O dia 24 de fevereiro iniciou com a aula do Professor Edson Oliveira, sobre os voos espaciais comerciais. De seguida, contámos com a presença do Eng.º Joan Alabart, da Portugal Space, que falou aos nossos alunos sobre “O papel de Portugal no Espaço”.
A Portugal Space é uma empresa privada, criada em 2018, que se debruça sobre a evolução do estudo do espaço. O seu objetivo é promover e fortalecer o ecossistema e a cadeia de valor do setor espacial em Portugal, a chamada estratégia Portugal Espaço 2030. Segundo Joan, o que se pretende é “reduzir o espaço que há entre nós, para benefício de todos”. Cada vez mais é importante a interação Espaço/Terra/Clima/ Oceano.
Os desafios da Portugal Space são:
- Garantir a operação de uma “Constelação Atlântica”, em cooperação internacional e sob a coordenação do Atlantic International Research Center – AIR Center, antes de 2025 (objetivo de 16 satélites);
- Desenvolver a plataforma Planeta Digital;
- Conetividade por satélite, para o desenvolvimento do Atlântico e das regiões ultraperiféricas de Portugal;
- O projeto na ilha de Santa Maria, nos Açores, que tem por objetivo estabelecer um ecossistema de inovação espacial.
O Eng. Joan Alabart terminou a sua aula partilhando com os alunos uma preocupação que é comum a todos os profissionais da área, os detritos espaciais.
De seguida ouvimos falar de voos parabólicos, pelo especialista da European Space Agency, o Dr. Vladimir Pletser, com 30 anos de experiência, 7366 voos realizados, num total de 39 horas e 32 minutos. Os voos parabólicos são “exercícios” em Terra, com tripulantes humanos, que permitem reproduzir o efeito da gravidade zero.
Estes exercícios decorrem normalmente num Airbus, que inicia com uma subida vertiginosa de 7600m, gerando uma aceleração de 1.8g (ou seja, 1.8 vezes a aceleração da gravidade no solo) durante 20 segundos. Depois o impulso do motor é reduzido a praticamente zero, pelo piloto, fazendo com que o avião descreva a tal parábola. O avião mantém a subida até atingir o ponto de inflexão da parábola, a 8500 metros, começando depois a descer. A descida demora sensivelmente 20 segundos, durante os quais os passageiros flutuam, devido à ausência de peso criada pela queda-livre do avião. Sempre que o ângulo com a horizontal atinge os 45°, o piloto acelera novamente e o avião retoma o voo horizontal estável.
Pletser explicou as diferenças entre queda-livre e microgravidade com exercícios práticos, alertando os nossos alunos para os problemas físicas que poderão advir da microgravidade. “There’s no up and down on zero gravity”, mencionou.
De seguida ouvimos falar de voos parabólicos, pelo especialista da European Space Agency, o Dr. Vladimir Pletser, com 30 anos de experiência, 7366 voos realizados, num total de 39 horas e 32 minutos. Os voos parabólicos são “exercícios” em Terra,
A manhã terminou com uma visita ao Centro de Estudos de Medicina Aeroespacial (CEMA).
Cristina Bastos
Equipa Editorial