecer alguns projetos que aqui existem. Para além disso a faculdade é boa.”
Depois de concluído o percurso académico gostava de se fixar no Porto.
Dora Estevens Guerreiro
Equipa Editorial