“Não há razão nenhuma para desconfiar” da Vacina da Johnson and Johnson
Share

O Professor Miguel Prudêncio, docente da FMUL e investigador do Instituto de Medicina Molecular (iMM), esteve presente no jornal da SIC Notícias, onde falou da eficácia da vacina criada pela Johnson & Johnson.

O investigador afirma que, a vacina da Johnson & Johnson utiliza uma tecnologia em parte semelhante à vacina da AstraZeneca, mas com uma diferença importante quanto ao número de doses administradas. “Ao contrário das várias vacinas que temos aprovadas e que estão em utilização, esta vacina apenas requer a toma de uma dose”.

Mas há mais benefícios nesta vacina, acrescentando que a vacina da Johnson & Johnson tem condições de armazenamento muito favoráveis, porque pode ser armazenada numa “temperatura de um frigorífico normal”.

A nível de eficácia desta vacina, espera-se que esta “ronde os 70%”. Aguarda-se agora uma avaliação por parte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e, Miguel Prudêncio comenta que esta vacina sendo autorizada pela Agência Europeia é mais uma “ferramenta importante, neste momento, que é urgente vacinarmos o maior número de pessoas”.

Questionado sobre a menor eficácia da vacina da Johnson & Johnson comparada com a das restantes vacinas, já aprovadas, o Professor assegura que “não há razão nenhuma para desconfiar ou ter menos segurança nesta vacina”, explicando que, quando se falava em obter uma vacina contra a Covid-19, aquilo que era pedido como objetivo mínimo para se aprovar uma vacina, era uma eficácia de 50%. Agora, neste momento, “nós estamos a falar de diferentes vacinas, todas elas muito acima desse linear dos 50% de eficácia”.

Relativamente aos atrasos no plano de vacinação, o Professor diz que “estes atrasos, segundo os fabricantes, vão ser rapidamente compensados através de um aumento de produção a breve trecho”.

 

Pode ver a entrevista completa AQUI.